• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Querida Amazônia e o resistente etnocentrismo: onde está o teu irmão indígena? Artigo de Gabriel Vilardi

Encontro do líder Yanomami Davi Kopenawa e o Papa Francisco

Mais Lidos

  • "Na voz de Hind, morta aos 6 anos, há a voz de Gaza silenciada". Entrevista com Ben Hania, diretora do filme "A Voz de Hind Rajab" apresentado no Festival de Veneza

    LER MAIS
  • Xi Jinping e um cartão postal que provocou a fúria de Donald Trump

    LER MAIS
  • O caso Bolsonaro não é lawfare. Artigo de Rafael Valim

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    23º Domingo do Tempo Comum – Ano C – Seguir Jesus um caminho exigente

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

05 Setembro 2025

“Se temos contato com a cultura juruá há quinhentos anos, isto é a demonstração de que, de fato, o juruá poderia se tornar selvagem, continuar vivendo e ter um pouco mais de respeito com o planeta Terra” (Guarani, 2023, p. 28), professa Jerá. Dom Aldo foi um desses juruás que se tornou mais selvagem. Não há clareza maior do que a intensa comunhão travada entre missionários indigenistas e os povos do Bem Viver, rumo a uma selvageria libertadora. Com certeza o Papa Prevost também terá oportunidade, no seu devido tempo, de se encantar pela querida Amazônia e seus povos, aprofundando a sua compreensão sobre os desafios e os apelos dessa missão.

O artigo é de Gabriel dos Anjos Vilardi, jesuíta, bacharel em Direito pela PUC-SP e bacharel em Filosofia pela FAJE. É mestrando no PPG em Direito da Unisinos e integra a equipe do Instituto Humanitas Unisinos – IHU. 

Eis o artigo.

“Todos nós somos convidados a nos aproximarmos dos povos amazônicos de igual para igual, respeitando sua história, suas culturas, seu estilo de ‘bem viver’”, conclama o Documento Final do Sínodo para Amazônia (nº 55), que o Papa Francisco endossou no seu magistério. Recentemente, o Papa Leão XIV enviou uma mensagem à Conferência Eclesial Amazônica (Ceama), em que disse ser “necessário que Jesus Cristo, em quem se recapitulam todas as coisas, seja anunciado com clareza e imensa caridade entre os habitantes da Amazônia, de tal forma que temos de nos esforçar por lhes dar o pão fresco e límpido da Boa Nova e o alimento celeste da Eucaristia, único meio para ser verdadeiramente o povo de Deus e o corpo de Cristo”.

Tal fala gerou repercussões no movimento indígena, levando inclusive a Ministra dos Povos Indígenas a se manifestar em suas redes sociais. De fato, nesses momentos se percebe que Roma é muito distante da região amazônica, mesmo para um papa que morou tantos anos na América Latina. Acertadamente, Sonia Guajajara lembrou da proximidade e do apoio de outro latino-americano, o Papa Francisco. Não só para muitas lideranças indígenas, mas a mensagem causou desconforto também para alguns no meio eclesial.

A dúvida que ainda paira no horizonte: segundo a concepção do novo pontífice, tem sido Cristo anunciado com clareza suficiente? Os padres e as madres sinodais do Sínodo para Amazônia foram bem claros nesse sentido:

“O colonialismo é a imposição de certos modos de vida de alguns povos sobre outros, seja economicamente, culturalmente ou religiosamente. Rejeitamos uma evangelização ao estilo colonial. Anunciar a Boa Nova de Jesus implica reconhecer as sementes do Verbo já presentes nas culturas. A evangelização que hoje propomos para a Amazônia é o anúncio inculturado que gera processos de interculturalidade, que promovem a vida da Igreja com identidade e rosto amazônicos” (Documento Final do Sínodo para Amazônia, 2019, nº 55).

Nenhuma forma de colonialismo pode mais ser tolerada, seja pelas forças políticas, econômicas e religiosas. Como pontua Leonardo Boff, “é o começo do novo tempo, da grande reconciliação dos seres humanos entre si, como irmãos e irmãs, cuidadores da natureza, unidos por um mesmo coração pulsante e habitando na mesma e generosa Pachamama, a Mãe Terra” (Boff, 2024, p. 68). E aqui que não se venha falar de idolatria, porque se trata de “encontrar Deus em todas as coisas e todas as coisas em Deus”, nos termos formulados por Santo Inácio de Loyola.

No Sínodo, quando as estátuas que representavam a Pachamama foram furtadas e jogadas no Rio Tibre por católicos extremistas, Bergoglio veio a público e lamentou o ocorrido: “como bispo da diocese, peço perdão às pessoas que foram ofendidas com este gesto”. Acaso São Francisco de Assis, o padroeiro da ecologia integral, que há mais de 800 anos chamou a Casa Comum de “irmã Mãe Terra”, também deve ser acusado de heresia?

