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26 Mai 2025

 As tensões crescentes entre as grandes potências globais e o avanço da corrida armamentista nuclear acendem um alerta para a possibilidade de uma nova guerra de proporção mundial. Em 2024, as despesas militares em todo o mundo atingiram 2,7 trilhões de dólares, segundo dados do Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo (SIPRI). Esse é o maior aumento anual registrado desde o fim da Guerra Fria, em um contexto em que a discussão sobre o uso de armas nucleares volta a acontecer de forma cada vez mais aberta entre os países.

Em entrevista para o Pauta Pública da semana, a professora Monica Herz, do Instituto de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), analisa o cenário geopolítico atual e os impactos dessa instabilidade global para a América Latina e para o Brasil. Na sua perspectiva, a ausência de uma política externa articulada entre os países da região enfraquece a capacidade de resposta conjunta e torna o Brasil mais vulnerável a pressões externas. “O Brasil tenta manter uma posição de neutralidade ativa entre China e EUA, mas sem uma coordenação regional, essa postura fica cada vez mais difícil de sustentar”, diz.

Herz destaca que o aumento de conflitos nem sempre é resultado de decisões planejadas e que, muitas vezes, surge do acúmulo de tensões em cenários de crise. Ela também reforça que a sociedade civil tem um papel político de resistir à escalada militar. “O que está em jogo é o tipo de sociedade que queremos construir[…] temos que lutar contra essa escalada a partir de fortalecimentos de posições políticas que estão voltadas para o bem-estar, para a hospitalidade, para o humanitarismo e para os direitos humanos”.

A entrevista é de Andrea DiP, Claudia Jardim, Ricardo Terto, Stela Diogo, Rafaela de Oliveira, publicada por Agência Pública, 24-05-2025.

Eis a entrevista.

 Estamos diante de uma nova corrida armamentista nuclear e mais perto mesmo de um conflito global?

A tendência é o aumento do número de armas nucleares, o que seria ainda mais preocupante. A palavra-chave para a gente entender o que está acontecendo é fragmentação. Estamos observando um processo de fragmentação da natureza das relações internacionais e desinstitucionalização. Esse processo é perigoso, porque ele desestabiliza normas existentes, e, ao mesmo tempo, coloca para cada um dos países, não só coletivamente os países da União Europeia, a necessidade da defesa da sua soberania através da força física de forma nacional.

Previsões são sempre muito complicadas nesse sentido. Mas, eu acho que está mais perto [de desencadear um conflito global] porque existe menos estabilidade, menos regras de interação. Não estou falando só de direito internacional. Eu estou falando de normas de interação, de respeito ou desrespeito por esferas de influência. Essas normas se estabeleceram ao longo da Guerra Fria entre a União Soviética e os Estados Unidos. E a gente não tem clareza nesse momento em relação a que normas vão se estabelecer em relação entre a China e os Estados Unidos, por exemplo. Qual vai ser o lugar da Rússia nessas novas normas? É um momento de profunda instabilidade. Isso é sempre uma janela de oportunidade pro conflito e até pro conflito armado.

Nesse contexto de instabilidade, como fica a América Latina e o Brasil?

Eu diria que nós temos oportunidades, no sentido de tentar não fazer uma escolha, como é a política externa do governo brasileiro atual, entre a China e os Estados Unidos, mantendo as melhores relações possíveis com os dois países, levando em consideração os nossos interesses econômicos e comerciais. A gente não sabe até que ponto vai ser possível manter essa política de uma certa neutralidade ativa.

Agora, não se avança em uma coordenação de políticas externas entre os países latino-americanos. Nós não temos uma organização latino-americana ou sul-americana, como nós tivemos no passado, no caso da UNASUL, (União de Nações Sul Americanas). Então, a ausência de uma política da região, seja pela ausência de uma organização regional, seja pelo fato de que alguns líderes não conseguem articular nada juntos.

Por exemplo, à posição dos Estados Unidos em relação ao Panamá, sem capacidade de dar nenhum tipo de resposta, à militarização da fronteira entre o México e os Estados Unidos. E mesmo em relação ao conflito territorial que nós temos aqui na região, que é o conflito entre a Guiana e a Venezuela, no qual a região, como um todo, não consegue ter uma posição. Agora, há oportunidade, sim, no sentido de que nós não fazemos parte, vamos dizer assim, daqueles focos mais dramáticos de conflito, como no Oriente Médio, na Ucrânia e no Pacífico.

Como o uso da tecnologia na guerra funciona na prática?

Temos que separar a discussão sobre tecnologia da informatização do campo de batalha.

A informatização do campo de batalha traz uma série de problemas. O primeiro é que as normas de controle de armamento, de direito humanitário, que a gente tem para diminuir um pouco a destruição e a dor que as armas produzem não estão adequadas a essa informatização, particularmente no que diz respeito à responsabilidade daqueles que geram a destruição.

Então, nós temos esforços, sim, acontecendo dentro e fora do sistema ONU, fora do sistema ONU, de repensar essas normas de controle de armas, de direito humanitário, para, de alguma forma, adequá-las ao movimento de informatização da guerra. Você vê isso muito claramente no caso dos drones. Quer dizer, você não tem um ser humano claramente disparando. E aí você cria milhares de mediações. Sim, tem alguém controlando o drone, mas a pessoa que controla o drone é controlada por um outro sistema, que é controlado por outro sistema. Você tem toda a discussão sobre inteligência artificial, como se a inteligência artificial estivesse tomando decisões, e não os seres humanos.

Então, toda a discussão sobre responsabilidade ética mesmo, responsabilidade moral e responsabilidade jurídica pelo uso das armas está em crise diante do processo de informatização, como se a gente estivesse numa corrida. Quer dizer, a utilização de satélites e de armas contra satélites, e o impacto que isso pode ter para o planeta, inclusive para questões ambientais. Acho que a discussão é absolutamente pertinente. E ela também se refere a um certo barateamento da guerra, a uma facilitação de acesso a armas profundamente letais, como é o caso dos drones.

Na medida em que essas tecnologias, particularmente aquilo que a gente chama de tecnologias duplas, que têm um papel dentro do universo civil, mas também dentro do universo militar, vão sendo barateadas pela massificação mesmo da indústria, e da indústria de guerra em particular, coloca-se em questão a possibilidade de grupos não estatais utilizarem essas armas. O que, evidentemente, de novo, coloca em questão a responsabilidade em relação à destruição e à morte.

Existe algum caminho para frear essa nova onda belicista? Dá pra evitar um conflito global?

A gente tem que lutar contra essa escalada a partir de fortalecimentos de posições políticas que estão voltadas para o bem-estar, para a hospitalidade, para o humanitarismo, para os direitos humanos, porque todas essas coisas são ameaçadas por essa escalada militar.

Inclusive o gasto, que, em vez de ser com comida, habitação, assistência médica, acaba sendo com armamentos. Acho que essa é uma disputa política. Uma disputa sobre como nós queremos organizar as comunidades políticas, como nós queremos ser governados. Nós precisamos ser governados por lideranças, por partidos, por formas de representação que têm valores que entram em contradição com essa escalada armamentista, com o uso das armas e com a dor que elas produzem.

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