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Perfil dos novos católicos e a condição da família cristã no Brasil. Artigo de Robson Ribeiro

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13 Agosto 2025

"Essa polarização interna na Igreja Católica brasileira coloca desafios importantes à sua missão pastoral. A família cristã, como ensina a Doutrina Social da Igreja, continua sendo a célula fundamental da sociedade, espaço privilegiado de amor, fé e formação de valores. No entanto, é necessário reconhecer que a realidade familiar contemporânea é plural e dinâmica", escreve Robson Ribeiro de Oliveira Castro Chaves, teólogo, filósofo e professor. Robson é formado em História, Filosofia e Teologia, áreas nas quais trabalha como professor em Juiz de Fora (MG).

Eis o artigo.

A religião é um dos elementos mais determinantes na formação cultural, social e moral de uma nação. No Brasil, a história do catolicismo se entrelaça com a própria construção da identidade nacional. No entanto, o catolicismo brasileiro, historicamente majoritário, atravessa um momento de profunda transformação, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos. A diminuição do número de fiéis, a pluralização de crenças, a mudança de valores familiares e a polarização interna da Igreja revelam um cenário complexo, no qual o perfil dos novos católicos se fragmenta entre um viés modernizado e outro ultraconservador. Essa realidade tem impacto direto sobre a concepção e a vivência da família cristã.

Segundo o artigo de Robson Ribeiro, publicado no Instituto Humanitas Unisinos – IHU, com base nos dados do Censo Demográfico de 2022, a proporção de católicos no Brasil caiu para 56,7% da população, uma queda acentuada em relação aos 65,1% registrados em 2010. Ao mesmo tempo, os evangélicos subiram para 26,9%, enquanto os que se declaram sem religião já somam 9,3%. Esses números revelam que a hegemonia católica está em processo de erosão, especialmente entre os jovens e nas regiões urbanas, onde a modernidade e o pluralismo cultural provocam uma religiosidade mais fluida e menos institucionalizada.

Nesse novo contexto, emergem dois perfis distintos de católicos. De um lado, os católicos modernizados, que buscam conciliar a fé com os valores contemporâneos, como a autonomia individual, os direitos das mulheres, o planejamento familiar e a abertura a novas configurações familiares. Esses católicos, geralmente com maior escolarização e inserção nas cidades, tendem a formar famílias menores, com um ou dois filhos, em consonância com a média nacional de fecundidade que, segundo o IBGE, caiu para 1,67 filhos por mulher em 2022. Esse modelo de família cristã é centrado na partilha de responsabilidades, na afetividade e no respeito mútuo.

Por outro lado, há o fortalecimento de um catolicismo ultraconservador, representado por movimentos e comunidades que defendem o retorno à tradição litúrgica, moral e familiar da Igreja. Esses grupos promovem uma visão de família numerosa, rígida e hierárquica, recusando métodos contraceptivos e defendendo a submissão feminina, a educação doméstica (homeschooling) e o papel exclusivo da mulher como mãe e educadora. Em muitos casos, trata-se de uma resposta identitária à modernidade, buscando resgatar o que consideram os verdadeiros valores cristãos diante de uma cultura vista como decadente.

Essa polarização interna na Igreja Católica brasileira coloca desafios importantes à sua missão pastoral. A família cristã, como ensina a Doutrina Social da Igreja, continua sendo a célula fundamental da sociedade, espaço privilegiado de amor, fé e formação de valores. No entanto, é necessário reconhecer que a realidade familiar contemporânea é plural e dinâmica. A exortação apostólica Amoris Laetitia, do Papa Francisco, destaca que: “A família não é um ideal abstrato, mas uma ‘obra artesanal’, que requer paciência, tempo, diálogo e esforço” (AL, n. 315).

Mais do que isso, Amoris Laetitia enfatiza a importância do “nós conjugal”, isto é, a dimensão comunitária e relacional do matrimônio. O Papa Francisco observa que o matrimônio é uma verdadeira “comunhão de vida e amor” que exige um caminho conjunto de crescimento e amadurecimento: “O amor conjugal é uma comunhão de pessoas, que se traduz numa ‘comunhão das suas vidas’, numa unidade que não destrói as personalidades, mas as respeita e as une numa ‘relação viva e dinâmica’” (AL, n. 77).

Esse “nós” não é um dado imediato e acabado, mas um projeto que se constrói com esforço, superando as fragilidades e acolhendo as limitações dos cônjuges. Por isso, Francisco reforça a necessidade da acompanhar as famílias em sua realidade concreta, incluindo seus erros e dificuldades, com uma pastoral baseada na misericórdia e na escuta, em vez de uma aplicação rígida e abstrata das normas: “A pastoral não pode esquecer que a vida familiar não é um ideal acabado, mas um caminho em processo. A comunhão conjugal cresce na fidelidade diária, no diálogo constante, na paciência, na capacidade de perdoar e pedir perdão” (AL, n. 220).

Essa perspectiva amplia a compreensão da família como espaço onde o amor se renova na fragilidade e na capacidade de superação dos conflitos, não simplesmente um lugar onde regras fixas devem ser aplicadas de forma inflexível. É um convite à esperança e ao cuidado pastoral que acolha todas as famílias, independentemente do número de filhos ou da configuração familiar.

O futuro do catolicismo no Brasil dependerá da capacidade da Igreja de dialogar com essa nova realidade. Para tanto é necessário observar os caminhos que se apresentam como essenciais: a superação da polarização interna, promovendo a unidade na diversidade e a valorização das famílias reais e concretas, que vivem sua fé de modo sincero, mesmo em meio a dificuldades e imperfeições. Desta forma é crucial observar e promover propostas que incluam: formação, escuta, acolhimento e promoção da dignidade de cada pessoa.

Em síntese, o catolicismo brasileiro está diante de uma encruzilhada: ou se fecha em guetos ideológicos que afastam as novas gerações, ou se abre ao discernimento pastoral capaz de transformar as tensões em oportunidades de renovação. A condição da família cristã, nesse processo, será um dos principais indicadores da vitalidade ou da estagnação da Igreja no país. O desafio não está apenas em manter estatísticas, mas em ser sinal de esperança, de fé viva e de amor concreto em um mundo em constante mudança.

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