Nenhuma forma de colonialismo pode mais ser tolerada, seja pelas forças políticas, econômicas e religiosas - Gabriel Vilardi

Em outro episódio em que alguém criticou o adereço tradicional usado por uma liderança indígena, em uma celebração eucarística, o pontífice argentino retrucou jogando luz sobre as roupas espalhafatosas dos cardeais: “que diferença há entre usar plumas ou o tricórnio de alguns chefes de dicastério?". Por que alguns detentores de batina seguem achando que são mais santos do que os povos do cocar?

Passados mais de cinco séculos desde o “encobrimento” da América, como diz Enrique Dussel, o projeto de conquista e domínio permanece em andamento. Nessa lógica desenvolve Jason Stanley:

“O colonialismo consiste em mitos e representações que se concentram na perspectiva do grupo colonizador, apagam a história dos sujeitos colonizados e criam a imagem da terra colonizada como terra vazia ou, no mínimo, não utilizada. Os colonizadores justificam seu projeto ressaltando sua ostensiva missão civilizatória, que dizem que trará benefícios para os colonizados, claro, quase sempre se demonstram intangíveis ou menos valiosos do que o prometido, e servem basicamente como um suposto lembrete da superioridade do colonizador – coisas como a religião, a cultura e, em alguns casos, uma formação profissional especializada” (Stanley, 2025, p. 42).

Muitas vozes indígenas foram e ainda são silenciadas, menosprezadas, estigmatizadas. E então a sociedade do tecnocapital avança devorando ecossistemas e culturas inteiras. “A terra sonha”, “o rio dorme”, confidencia Glicéria Tupinambá. “Quando a terra está bem, quando ela não está agredida, podemos sentir o vento passar em nossos rostos, vemos que os animais se sentem bem” (Tupinambá, 2023, p. 188), continua convicta.

Entretanto, o paradigma tecnocrático não tolera esse tipo de saber, que invariavelmente é taxado de balela mágica. O importante é o progresso tecnocientífico. Ainda assim, “o vento canta, as árvores nos cumprimentam”, insiste a liderança Tupinambá. “É diferente de chegar a um lugar que foi agredido”, porque onde há harmonia, “podemos sentir que a terra sonha” (Tupinambá, 2023, p. 188). A sociedade do capital há muito deixou de perceber os sonhos dos territórios.

Por que alguns detentores de batina seguem achando que são mais santos do que os povos do cocar? – Gabriel Vilardi

Já em 1984, Paulo Suess, assessor teológico do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), defendia a importância do diálogo intercultural e inter-religioso na caminhada junto aos povos originários:

“Diálogo e missão nasceram com os ‘atos dos apóstolos’, no mesmo dia de Pentecostes. São prática de uma Igreja que ‘abraça na caridade todas as línguas’, procurando superar o bloqueio de comunicação desde Babel (AG 4). O diálogo é um pressuposto da missão. Missão sem diálogo induz à submissão. Diálogo sem missão é suspeito de omissão diante do mandato do Senhor de ‘anunciar uma boa notícia aos pobres’ e de ‘libertar os oprimidos’ (Lc 4, 18)” (Suess, 1985, p. 19).

Com esse intuito e provocando uma significativa ruptura com o modo tradicional de evangelização, os missionários e as missionárias indigenistas criaram o Cimi, em 1972. A partir de então vieram as Assembleias dos Chefes Indígenas (1974) e a gênese do movimento indígena, os relatórios de denúncia começando pelo Y-Juca Pirama e o forte apoio à luta pelo reconhecimento dos territórios ancestrais. Ou seja, “a luta pela vida, e não a catequese, passou a ser a grande tarefa da evangelização” (Prezia, 2003, p. 69).

Nessa esteira, Dom Erwin Krautler – então presidente do Cimi e futuro articulador do Sínodo para Amazônia – reafirmou perante a “Assembleia Geral da CNBB, em 1984”:

“Mas como anunciar esta vida em plenitude, se a sobrevivência nua e crua de povos inteiros está continuamente ameaçada, se o genocídio prossegue impune, se decretos e leis são fabricados para dar respaldo legal ao extermínio sistematicamente programado? Os mortos já não são mais os destinatários do Evangelho do Senhor (1991:18)” (Prezia, 2003, p. 69).

