09 Setembro 2024
A informação é publicada por Religión Digital, 08-09-2024.
O Presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, classificou os preparativos para a próxima visita do Papa Francisco como um “pesadelo logístico” devido a vários desafios, mas manifestou esperança de que tudo corra como planeado, porque “os timorenses trabalham melhor sob pressão”, disse o presidente, em informações recolhidas pela agência UcaNews.
“Em geral, nós, os timorenses, trabalhamos melhor sob pressão, quando não há pressão, quando falta um ou dois anos, em vez de começarmos a preparar, [os timorenses] esperam”, disse Horta, que destacou os problemas derivados da garantia de serviços básicos, condições para cerca de 700.000 timorenses e outros cidadãos que viajarão para a capital nacional, Díli, para se encontrarem com Francisco nos dias 9 e 10 de Setembro.
Horta garantiu que o Governo “não poupou esforços nem dinheiro”, que “as infra-estruturas estão a progredir muito bem” e que até “a própria equipe técnica da Santa Sé está impressionada com a mobilização timorense”, acrescentou o presidente.
“Posso confirmar que Timor-Leste é um dos países mais bem preparados para acolher o Santo Padre”, disse Marco Sprizzi, núncio apostólico do Vaticano em Timor-Leste, conforme noticiado pela agência portuguesa Lusa no dia 25 de agosto. Sprizzi sublinhou que faltam “pequenos detalhes”, mas “em geral o trabalho do governo e da Igreja está muito bem feito”.
Horta expressou confiança nos preparativos feitos para a visita papal, embora tenha sublinhado que a única preocupação era o controle de multidões em grandes eventos como estes. “Quando começa a haver empurrões, pode haver atropelos… se todos quiserem começar a aproximar-se do Papa”, notou.
Francisco visitará Timor-Leste como parte da sua viagem a quatro países da Ásia e da Oceânia, que também incluirá a Indonésia, Papua Nova Guiné e Singapura, de 2 a 13 de setembro. Timor-Leste, uma antiga colônia portuguesa, é uma pequena nação do Sudeste Asiático de maioria católica, com 1,3 milhões de habitantes, que conquistou a independência da Indonésia em 2002.
Cerca de 42% da população vive abaixo da linha da pobreza e sofre de grave insegurança alimentar, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), apesar do país ser rico em recursos minerais como gás e petróleo. Neste contexto, o Governo tem sido criticado por atribuir cerca de 12 milhões de euros ao orçamento para a visita papal, incluindo 1 milhão para construir um altar para uma missa papal.
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Um “pesadelo logístico”: assim se vive a visita do Papa a Timor-Leste em Setembro - Instituto Humanitas Unisinos - IHU