Peregrinação LGBTQ ao Ano Santo enfrenta resistência

A planejada peregrinação LGBTQ a Roma causa forte oposição. O organizador Tiziano Fani Braga fala de ataques da internet – e de suas esperanças no Papa Leão XIV.

A informação é publicada por katolisch.de, 28-08-2025. 

A planejada peregrinação de cristãos LGBTQ ao Ano Santo em Roma já enfrenta massivas hostilidades. Conforme o organizador Tiziano Fani Braga relatou ao jornal "La Repubblica" na quarta-feira, hostilidades e ataques começaram imediatamente após o anúncio da peregrinação. Ele ressalta que os ataques vêm quase exclusivamente de perfis anônimos na internet: "Nós mostramos nosso rosto, eles se escondem", disse Braga.

Ele esclareceu que a peregrinação não é uma demonstração política: "Queremos evitar confrontos e brigas. Não estamos lá para fazer uma parada do Orgulho ou para exibir nosso orgulho." O objetivo da peregrinação é a oração em conjunto. Ao mesmo tempo, porém, eles querem enviar um sinal político para a Igreja: os cristãos LGBTQ não são "fiéis de segunda classe", afirmou Braga.

Esperança no Papa Leão

Com a mudança no papado, o organizador vê tanto oportunidades quanto riscos. O Papa Francisco abriu novos espaços para a pastoral de cristãos LGBTQ. De seu sucessor, Leão, ele espera que continue o desenvolvimento: "Minha esperança é que Leão coloque ordem e diga: 'Estas aberturas precisam ser fixadas no papel, preto no branco'." Para isso, seriam necessárias mudanças no catecismo ou a introdução de uma pastoral LGBTQ própria.

No início de setembro, a associação cristã "La Tenda di Gionata" ("A Tenda de Jônatas") organiza, junto com outras associações, uma peregrinação LGBTQ+ ao Ano Santo. Além de atravessar a Porta Santa da Basílica de São Pedro, os organizadores planejam uma adoração noturna e uma missa na igreja jesuíta romana Il Gesù, conduzida pelo vice-presidente da Conferência Episcopal Italiana, Francesco Savino. O programa também inclui a participação na oração do Angelus com o Papa Leão XIV. Adicionalmente, o jesuíta americano e ativista LGBTQ+ James Martin, com sua rede "Outreach", oferecerá eventos. 

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