Mais de quarenta anos se passaram e a vitória na Constituinte, com o comando constitucional que garante a demarcação dos territórios tradicionais, não foi suficiente. Atualmente vigora a Lei 14.701/23 que na prática trava o já vagaroso processo de reconhecimento estatal das terras indígenas. Isso sem mencionar o absurdo Projeto de Decreto Legislativo 717/24, aprovado a toque de caixa no Senado, para anular duas homologações de territórios ancestrais e esvaziar o procedimento de demarcação, previsto no Decreto 1775/1996. As palavras de Dom Erwin continuam fazendo sentido.

Ora, “evangelizar não é levar ou impor e, menos ainda, transculturar”, mas “significa antes um diálogo, encontro transfigurador, descoberta reveladora de Deus sempre ativo e presente”. Essa foi uma das conclusões da I Consulta Ecumênica sobre Pastoral Indigenista na América Latina (1983), com a participação de bispos brasileiros. Quer dizer, “quando a evangelização destrói, sufoca ou domina, é sinal de que não pertence ao mistério de Jesus Cristo e se converte em sinal de pecado” (Prezia, 2003, p. 72).

Apesar da busca de alguns grupos ultraconservadores, com o apoio tresloucado de políticos de extrema-direita, a cristandade acabou. Nessa esteira desenvolve Suess:

“O tempo da cristandade terminou, definitivamente; e, com ele, a esperança de ‘ainda’ poder incorporar na Igreja Católica ou no cristianismo a humanidade toda, com as suas religiões e crenças, com suas civilizações e culturas. A Igreja se torna, a nível mundial, cada vez mais diáspora e ‘pequeno rebanho’ (Lc 12, 32)” (Suess, 1985, p. 21).

Infelizmente, não se trata apenas do desejo de um radicalizado substrato religioso. No Brasil, a soberba de uma certa elite agrária segue se achando dona das terras roubadas e dos corpos indígenas submetidos a condições análogas à escravidão. Impera no país um “modelo capitalista de exploração dos territórios e de mercantilização da vida”, altamente excludente e concentrador de renda. Vale destacar que “o Congresso Nacional, hoje, herdeiro do ranço colonial e principal suporte do capital, configura-se como o maior risco para a democracia no país” (Relatório, 2025, p. 15).

Apesar da busca de alguns grupos ultraconservadores, com o apoio tresloucado de políticos de extrema-direita, a cristandade acabou – Gabriel Vilardi

É inadiável romper com uma visão estereotipada e redutora dos povos indígenas, que os mantêm sempre à margem e na posição de vítimas. Recuperar a sabedoria ancestral impõe-se como um dever cada vez mais urgente. Como ensina Ailton Krenak, “o meu povo, assim como outros parentes, tem essa tradição de suspender o céu” (Krenak, 2020, p. 45). E isso significa “ampliar os horizontes de todos, não só dos humanos” (Krenak, 2020, p. 46). Afinal, “quando pensamos na possibilidade de um tempo além deste, estamos sonhando com um mundo onde nós, humanos, teremos que estar reconfigurados para podermos circular” (Krenak, 2020, p. 47).

De acordo com as pesquisas produzidas pelo antropólogo e arqueólogo Eduardo Góes Neves, “sabemos que a Amazônia é habitada há pelo menos 12 mil anos, há tanto tempo quanto em outras partes das Américas, por diferentes povos, com distintas formas de organização social e política, desde bandos nômades de caçadores-coletores até sociedades sedentárias hierarquizadas que produziram objetos de pedra e cerâmica extremamente refinados” (Neves, 2022, p. 184). O cientista aponta as consequências da colonização para a consolidação de uma imagem distorcida de tais povos:

“Do texto de Euclides depreende-se a essência básica do princípio da incompletude. A ideia de que algo sempre faltou à Amazônia e seus povos: a agricultura, o Estado, a história, as cidades, a escrita, a ordem e o progresso. (No caso particular de Euclides, falta até ‘ordem geológica’). Normalmente, os textos produzidos com base no princípio da incompletude vêm recheados com argumentos de ausência, de escassez, da falta. Apesar de representativo para o contexto amazônico, esse princípio vale também para discussões mais amplas sobre os povos indígenas das terras baixas sul-americanas, antes e depois do início da colonização europeia. É, assim, notável como, desde o século XVI, o uso da preposição ‘sem’ tem sido utilizado com frequência para designar os povos e a natureza aqui encontrados pelos europeus, como na clássica formulação de Pero de Magalhães Gândavo sobre os Tupinambá: povos ‘sem fé, sem lei, sem rei’” (Neves, 2022, p. 182).

