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O sacrifício abolido. Artigo de Severino Dianich

Foto: Thays Orrico | Unsplash

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13 Setembro 2025

"Só tem o seu sentido e manifesta todos os seus significados na medida em que o dies dominicus coroa com a plenitude da graça os dias em que o cristão ofereceu a Deus não ritos, mas fatos, as obras realizadas a serviço dos irmãos e da sociedade ao longo da semana, e na medida em que ilumina com sua luz os projetos de vida que ele apresenta a Deus todos os domingos, para os dias da semana futura", escreve Severino Dianich, teólogo italiano, em artigo publicado por Settimana News, 08-09-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Quem já presenciou um sacrifício, ou mesmo viu acidentalmente a celebração de um, mesmo de longe, levante a mão! No máximo, alguém poderia dizer: "Sim, eu vi no cinema, ou em uma ilustração de um livro de história". É estranho, então, que o Missal Romano escreva na Introdução, com absoluta indiferença, como se todos soubessem com clareza o que é um rito sacrificial, que "na Missa ou Ceia do Senhor", o povo de Deus se reúne "para celebrar o memorial do Senhor, isto é, o Sacrifício Eucarístico". Esse "isto é", parece até pressupor que a ideia de sacrifício é mais clara do que a de memorial e serve para esclarecer seu significado. Se, ao sair da igreja, pedíssemos aos participantes que descrevessem o sacrifício eucarístico do qual participaram, resultaria que o que viram nada tinha a ver com o que aparece no desenho do livro de história que ilustra o que acontecia em frente ao Templo de Saturno, no Fórum Romano, quando o sacerdote responsável oferecia um sacrifício ao deus.

Esse é um dos muitos casos em que a linguagem litúrgica, mesmo em sua nomenclatura fundamental, parece totalmente alheia ao imaginário coletivo e ao vocabulário usual do homem de hoje. Não que o termo "sacrifício" não seja usado hoje na conversa normal, mas com um significado que desloca o discurso para fora dos limites do sagrado. É usado quando se presta estima a alguém que renunciou aos seus ganhos ou à satisfação de certas ambições pelo bem de outro, quando alguém arriscou ou perdeu a vida para salvar a de outro, quando nos deixamos condicionar, no uso do nosso tempo, pelas necessidades alheias.

Confesso sentir certo assombro ao observar como enciclopédias e dicionários enfatizam — evidentemente motivados pela etimologia de sacrum facere — o significado religioso e cultual do termo, e indicam seu significado e uso na vida cotidiana como uma extensão semântica. No entanto, se fôssemos perguntar às pessoas: "O que lhe vem à mente quando fala ou ouve a palavra 'sacrifício'?", pouquíssimas certamente responderiam referindo-se a templos e altares. Se secularização é, até o léxico se dessacralizou.

Nesse contexto cultural e linguístico, não consigo entender o que levou os tradutores italianos a amarem tanto o termo "sacrifício" a ponto de utilizá-lo nada menos que 433 vezes, o dobro das 213 vezes que o latim "sacrificium" aparece no original do Missale Romanum de Paulo VI. Devotio, oblatio, servitium, tudo inexplicavelmente se torna sacrifício. Eu jamais imaginaria que os tradutores italianos do Missal ousariam modificar a fórmula, definida por Paulo VI para a Igreja universal, da consagração do pão: "Hoc est enim Corpus meum quod pro vobis tradetur", apenas para repetir o amado termo mais uma vez. De fato, negligenciaram a linguagem bíblica de "corpus meum quod pro vobis tradetur", que retoma da Vulgata o "quod pro vobis datur" de Lucas e o "Filius hominis tradetur" dos pré-anúncios da Paixão e voltaram, com pouco sentido ecumênico, à linguagem da controvérsia pós-tridentina, acrescentando "oferecido em sacrifício por vós".

Isso não foi feito pela Igreja francesa ("Ceci est mon corps livré pour vous"), nem pela Igreja alemã ("der für euch hingegeben wird"), nem das muitas Igrejas anglófonas ("which will be given up for you"). Em compensação, na tradução do Cânone Romano, o tradutor renunciou a traduzir aquela série de qualidades, prescritas também pelos rituais pagãos, que a Igreja suplica a Deus que atribua à sua oferta, ou seja, que a torne “benedictam, adscriptam, ratam, rationabilem, acceptabilemque” (abençoada, aprovada, ratificada, digna e aceitável), traduzindo o texto com um simples “dignai-vos aceitá-la em nosso nome, como um sacrifício espiritual e perfeito”.

É bem compreensível que na teologia tridentina, determinada pela controvérsia com os Reformadores, se preferisse a primeira das duas imagens da Eucaristia, a do sacrifício, à da Ceia. É difícil compreender, porém, que a liturgia da Igreja italiana, após o Concílio Vaticano II, buscando recolocar a Sagrada Escritura no centro da vida cristã e promover o caminho ecumênico, introduza os fiéis ao obsoleto imaginário coletivo dos ritos sacrificiais e venha a acentuar, com sua linguagem, a diferença da Missa dos católicos em relação à "Ceia do Senhor" das Igrejas Evangélicas.

