Timor-Leste: a queda de um herói

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03 Outubro 2022

 

Uma reportagem do jornal holandês De Groene recolheu o testemunho anônimo de algumas pessoas sobre os abusos sexuais sofridos pelas mãos de Dom Carlos Ximenes Belo, ex-administrador apostólico de Timor-Leste e prêmio Nobel da Paz em 1996.

 

A reportagem é de Marco Pellizzoni, publicada em Settimana News, 30-09-2022. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

As primeiras acusações contra Dom Belo parecem datar de 2002, mesmo ano em que o bispo apresentou sua renúncia, que foi aceita pelo Papa João Paulo II. Nos anos seguintes, Dom Belo, que antes de se tornar bispo pertencia à Inspetoria Portuguesa da congregação salesiana, mudou-se para Portugal, depois para Moçambique, antes de retornar a Portugal, onde se encontra atualmente.

 

Em uma declaração do diretor da Sala de Imprensa vaticana, M. Bruni, afirma-se que “a Congregação para a Doutrina da Fé se envolveu no caso pela primeira vez em 2019. À luz das acusações recebidas sobre o comportamento do bispo, em setembro de 2020 a Congregação lhe impôs algumas restrições disciplinares. Estas incluíam limitações nos seus movimentos e no exercício do seu ministério, a proibição de contacto voluntário com menores, de entrevistas e contatos com o Timor-Leste (…). Em novembro de 2021, essas medidas foram modificadas e ainda mais reforçadas. Em ambas as ocasiões, as medidas foram formalmente aceitas pelo bispo”.

 

A inspetoria salesiana portuguesa também falou sobre o caso Belo com uma breve declaração: “É com profunda tristeza e perplexidade que a Inspetoria Portuguesa da Sociedade Salesiana tomou conhecimento da suspeita de abusos sexuais de menores que envolve o bispo Ximenes Belo. Desde que tomou posse na Diocese de Díli (Timor-Leste), Dom Carlos Ximenes Belo não depende mais da congregação salesiana. A província portuguesa, a pedido dos seus superiores, acolheu-o como hóspede nos últimos anos. Desde que está em Portugal, não teve cargos ou responsabilidades educacionais ou pastorais a serviço da nossa congregação. Seu pedido de hospitalidade foi aceito por nós como algo evidente, pois ele é uma pessoa conhecida e estimada por todos. Não temos conhecimento do conteúdo das acusações e, por isso, deixamos a palavra a quem tem a competência e o conhecimento sobre elas”.

 

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