O Papa João Paulo II reconheceu em homilia “as infidelidades ao Evangelho, nas quais incorreram alguns dos nossos irmãos, especialmente durante o segundo milênio”. Na ocasião do Jubileu do ano 2000, pediu “perdão pelas divisões que surgiram entre os cristãos, pelo uso da violência que alguns deles fizeram no serviço à verdade, e pelas atitudes de desconfiança e de hostilidade às vezes assumidas em relação aos seguidores de outras religiões”. A tão conhecida soberba dos fariseus!

É inadiável romper com uma visão estereotipada e redutora dos povos indígenas, que os mantêm sempre à margem e na posição de vítimas – Gabriel Vilardi

De uma forma ainda mais clara e direta, o Papa Francisco também pediu perdão algumas vezes pelo modo nada evangélico de alguns cristãos, especialmente em relação aos povos originários. Vale citar o encontro com os movimentos sociais em 2015, na Bolívia e a visita ao Canadá, em 2022. Nessa última visita não houve meias palavras: “peço perdão pelas formas em que muitos cristãos, infelizmente, apoiaram a mentalidade colonizadora das potências que oprimiram os povos indígenas”.

Segundo Suess, “a crise é também um julgamento do Senhor da História sobre a Igreja, seu etnocentrismo (aliás, bem documentado), seu oportunismo e seu silêncio” (Suess, 1985, p. 22). O papa jesuíta tampouco teve medo de admitir os erros da Igreja para assim renovar a aliança com as comunidades originárias. Em Puerto Maldonado, no Peru, reafirmou que “a cultura dos nossos povos é um sinal de vida”. Afinal, “têm uma sabedoria que os põe em contato com o transcendente e faz-lhes descobrir o essencial da vida”.

As palavras do teólogo indigenista revestem-se de lucidez e pertinência inigualáveis, ao questionar inclusive a própria Teologia que se entende de vanguarda:

“Também a Teologia da Libertação refletiu até agora mais as estruturas sociais do que as raízes étnicas do continente; mais a condição do pobre, do que a condição do indígena e do negro. Mas o pobre desta terra é também indígena e é negro – e é também branco. A questão étnica contém ainda muita dinamite para uma Igreja que teoricamente relativiza seu condicionamento cultural, quando afirma que ‘não está ligada de maneira exclusiva e indissolúvel a nenhuma raça ou nação, a nenhuma forma particular de costumes e nenhum hábito antigo ou recente’ (GS 58,3) e que reconhece a ‘legítima autonomia da cultura humana’ (GS 59, 3). Os povos autóctones ainda vão cobrar isso um dia das Igrejas” (Suess, 1985, p. 22).

Infelizmente, transcorridos mais de quarenta anos, pouquíssimo se avançou nas faculdades de Teologia sobre um fazer teológico intercultural e antropologicamente diverso. Os currículos dos centros teológicos, mesmo aqueles mais avançados e abertos aos sinais dos tempos, ainda estão focados em uma perspectiva eminentemente eurocêntrica. A interdisciplinaridade do conteúdo é baixa, com limitada interface com a Antropologia e as Ciências Sociais.

Estarão ainda sendo repetidos métodos anacrônicos e etnocêntricos em nome de Jesus, por falta de maior interesse dos responsáveis pelos estudos teológicos? – Gabriel Vilardi

Como são preparados e formados os missionários e as missionárias que vão para a Amazônia e/ou trabalhar junto aos povos indígenas e demais populações tradicionais? Estarão ainda sendo repetidos métodos anacrônicos e etnocêntricos em nome de Jesus, por falta de maior interesse dos responsáveis pelos estudos teológicos? Ao comparar o extermínio nas Américas ao domínio mouro na Península Ibérica, Suess indaga: “quem ensinou aos crucificados a crucificarem seus algozes?” (2024, p. 10).

A opção preferencial pelos povos indígenas só faz sentido se for possível o respeito à alteridade, ao totalmente Outro que está muito além das próprias categorias. Assim pontua o experiente teólogo do Cimi:  

“Portanto, todos aqueles que ‘sem culpa ignoram o Evangelho de Cristo e sua Igreja, mas buscam a Deus com coração sincero e tentam, sob o influxo da graça, cumprir por obras e vontade, conhecida através do ditame da consciência, podem conseguir a salvação eterna’ (LG 16). O caminho dos não-cristãos se torna cada vez mais o caminho ordinário (majoritário) da salvação. Assegurada a salvação de todos, a tarefa missionária não fica sem razão e não perde a sua emergência, porque ‘manifestar e comunicar a caridade de Deus’ (AG 10) não se limita à salvação da alma. A missão não se restringe ao campo religioso. Ela parte do religioso, quer dizer, da opção de fé que o missionário realiza dentro das estruturas religiosas da sua Igreja, mas dispara na libertação integral do homem. [...] Eis a opção preferencial pelos pobres, com rosto indígena” (Suess, 1985, p. 25).

