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Por um novo horizonte político de esquerda. Artigo de C.J. Polychroniou

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31 Mai 2025

A esquerda tem a obrigação histórica de propor uma visão alternativa de ordem mundial, além do capitalismo. Uma ordem mundial onde os direitos do trabalho estejam no ápice dos valores da sociedade humana e, portanto, os meios de produção sejam coletivamente possuídos pelos trabalhadores, enquanto a exploração da natureza seja vista como injustiça.

O artigo é de C.J. Polychroniou, publicado por Outras Palavras, 29-05-2025. 

C.J. Polychroniou é cientista político/economista político, autor e jornalista que lecionou e trabalhou em diversas universidades e centros de pesquisa na Europa e nos Estados Unidos. Atualmente, seus principais interesses de pesquisa são a política dos EUA e a economia política dos Estados Unidos, a integração econômica europeia, a globalização, as mudanças climáticas e a economia ambiental, além da desconstrução do projeto político-econômico do neoliberalismo. É colunista do Global Policy Journal e colaborador regular do Truthout, além de membro do Public Intellectual Project do Truthout. 

Eis o artigo.

Avanço da ultradireita deve-se a uma ausência. Movimentos que encheram as ruas na virada do século foram incapazes de alternativas. No vácuo, emergiu o neofascismo. Onda é reversível – mas exige ir além da mera crítica ao sistema.

A esquerda está em frangalhos em todo o Ocidente, enquanto partidos de direita e extrema-direita avançam junto à opinião pública. Sustento que a globalização está no cerne desses desenvolvimentos e, portanto, é crucial que a esquerda compreenda os erros em sua abordagem da globalização neoliberal e elabore uma visão alternativa de ordem mundial.

A globalização tornou-se uma força dominante em nossas vidas por volta dos anos 1980. Coincidiu com a ascensão do neoliberalismo, embora a globalização não seja um fenômeno do século XX. O século XIX testemunhou um enorme surto de globalização. Na verdade, entre 1850 e 1913, a economia mundial estava provavelmente tão aberta quanto no final do século XX. As tarifas caíram, acordos de livre-comércio proliferaram, fluxos comerciais dispararam, a circulação de informações acelerou e migrantes se espalharam por todos os cantos do globo. Nem a Europa, nem os EUA impunham restrições migratórias. Nos Estados Unidos, sequer eram necessários vistos ou passaportes para entrar no país.

Essa onda de globalização foi interrompida pela Primeira Guerra Mundial, e a onda seguinte só ocorreria no início dos anos 1980. De muitas formas, o novo movimento de globalização capitalista foi mais intenso que o anterior, pois caracterizou-se por uma vasta desregulamentação financeira e aceleração dos fluxos de capital, enquanto a integração comercial se tornou mais rápida do que nunca. Nos anos 1990, a nova onda de globalização havia alcançado tal magnitude que o mundo estava se tornando cada vez mais uma aldeia global. Vamos chamá-la de onda de hiperglobalização neoliberal.

Porém, houve uma enorme diferença qualitativa entre as ondas de globalização do século XIX e do final do século XX. Os movimentos de capital explodiram e as multinacionais se espalharam pelo mundo em busca de mão de obra mais barata – mas a migração de trabalhadores foi severamente restringida. Em contraste, ela havia se tornado um fenômeno global, no fim do século XIX. E a onda de globalização do século XX, que supostamente traria benefícios incomparáveis para todos, também teve outro lado sombrio. Embora não fosse abertamente imperialista como a onda do século XIX, baseou-se em estruturas altamente exploradoras, não muito diferentes das do colonialismo. Afinal, o capitalismo sempre alimentou dependência, desigualdade e exploração.

Sob a onda de hiperglobalização neoliberal, o Norte Global aproveitou-se da fragilidade do Sul Global, aprisionando milhões de trabalhadores em um ciclo implacável de exploração, enquanto a terceirização teve impactos dramáticos no padrão de vida dos cidadãos no próprio Norte Global. Os empregos industriais bem remunerados tornaram-se escassos, os salários estagnaram e a rede de proteção social foi desmantelada. Em parte, devido à redução de receitas governamentais por causa dos cortes de impostos para corporações e ricos; em parte, por puro raciocínio ideológico. Austeridade para as massas, mas subsídios, isenções fiscais e resgates para a indústria e o setor financeiro são aspectos centrais da agenda ideológica neoliberal. E embora algumas nações em desenvolvimento tenham se beneficiado da grande conectividade na economia global desencadeada desde o início dos anos 1980, foram principalmente as elites do Sul Global, assim como as do Norte Global, que mais ganharam com a onda de hiperglobalização neoliberal.

Entra a política.

No final dos anos 1990, os protestos contra os rumos da economia capitalista mundial levaram multidões a exigir mudanças, e um movimento antiglobalização surgiu em todo o mundo, denunciando especificamente a onda de hiperglobalização neoliberal. Protestos e manifestações contra a Organização Mundial do Comércio, o Banco Mundial e o FMI tornaram-se uma característica comum do movimento antiglobalização em vários países entre 1995 e 2018. Tal movimento foi inspirado por ideologias de esquerda e foi impressionantemente transnacional. Na América Latina, foi especialmente bem-sucedido, resultando em apoio e, ao fim, vitória eleitoral para partidos de esquerda em vários países da região. No início dos anos 1990, 64% dos presidentes latino-americanos vinham de partidos de direita. Uma década depois, esse número havia caído pela metade.