O Novo Testamento já utilizava a figura do rito sacrificial para interpretar o sentido e o profundo valor da morte de Cristo. Diante do obsceno espetáculo da crucificação e da agonia excruciante de Jesus pregado na cruz, o olhar do crente parece querer penetrar as trevas do que aconteceu naquela trágica e santa Sexta-feira, para contemplar o mistério luminoso de Cristo que "se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus" (Ef 5,2).

Observe-se a ousada obra de sublimação do apóstolo, que transforma em sua imaginação a cena horrenda da cruz em uma liturgia luminosa e solene. A morte de Jesus é sua entrada "nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção" (Hb 9,12).

Note-se que a transformação da morte de Jesus em uma solene liturgia sacrificial não ocorre para valorizar a figura e a ideia de sacrifício, mas precisamente o contrário: "Assim, ele abole o primeiro sacrifício para estabelecer o novo". E o novo sacrifício não será mais uma celebração ritual, mas um acontecimento humano, o acontecimento da vida vivida por Jesus, culminando em sua morte e ressurreição, com seu estilo de vida particular: "Não te agradam as ofertas nem os sacrifícios oferecidos para tirar pecados. Então eu disse: Estou aqui, ó Deus; venho fazer a tua vontade, assim como está escrito no Livro da Lei.” (Hb 10,6-7).

Aos discípulos que um dia lhe trouxeram comida, ele havia dito: "A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou" (Jo 4,31-34). Aquele "Não se faça a minha vontade, mas a tua" do Getsêmani será sua expressão extrema. É a sua fidelidade a esse programa, o seu ter dito e feito, sem desistir diante dos perigos que se perfilavam à sua frente, ao que a sua missão lhe impunha, que o levou a ser acorrentado diante de Caifás e Pilatos e à sua condenação à morte e à crucificação.

Bastaria que ele parasse de se posicionar sobre as questões de seu tempo e parasse de dizer o que dizia, para escapar do seu destino de morte. Esse foi para Jesus, que não era um sacerdote, nem jamais havia celebrado qualquer rito no templo, o sacrifício que ele ofereceu ao Pai.

É nessa disposição de dar a vida, para cumprir fielmente sua missão, que o apóstolo da Carta aos Hebreus o imaginou, embora reconhecendo que não era sacerdote (Hb 7,14), vestido por paramentos sacerdotais, para celebrar "em virtude do seu próprio sangue" sua entrada gloriosa no santuário celestial. De fato, em sua vida, ele havia realizado o advento do homem novo que faz da sua vida um dom, na dedicação aos irmãos que oferece a Deus.

O que a liturgia sacrificial mostrava no símbolo, expressava como uma aspiração, o novo homem o realiza quando executa a exortação de Paulo: "Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". Essa é a única loghikè latreìa, digna de Deus e do homem, o único culto "razoável" a ser celebrado.

Eu preferiria traduzir "razoável" em vez de "espiritual" (Rm 12,1), como é geralmente traduzido, para não esvaziar de sentido a sua corporeidade material. Paulo refere-se aqui ao culto que o cristão oferece a Deus com as obras das suas mãos, o ir e vir dos seus pés, os olhares dos seus olhos e as palavras da sua boca; caso contrário, não teria dito aos cristãos que oferecessem os seus corpos. É, além disso, impressionante ler a predição de Paulo de que um dia seria morto por causa do Evangelho e ver-se, ao derramar o seu sangue, como se celebrasse um rito de libação sobre a oferta a ser apresentada a Deus, que para ele era a vida vivida das suas comunidades, às quais dedicou toda a sua existência (Fl 2,17).

O culto cristão, em particular aquele rito que chamamos de "Sacrifício Eucarístico", constitui, segundo a feliz definição do Concílio Vaticano II, "a Liturgia é simultaneamente a meta para a qual se encaminha a ação da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força." (SC 10). Só tem o seu sentido e manifesta todos os seus significados na medida em que o dies dominicus coroa com a plenitude da graça os dias em que o cristão ofereceu a Deus não ritos, mas fatos, as obras realizadas a serviço dos irmãos e da sociedade ao longo da semana, e na medida em que ilumina com sua luz os projetos de vida que ele apresenta a Deus todos os domingos, para os dias da semana futura.

Leia mais

  • Nova teologia eucarística: ''Hoc Facite'', de Zeno Carra 
  • Sobre o sacrifício e o sinal, sem exagerar. Ideias para um entendimento católico-protestante. Artigo de Andrea Grillo
  • Nova teologia eucarística: corpo, refeição e eros. Artigo de Manuel Belli
  • Nova teologia eucarística: Eucaristia como refeição e como palavra em Ghislain Lafont
  • Nova teologia eucarística: o milagre e a parábola. Artigo de M. Rouillé d’Orfeuil
  • Nova teologia eucarística: Habeas corpus. Artigo de Claudio U. Cortoni

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