Ao se referir às missões evangélicas estadunidenses, um indígena denunciou que “as missões nos matam por dentro, esquecem nossas tradições, cultura e religião”. “Impõem-nos outra religião, desprezando os valores que já possuímos”, continua, e “isto nos descaracteriza a ponto de nos envergonharmos de ser índios (CIMI, 2013, p. 47)” (Viezzer e Grondin, 2021, p. 147).

O episcopado do Equador recordou que “o argumento de que não se pode julgar o passado com critérios e valores de hoje, sobretudo no que se refere à conquista e primeira evangelização pode ser uma forma sutil de desculpa e pretexto para não revisar nosso presente” (Suess, 2024, p. 10). Tal afirmação parece ser um bom começo para revisitar com criticidade os acontecimentos e descolonizar o olhar sobre a história, sem posições defensivas ou triunfalismos ultrapassados.

“Na avaliação da conquista espiritual das Américas não está em jogo a crueldade de uma ou outra nação europeia, mas, sobretudo, a ambivalência do próprio cristianismo”. Ou seja, “a integridade do Evangelho não garante a integridade da ação histórica dos evangelizadores” (Suess, 2024, p. 12). Há um questionamento sempre densamente atual: como testemunhar o Deus de Rosto Indígena? Suess aponta algumas destas intuições que foram sendo gestadas pelos missionários e missionárias indigenistas ao longo do tempo:

“Não se trata mais de simplesmente estender a Igreja e a fé. Trata-se de estender, a partir da fé e com a fé, a caridade e a esperança com todas as suas implicações terrestres. O Concílio ampliou o horizonte missionário, ao declarar que os cristãos devem ‘colaborar com todos os outros para estruturar com justiça a vida econômica e social’ e associar-se ‘aos esforços dos povos que procuram, com afinco, melhorar as condições de vida e firmar a paz no mundo, dando combate à fome, à ignorância e às doenças’ (AG 12, 3). A missão que se dedica ao surgimento do ‘homem novo’, do homem integral, do homem não mutilado pela miséria e opressão, essa missão mostra também a imagem do verdadeiro Deus” (Suess, 1985, p. 26).

Há um questionamento sempre densamente atual: como testemunhar o Deus de Rosto Indígena? – Gabriel Vilardi

Inexorável a ruptura definitiva com uma concepção conquistadora do cristianismo, que nada possui da essência do Evangelho da Vida. Como diz Iara Bonin, “para romper com o silenciamento histórico e atual em relação ao racismo, ao genocídio, às atrocidades praticadas contra os povos originários é preciso romper com o que Maria Aparecida Bento (2022) chama de ‘pacto narcísico da branquitude’, problematizando a suposição de que o branco seria a referência universal de humanidade e analisando o racismo em sua dimensão estrutural” (Relatório, 2025, p. 36).

“Se fizéssemos um estudo antropológico na cultura de vocês, teríamos qualificações e um respaldo maior para conseguir convencer muitas pessoas a se tornarem selvagens, a se tornarem pessoas não tão intelectuais, não tão importantes”, provoca Jerá Guarani. “De modo geral, vocês seriam melhores” (Guarani, 2023, p. 20), conclui a liderança do Povo Guarani Mbya. A riqueza das cosmovisões originárias é na mesma proporção inestimável e desconhecida pelos não indígenas. Como despertar o interesse genuíno, sensível e reverente a tal conhecimento? Nesse sentido observa com profundidade o assessor do Cimi:

“A teologia das religiões não-cristãs deveria mostrar que essas religiões são legítimos caminhos de salvação para os ‘pagãos’; não caminhos de salvação individual, apesar de sua religião; mas coletivos, através de sua religião. Jesus ressuscitado precedeu seus discípulos na Galileia dos pagãos (Mt 4, 15; 16, 32). Na terra dos não-cristãos os apóstolos encontraram mais do que ‘as sementes do Verbo’ (AG 11), mais do que ‘lampejos da verdade’ (NA 2, 2), mais do que ‘sombras e imagens’ (LG 16). Encontraram o próprio Jesus ressuscitado” (Suess, 1985, p. 29).

Apesar da posterior Declaração Dominus Iesus (2000) do Dicastério para a Doutrina da Fé, a perspectiva de Suess continua fiel ao espírito do Concílio Vaticano II. Quer dizer, evangelizar é muito mais do que catequizar e cristianizar os povos ou mesmo estar refém de uma pastoral puramente sacramentalista. Partilhar a Boa Nova da Libertação é apoiar a luta pela vida em abundância de comunidades inteiras, que são mantidas oprimidas nos cativeiros da Babilônia, pelo ogronegócio escravocrata.

