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O Papa, os migrantes e nós, cristãos “normais”: onde estamos? Artigo de Marina Corradi

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31 Agosto 2024

"O próprio Deus atravessa o mar e o deserto, Deus está com eles, sofre com eles, chora e tem esperança com eles. Então, Deus está com eles. Vamos nos perguntar: e onde nós estamos?". 

O artigo é de Marina Corradi, escritora e jornalista italiana, publicado por Avvenire, 29-08-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

Estava previsto que falasse sobre outra coisa. Mas olhou para a Praça São Pedro, para a multidão na Audiência, sentindo que tinha algo urgente a dizer. Dizer novamente. Já o disse muitas vezes, e de muitas maneiras. Mas ontem, pode-se dizer, era uma dor arrasadora. “Hoje quero me deter sobre essa dor”, começou ele. “Quero fazer uma pausa com vocês para pensar nas pessoas que - inclusive neste momento - estão atravessando mares e desertos para chegar a uma terra onde possam viver em paz.”

“Rotas de desesperada esperança”, o Papa as chamou: mar, deserto, Bálcãs. As estradas para a fortaleza Europa, para o nosso mundo: ao longo das quais as pessoas se afogam ou ficam para sempre na areia. Mortes invisíveis.

Francisco lembra da foto de Fati e Marie, mãe e filha mortas pela sede na fronteira da Líbia, há um ano. Se vocês procurarem essa foto na Internet, vão encontrá-la borrada. Em um mundo em que se pode ver tudo, de satélites, drones, chats de vídeo, essa imagem é impossível de ser visualizada. É melhor não a olhar, se não quiser estragar seu dia. Então, nos sites, com uma educação incomum, lhe perguntam: você quer mesmo ver? Você clica novamente, e lá estão a jovem e sua filha no chão, abraçadas, no deserto. Rejeitadas. E certamente não apenas elas. Outro dia, um ministro quantificava a queda no número de migrantes que entram na Itália pelo Mediterrâneo: 25.000 em 2024 até junho, em comparação com 65.000 em 2023 no mesmo período. E aqueles que não chegaram?, eu me perguntei - um pouco distraidamente, no entanto.

Será que realmente não partiram? Ou partiram e, em uma barreira de arame farpado, tiveram que parar? E onde estão agora, se não naqueles centros na Líbia que são piores do que prisões? E aqueles que conseguem tentar a viagem por mar? Quantos vão para o fundo no mais absoluto silêncio? O navio “Mare Jonio” da ONG Mediterranea acaba de resgatar 182 pessoas em três operações no trecho de mar entre a Sicília e o norte da África.

O “Geo Barents” dos Médicos Sem Fronteiras atracou em Salerno outro dia com 191 náufragos. Vindos de várias operações de socorro, 191 vidas. Agora o navio está apreendido: multa de 3.300 euros por não ter sinalizado as intervenções. E até poderia ficar confiscado permanentemente. Ouvi isso na TV, uma notícia entre outras. Então pensei naqueles que o Geo Barents não salvará. Depois, pensei em outra coisa. No Mediterrâneo, as rotas se sobrepõem: navios de cruzeiro e navios de guerra, barcos de miseráveis, iates de luxo.

Os pobrezinhos do “Bayesian” pelo menos foram recuperados. Outros, aos milhares, ficam lá embaixo para sempre. O esplêndido Mediterrâneo também é um túmulo, mas quase nunca nos lembramos disso nas suas praias. Dois mundos, como se fossem paralelos e incomunicáveis: o “deles” e o nosso. Talvez seja também por isso que ontem o Papa sentiu a urgência daquelas palavras? Em tom grave, que não usa com frequência: “É preciso dizer claramente: há aqueles que atuam sistematicamente e por todos os meios para barrar os migrantes. E isso, quando é feito com consciência e responsabilidade, é um pecado grave”.

Um pecado grave. Uma expressão bastante incomum: nem mesmo nas igrejas a ouvimos mais ser pronunciada com frequência. Como se nada mais fosse “pecado”. Em vez disso, a rejeição dos migrantes é um “pecado grave”. Mais claro do que isso... Nas horas em que o navio de uma ONG está parado em um porto italiano, culpado por ter salvo 191 homens. E nós? Nós, cristãos “normais”, o que fazemos? “O que mata os migrantes é a nossa indiferença”, disse Francisco. Então pensei em quantas notícias, dadas sem muita ênfase, despencam sobre nós. Não vemos, e o que não é visível hoje não existe. Ou somos da linha “vamos os ajudar na casa deles” - mesmo que sua casa tenha sido destruída. Ou, talvez, “aqueles”, tão diferentes de nós, nós simplesmente não os queremos. Nem mesmo em uma crise demográfica tamanha que, para sobreviver como país, precisamos deles.

O Papa pede rotas de acesso seguras e regulares, uma governança global das migrações - e aqui ele se dirige a todo o Ocidente. Na densa distração de agosto, pelo menos uma voz forte adverte: não olhem para outro lado. Por fim, como se buscasse os olhos de cada um de nós: “E a vocês eu pergunto: vocês rezam pelos migrantes, por aqueles que vêm para nossas terras para salvar a vida?’.

Já não são muitos aqueles que ainda rezam. Mas é mais fácil rezar por aqueles que nos são caros. Vocês rezam pelos migrantes? pergunta Francisco. Por essa imensidão de sofrimento e morte, silenciada. Por aqueles que caem exaustos com um filho, no deserto. Por aqueles que desafiam o mar com um bebê nos braços, escondidos, à noite - que loucura, nos parece. Para aqueles que estão nas rotas da “desesperada esperança”, invisíveis. Mas não estão sozinhos, garante Francisco: o próprio Deus atravessa o mar e o deserto, Deus está com eles, sofre com eles, chora e tem esperança com eles. Então, Deus está com eles. Vamos nos perguntar: e onde nós estamos?

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