O movimento antiglobalização e anticapitalista não foi menos proeminente na Europa. No verão de 2001, mais de 300 mil pessoas de toda a Europa reuniram-se em Gênova, Itália, para expressar sua oposição ao Grupo dos Oito (G8). A polícia italiana reprimiu com brutalidade nunca vista até então na Europa Ocidental do pós-guerra. Na primavera de 2002, mais de meio milhão de pessoas mobilizaram-se em Barcelona contra a reunião de chefes de Estado e de governo da União Europeia, sob o lema “Contra o Capital e a Guerra”.

O movimento antiglobalização havia atingido a maturidade. As perspectivas de mudança radical nunca pareceram mais promissoras do que durante a primeira década do novo milênio. Os ventos da mudança ainda estavam no ar na segunda década do novo milênio, quando a ascensão ao poder da Coalizão da Esquerda Radical (Syriza) na Grécia trouxe esperança para movimentos de esquerda em todo o mundo – embora fosse bastante claro, para quem prestasse atenção à política grega, que a liderança do partido havia decidido mudar seu perfil ideológico do radicalismo para o pragmatismo ainda antes de sua chegada ao poder.

Há de fato algo impressionante nas mudanças rápidas e abrangentes trazidas pela onda de hiperglobalização neoliberal, e isso deve-se ao fato de que o mundo agora gira mais rápido. Mudanças sociais, políticas e ideológicas extraordinárias podem acontecer de uma década para outra. E eis que, no final da segunda década do novo milênio, não apenas a crítica da esquerda radical à globalização perdeu seu apelo entre a classe trabalhadora e grandes parcelas da juventude, mas o antiglobalismo emergiu como um princípio ideológico fundamental da extrema-direita.

A crítica ao “globalismo” por partidos de direita e extrema-direita não se baseou em uma crítica contundente do capitalismo neoliberal. Mas a globalização passou a ser vista por muitos como um projeto político promovido pelo marxismo e pela esquerda radical, com o duplo objetivo de destruir a cultura nacional e substituir o Estado-nação por instituições de governança global. É, evidentemente, distorcer o que realmente significa a globalização capitalista, mas seria ingênuo pensar que a reação da extrema-direita contra o “globalismo” não tem raízes socioeconômicas. O sentimento antiglobalista que levou o Donald Trump ao poder nos Estados Unidos, e vários outros líderes políticos autoritários pelo mundo, é impulsionado por fatores culturais e socioeconômicos e é alimentado pela mentalidade de “nós contra eles”. A extrema-direita, claro, não é antissistêmica e, na verdade, conta com o apoio de magnatas digitais como Elon Musk. Está enganando os eleitores com promessas de uma nova ordem. O antiglobalismo da extrema-direita começa e termina com a imposição de medidas draconianas contra a imigração e a criação de uma cultura de crueldade.

O antiglobalismo da extrema-direita é perverso e irracional, e pode dizer muito sobre a necessidade de uma cidadania ampla e publicamente educada para sustentar a democracia. Mas também chama a atenção para os graves fracassos políticos dos partidos de esquerda que chegaram ao poder durante o auge do período antiglobalização. Embora as contradições da globalização neoliberal levassem a vitórias eleitorais de partidos de esquerda em vários países nas últimas décadas, o projeto global do neoliberalismo não foi confrontado pelos partidos de esquerda que assumiram o poder. Eles criticaram a hiperglobalização neoliberal enquanto estavam na oposição mas, ao chegarem ao poder, fizeram muito pouco para combater seus efeitos destrutivos. No máximo, aumentaram alguns gastos em programas sociais, mas não tentaram diminuir o avanço da globalização capitalista em suas economias e sociedades. Ao não serem capazes de enfrentá-la, viram seu capital político declinar repidamente e os cidadãos mudarem de lado, no espectro político. Este é o principal fator que desencadeou uma guinada para a extrema-direita no Ocidente – inclusive nos Estados Unidos, embora o trumpismo também precise ser considerado à luz das peculiaridades sociais, culturais e ideológicas do país.

O problema da esquerda reformista em relação à globalização neoliberal persiste. Ela ensaia uma crítica das consequências da globalização capitalista, mas parece aceitar o fenômeno como inevitável e inalterável. Ao fazer isso, deixa o campo aberto para populistas de extrema-direita conquistarem eleitores descontentes, apelando para seus piores instintos, como no caso da imigração.

Também sabemos que a pressão “de baixo” para domar ou mesmo reverter a globalização neoliberal – uma visão defendida pelo núcleo do movimento antiglobalização dos anos 1990 e 2000 – é uma estratégia falha. A saída da globalização neoliberal está em desenvolver uma nova globalização que esteja livre das tendências destrutivas da acumulação capitalista e opere através de processos políticos em que democracia e globalização estejam em uma relação simbiótica e, assim, apoiem-se e se reforcem mutuamente.

A esquerda tem a obrigação histórica de propor uma visão alternativa de ordem mundial, além do capitalismo. Uma ordem mundial onde os direitos do trabalho estejam no ápice dos valores da sociedade humana e, portanto, os meios de produção sejam coletivamente possuídos pelos trabalhadores, enquanto a exploração da natureza seja vista como injustiça.

Em suma, um projeto para superar a hiperglobalização neoliberal exige consciência antissistêmica e um programa político abrangente para uma nova ordem mundial. Se a esquerda não desenvolver a coragem necessária para se engajar econômica, política, ideológica e culturalmente na construção de uma ordem mundial alternativa, a globalização capitalista continuará a reinar suprema, e a extrema-direita será sua principal beneficiária política.

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