Inexorável a ruptura definitiva com uma concepção conquistadora do cristianismo, que nada possui da essência do Evangelho da Vida – Gabriel Vilardi

O Deus de Jesus Cristo é comunhão plural e diversidade criativa. No seio da Trindade, Deus se fez “Comunhão, e não Solidão; é amor que se difunde em outros e que quer companheiros em seu amor” (Boff, 2024, p. 199-200). Deus jamais poderia ser monocromático, uniforme, autoritário e empobrecedor. E isso está mais do que evidente na história do cristianismo, pelas vidas de tantas testemunhas que experimentaram a ternura luminosa do Amado. Conforme sintetizado pelo teólogo, o Senhor se encontra na comunhão solidária do caminho:

“A Igreja Católica tem, em Jesus Cristo, o essencial da verdade. Ela não ‘tem’ todo o Cristo. Ela não dispõe de toda a verdade. A verdade é complementar. Também nas outras religiões há verdade, santidade, valores e presença de Deus (NA 2; AG 11). Os cristãos caminham com as outras religiões na mesma direção. Como peregrinos, dizemos aos outros: ‘Seja aquilo que você é, no fundo de sua alma’. No diálogo religioso não equiparamos a nossa religião às crenças dos outros. Não negociamos a nossa fé. Ele não é a chegada, nem o fim do caminho. Ele é simplesmente o caminho e se revela no caminho (Lc 24, 32)” (Suess, 1985, p. 30).

Como explica Jerá, “contamos com muitos parceiros juruá [não indígenas] que lutam conosco”. E certamente entre eles estão muitos cristãos, inclusive alguns organismos eclesiais, como o Cimi, a Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) e a Conferência Eclesial Amazônica (Ceama). “Muitos já morreram e outros ainda vão morrer” (Guarani, 2023, p. 20-21), admite Jerá Mbya Guarani. Entre eles, autênticos seguidores e seguidoras do Evangelho, estão os mártires que derramaram seu sangue pela causa indígena: Padre Rodolfo Lunkenbein (1976), Padre João Bosco Burnier (1976), Irmã Cleusa Rody Coelho (1985), Padre Ezequiel Ramin (1985), Irmão Vicente Cañas (1987).

Passados mais de cinquenta anos da fundação do Cimi, centenas de missionários e missionárias, religiosos e religiosas, leigas e leigos, padres e bispos seguem testemunhando sua profunda fé em Jesus Cristo, em um apostolado comprometido com a luta dos povos indígenas. Assim reconhecem valorosas lideranças e organizações indígenas das mais distintas comunidades, de Norte a Sul do Brasil.

Partilhar a Boa Nova da Libertação é apoiar a luta pela vida em abundância de comunidades inteiras, que são mantidas oprimidas nos cativeiros da Babilônia, pelo ogronegócio escravocrata – Gabriel Vilardi

A aliança forjada entre suor e sangue permanece firme e alicerçada no sonho comum por dignidade e autodeterminação dos povos. Fundamentados no magistério do Papa Francisco, sua profecia continua inspirando a fidelidade do testemunho indigenista:

“E, nos dias de hoje, a Igreja não pode estar menos comprometida, chamada como está a ouvir os clamores dos povos amazônicos, ‘para poder exercer com transparência o seu papel profético’. Entretanto como não podemos negar que o joio se misturou com o trigo, pois os missionários nem sempre estiveram do lado dos oprimidos, deploro-o e mais uma vez ‘peço humildemente perdão, não só pelas ofensas da própria Igreja, mas também pelos crimes contra os povos nativos durante a chamada conquista da América’ e pelos crimes atrozes que se seguiram ao longo de toda a história da Amazônia. Aos membros dos povos nativos, agradeço e digo novamente que, ‘com a vossa vida, sois um grito lançado à consciência (…). Vós sois memória viva da missão que Deus nos confiou a todos: cuidar da Casa Comum’” (Querida Amazônia, 2020, nº 19).

Um desses cristãos comprometidos com a causa indígena foi o bispo de Roraima, Dom Aldo Mongiano, que por mais de 20 anos (1975-1996) devotou-se com fidelidade ao compromisso com os povos originários, legítimos herdeiros de Makunaima. A diocese esteve na vanguarda de um novo estilo de pastoral indigenista, na esteira dos avanços do Vaticano II. A vida do missionário da Consolata foi uma radical denúncia das forças da morte, representadas por fazendeiros, militares e garimpeiros, e o aprofundamento da aliança com as comunidades indígenas.

