Kasper: "O diaconato feminino tem argumentos teológicos a seu favor"

Foto: Antonio Castellano/Unsplash

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28 Mai 2025

  • Abrir o diaconato às mulheres tem bons argumentos teológicos a seu favor e seria um passo sensato do ponto de vista pastoral.

  • A questão do papel das mulheres na Igreja se tornou um grande problema: "Há muitos cargos de liderança que não exigem autorização sacramental e que também podem ser confiados às mulheres".

A reportagem é de José Lorenzo, publicada por Religión Digital, 26-05-2025. 

Aos 92 anos, o cardeal alemão Walter Kasper continua a impulsionar reformas na Igreja Católica, o que o levou a se tornar um fiel servidor do falecido Papa Francisco, cujo espírito reformador, como ele reconheceu há poucos dias, foi torpedeado em algumas iniciativas — como a questão do celibato e da ordenação feminina — pelo Papa Emérito e pelo Cardeal Robert Sarah.

Agora, em sua autobiografia, que estará à venda na Alemanha em 10 de junho, o ex-bispo de Rottenburg-Stuttgart e presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, expressa seu apoio ao diaconato feminino.

"Na minha opinião pessoal, abrir o diaconato permanente às mulheres tem bons argumentos teológicos a seu favor e seria um passo sensato do ponto de vista pastoral", escreve o cardeal, que também publicou trabalhos teológicos consideráveis.

“Mulheres e homens têm igual dignidade diante de Deus e, portanto, devem ser reconhecidos com seus próprios carismas”, observa Kasper em sua obra, intitulada “Na Trilha da Verdade”, que foi publicada antecipadamente sobre essas questões pelo site Katholisch.

Ele reconhece nessas mesmas páginas que, nesse sentido, muitas coisas aconteceram nas últimas décadas na Igreja em relação ao diaconato feminino, como a abertura pelo Papa Francisco de comissões para estudar sua fundação e viabilidade, que no fim parecem ter parado, "mas ainda há muito a ser feito".

O cardeal acredita que a questão do papel feminino na Igreja Católica se tornou um grande problema. "Existem muitos cargos de liderança na Igreja que não exigem autorização sacramental e que também podem ser confiados às mulheres", acredita Kasper.

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