O Relatório Sauvé, de acordo com o padre Hans Zollner, é metodologicamente válido

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14 Dezembro 2021

 

Segundo o especialista em proteção à infância, pe. Hans Zollner, o relatório publicado recentemente sobre os abusos na Igreja Católica na França é metodologicamente válido. Muitos ficaram chocados com o elevado número de pessoas atingidas, disse o psicólogo jesuíta à agência alemã KNA. "Mas se você for honesto, essa estimativa não está muito longe do que se poderia esperar ao olhar para o número desses jovens, na Igreja na França, que agora têm mais de 70 anos".

 

A informação é publicada por KNA e reproduzida por Il Sismografo, 13-12-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

O relatório final da Comissão Independente de Inquérito sobre os Abusos na Igreja (Ciase) estima que o número de menores vítimas de agressões sexuais cometidas por sacerdotes, religiosos e funcionários da Igreja Católica na França chegou a 330.000 de 1950 a 2020 (70 anos). Como resultado, entre 2.900 e 3.200 autores potenciais foram identificados.

Padre Hans Zollner, "absolutamente não compartilha" das preocupações sobre o método de investigação. Menos ainda agora que, recentemente, pôde falar detalhadamente com o responsável pela parte estatística do relatório.

É a opinião de uma "uma cientista altamente qualificada", segundo o responsável do Instituto Internacional para a Proteção da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. É "infundado acusar o relatório de querer prejudicar a Igreja".

Atualmente, há uma polêmica sobre o relatório final da Comissão. Oito membros da Academia Católica francesa, incluindo seu presidente Hugues Portelli, criticaram duramente a metodologia do relatório. Não só, enviaram seu veredicto ao presidente da Conferência Episcopal, Arcebispo Eric de Moulins-Beaufort, e também informaram o Papa Francisco diretamente por meio do Núncio na França.

Numerosos membros da Academia renunciaram para protestar contra as ações de seus colegas. Na semana passada, teólogos da Universidade de Estrasburgo rejeitaram as acusações de que o estudo independente sobre abusos queria "destruir a Igreja como instituição".

 

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