Em 1978, após o curso de indigenismo com o antropólogo jesuíta Bartomeu Melià, os missionários e as missionárias indigenistas de Roraima assumiram como objetivos de seu apostolado quatro pontos inegociáveis: a defesa das terras ancestrais e a sua respectiva demarcação pelo Estado; a “preservação da Cultura, respeitando e incentivando a maneira de ser dos povos indígenas e seu ritmo de crescimento”; a “encarnação na realidade indígena, identificando-se e comprometendo-se com a mesma, por meio do estudo das línguas, do reconhecimento da validade da cultura e da comunhão de vida com os indígenas, superando qualquer forma de desprezo e discriminação”; e a “autodeterminação dos povos indígenas para que eles mesmos se tornem sujeitos e autores de sua história e, de nosso lado, acreditando seriamente nas suas capacidades e abandonando toda forma de paternalismo” (Mongiano, 2011, p. 147).

Neste dia da Amazônia é tempo de reafirmar o compromisso com a luta indígena, baseado no respeito e no protagonismo das comunidades originárias – Gabriel Vilardi

Neste sentido confessou Dom Aldo sobre o apropriado modo de se relacionar com as comunidades originárias:

“Segundo meu parecer, a nossa missão em Roraima tem tido características únicas. A encarnação dos missionários no mundo indígena, na cultura, na história e na realidade por eles vivida, no plano social, econômico e político, exigiu um trabalho missionário específico, muito diferente daquele realizado pelos missionários [...] em outras partes do mundo” (Mongiano, 2011, p. 132).

Ameaçado em inúmeras ocasiões pela elite agrária local, Dom Aldo recebeu a sempre fiel proteção das comunidades indígenas. Muitas foram as vezes que milhares de lideranças tomaram as ruas da capital Boa Vista para protestar e manifestar o seu apoio ao querido amigo. Se essa profunda amizade não testemunha Cristo, o Sol de Justiça, não será outra doutrina que convencerá alguém.

“Se temos contato com a cultura juruá há quinhentos anos, isto é a demonstração de que, de fato, o juruá poderia se tornar selvagem, continuar vivendo e ter um pouco mais de respeito com o planeta Terra” (Guarani, 2023, p. 28), professa Jerá. Dom Aldo foi um desses juruás que se tornou mais selvagem. Não há clareza maior do que a intensa comunhão travada entre missionários indigenistas e os povos do Bem Viver, rumo a uma selvageria libertadora. Com certeza o Papa Prevost também terá oportunidade, no seu devido tempo, de se encantar pela querida Amazônia e seus povos, aprofundando a sua compreensão sobre os desafios e os apelos dessa missão.

Habitar nas fronteiras geográficas e existenciais gera tensões e incompreensões, mas também verdadeiras oportunidades de diálogo e fortalecimento das relações. Nem sempre existem respostas prontas e óbvias, mas se procura aprender a formular as questões que dão o verdadeiro horizonte de sentido. Neste dia da Amazônia é tempo de reafirmar o compromisso com a luta indígena, baseado no respeito e no protagonismo das comunidades originárias. A clareza possível está em reconhecer a múltipla paleta de tonalidades da densa e rica realidade. Afinal, a “realidade é superior à ideia” (EG 217-237) e o Belo se faz vida concreta e inacabada, na pluridiversidade originária.

Referências

BOFF, Leonardo. Cuidar da Casa Comum: pistas para protelar o fim do mundo. Petrópolis: Vozes, 2024.

GUARANI, Jerá. Tornar-se selvagem. In: CARNEVALLi, Felipe et al. (org.). Terra: antologia afro-indígena. São Paulo: Ubu Editora, 2023. p. 19-29.

KRENAK, Ailton. A vida não é útil. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.

MONGIANO, Aldo. Roraima entre profecia e martírio: testemunha de uma Igreja entre os índios nas lembranças de Dom Aldo Mongiano, missionário da Consolata, Bispo de Roraima de 1975 a 1996. Boa Vista: Diocese de Roraima, 2011.

NEVES, Eduardo Góes. Sob os tempos do equinócio: oito mil anos de história na Amazônia Central. São Pauli: Ubu Editora, 2022.

RELATÓRIO de Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil-Dados 2024. 22. ed. Brasília: Conselho Indigenista Missionário, 2025.

STANLEY, Jason. Apagando a história: como os fascistas reescrevem o passado para controlar o futuro. Porto Alegre: L&PM, 2025.

SUESS, Paulo. A conquista espiritual da América espanhola. Petrópolis: Vozes, 2024.

SUESS, Paulo. Cálice e cuia: crônicas de pastoral e política indigenista. Petrópolis: Vozes e Cimi, 1985.

