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11 Julho 2025

“A governabilidade “a frio” pela via de sucessivas conciliações e recuos já tinha colapsado diante dos conflitos internos. Agora é a ambiguidade da política externa que está ruindo. Ainda há tempo, mas não muito, de inverter o curso”, escreve Valerio Arcary, professor de história aposentado do IFSP. Autor, entre outros livros, de Ninguém disse que seria fácil (Boitempo), publicado por Esquerda Online, 10-07-2025.

Eis o artigo.

1. A carta de Trump em que anuncia uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras para os EUA é o ataque imperialista mais grave contra o Brasil, desde a cumplicidade norte-americana com o golpe militar de 1964. O Brasil passa a ser o país com as tarifas mais altas entre todas as nações do mundo. O que significa fechar o mercado norte-americano para as exportações brasileiras. Esta é a dimensão da agressão. Não tem precedentes desde o fim da ditadura militar. Nem Nixon, nem Reagan, Bush, Clinton, Obama, Biden, ou qualquer outro presidente dos EUA, nenhum deles fez nada parecido. Quem subestimar a violência do ataque perdeu o juízo. Alguns podem interpretar como sendo somente uma declaração de “guerra econômica”. Mas não é. Não se trata de busca de nivelação da balança comercial. Aliás, ela é desfavorável para o Brasil. Este pretexto é uma dissimulação grotesca. A avaliação da ofensiva só pode ser explicada, se compreendermos qual é o seu alvo. Que fim persegue? Ela responde a uma estratégia, eminentemente, política. Trump quer desestabilizar o governo Lula. Mas trata-se de um ataque contra a nação.

2. Washington não pode aceitar, indefinidamente, a ambiguidade ou ambivalência da política externa brasileira. O Brasil condenou a invasão da Rússia contra a Ucrânia, mas não se alinhou com Zelensky. Lula exigiu a apresentação das atas eleitorais do processo que culminou com a reeleição de Maduro na Venezuela, mas não denunciou o regime como uma ditadura. Lula condenou a ação militar do Hamas, mas criticou o contra-ataque de Israel como um genocídio. Mas Trump não consegue manter “neutralidade” diante da disputa de poder que se anuncia com a possibilidade da reeleição de Lula. Lideranças do governo Trump, como o vice-presidente, já tinham manifestado apoio a candidaturas da extrema-direita, como a AFD na Alemanha.

3. O objetivo político do documento é claro quando inicia o primeiro parágrafo defendendo Bolsonaro. Não se trata, portanto, de um conflito econômico-comercial. Reduzir a investida à defesa de interesses econômicos das Big Techs ameaçadas de regulação pelo STF, tampouco, faz sentido. A importância econômica das Big Techs é, evidentemente, gigante. São hoje as maiores empresas capitalistas do mundo. As mídias norte-americanas são armas estratégicas na luta política-ideológica. São a “força aérea” da disputa de Washington pela defesa de sua supremacia no sistema internacional. A questão central é o lugar do Brasil no mundo.

4. A centelha para a insolência de Trump parece ter sido a necessidade de resposta à recente reunião dos Brics no Rio de Janeiro, à defesa feita por Dilma Rousseff da necessidade de desdolarização, à presença de Lula em Moscou, quando dos oitenta anos da derrota do nazifascismo, e as críticas ao genocídio sionista na Faixa de Gaza. Mas o gatilho deve ter sido a fala de Lula contra o “imperador”. Trata-se de abuso de poder da maior potência imperialista. Mas o alinhamento de Trump com Bolsonaro não é lateral na carta. Mudou de qualidade, e é uma sinalização da Casa Branca de que não aceita que o capitão seja preso. Anuncia, preventivamente, que a provável condenação dos bolsonaristas, e eventual prisão será denunciada como perseguição política. Trump abraça Bolsonaro diante do mundo.

5. No terreno da tática, ou na escala dos tempos mais breves da luta política, a carta de Trump é uma forma de pressão sobre o julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal. Mas é também um posicionamento mais claro diante do governo Lula. Não é irrelevante que desde a posse de Trump, os EUA não têm um embaixador em Brasília. Não é, também, desimportante que Trump tenha se pronunciado, desaforadamente, no calor do dia da posse, dizendo que o Brasil precisa mais dos EUA que o contrário. Na dimensão estratégica a carta de Trump é um primeiro movimento no curso de hostilidades que vão escalar. A resposta do governo foi indicar a disposição de aplicar o princípio da reciprocidade, apresentada em um post de Lula na internet. Não é o bastante. A gravidade máxima do episódio exige que Lula faça um pronunciamento público em rede de TV aberta e rádio. Não se trata somente de defesa da nação com altivez. O que está em disputa é a conscientização do povo de que o mundo ficou mais perigoso. Cláudia Sheinbaum, por muito menos, conclamou à mobilização de massas no Zocalo, a praça central da cidade do México. A governabilidade “a frio” pela via de sucessivas conciliações e recuos já tinha colapsado diante dos conflitos internos. Agora é a ambiguidade da política externa que está ruindo. Ainda há tempo, mas não muito, de inverter o curso.

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