VIEZZER, Moema; GRONDIN, Marcelo. Abya Yala: genocídio, resistência e sobrevivência dos povos originários das Américas. Rio de Janeiro: Bambual Editora, 2021.

TUPINAMBÁ, Glicéria. O território sonha. In: CARNEVALLi, Felipe et al. (org.). Terra: antologia afro-indígena. São Paulo: Ubu Editora, 2023. p. 179-191.

Leia mais

  • Testemunhas do Evangelho dos Pobres: bispos que fazem falta. Artigo de Gabriel Vilardi 
  • Rio Grande do Sul e a marginalização Guarani. Artigo de Gabriel Vilardi
  • Pedro Casaldáliga e a Igreja da Caminhada que resiste. Artigo de Gabriel Vilardi 
  • Leão XIV aos bispos da Amazônia: Anúncio do Evangelho, tratamento justo aos povos e cuidado da nossa casa comum
  • “Precisamos mais do que um Ministério Indígena”, diz Sônia Guajajara 
  • Os Povos Indígenas e a Igreja de Roraima: uma caminhada de resistência e libertação. Artigo de Gabriel Vilardi 
  • Para onde estamos indo? Artigo de Leonardo Boff 
  • “Pachamama” e o Sínodo da Amazônia. Bispos da América Central defendem Francisco 
  • Enrique Dussel: filósofo e teólogo da libertação 
  • Os quatro ganchos nos quais Bergoglio pendura o seu pensamento
  • Guarani-Kaiowá. Truculência e omissão. Entrevista especial com Iara Tatiana Bonin 
  • Raposa Serra do Sol sob ataque: o agro se lança contra os Povos Indígenas. Artigo de Gabriel Vilardi
  • Paulo Suess: fomentar o protagonismo dos povos da Amazônia e com seu exemplo contribuir no futuro da humanidade 
  • "Um lugar assustador": historiador conta por que deixou EUA 
  • “Monsenhor Diálogo” e o Deus plural. Artigo de Gianfranco Ravasi 
  • Os Povos Indígenas, a Constituição e a Descolonização do Direito. Artigo de Gabriel Vilardi
  • Bispo da Amazônia, Kräutler, completa 85 anos: decepcionado com o Papa Francisco 
  • Conciliação no STF mantém marco temporal para demarcação de Terras Indígenas 
  • “Prevost responde à figura de um papa que gosta de recosturar”. Entrevista especial com Marco Politi
  • Papa pede perdão aos indígenas pelo abuso contra suas terras e sua cultura 
  • No meio do caminho estava o CIMI: 50 anos do documento-denúncia “Y-Juca-Pirama” e a atuação do Pe. Antônio Iasi Jr, SJ. Artigo de Gabriel Vilardi 
  • No México o Papa pede perdão aos povos originários 
  • Inácio de Loyola em tempos sombrios. Artigo de Gabriel Vilardi 
  • Missionários aprendem até a pilotar avião para evangelizar índios na Amazônia
  • O papa e a Pachamama. Artigo de Colm Tóibín 
  • Bartomeu Melià: jesuíta e antropólogo evangelizado pelos guarani (1932-2019)  
  • Sim ao diálogo, mas a teologia é outra coisa 
  • Ailton Krenak: ‘‘Não temos de fazer crítica decolonial, e sim, contracolonial’’ 
  • Ontologias amazônicas: 8 mil anos de história das sociedades contra o Estado. Entrevista especial com Eduardo Góes Neves 
  • A Igreja de Roraima tem lado: a opção preferencial pelos Povos Indígenas. Artigo de Gabriel Vilardi 
  • “O colonialismo não pode morrer enquanto subsistir o capitalismo” 
  • A evangelização dos índios e a transição religiosa entre os povos originários. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves 
  • A contribuição jesuíta para o nascimento do CIMI no Mato Grosso. Artigo de Gabriel Vilardi e Aloir Pacini 

Notícias relacionadas

  • A ambígua e ineficiente política indigenista brasileira. Entrevista especial com Egydio Schwade

    LER MAIS
  • Quinto vazamento de petróleo do ano pinta de preto a Amazônia peruana

    Horas depois do Dia Internacional dos Povos Indígenas, as imagens de fontes de água da Amazônia tingidas de petróleo volta[...]

    LER MAIS
  • A batalha do maracá contra o cassetete e a gravata

    "Foi gratificante acompanhar não apenas uma semana de mobilização pelos direitos dos povos e comunidades indígenas e tradicion[...]

    LER MAIS
  • @Pontifex e os sacros tuítes: As redes sociais digitais segundo Bento XVI

    A mensagem de Bento XVI para o 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais lança os desafios do papa à própria Igreja com rela[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados