Resgates, padrão duplo: 5 barcos de patrulha para o Bayesian, para os migrantes uma única unidade

Foto: Sandor Csudai | Esquerda

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27 Agosto 2024

Apesar do chefe da Capitanearia do porto de Palermo ter dito que “o dispositivo é igual para todos”. As comparações entre os massacres de Palermo e Cutro. 5 barcos de patrulha para o Bayesian, para os migrantes apenas uma unidade.

A reportagem é de Flavia Amabile, publicada por La Stampa, 24-08-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

“O dispositivo de resgate é igual para todos, a Guarda Costeira não faz distinção entre as pessoas. Se, em vez do veleiro, houvesse um barco de migrantes, teríamos feito a mesma coisa.

Quero lembrar que em Lampedusa recuperamos corpos a 60 metros de profundidade para devolvê-los às suas famílias”, disse o chefe da Capitanearia do porto de Palermo, almirante Raffaele Macauda, durante a coletiva de imprensa sobre o naufrágio do veleiro Bayesian em Porticello, às portas de Palermo.

Trata-se de um esclarecimento importante que, no entanto, não elimina totalmente as polêmicas que surgiram nos últimos dias sobre o tipo de intervenção implementada no caso da ajuda ser necessitada pelas tantas barcaças que chegam às costas italianas. “Recebemos um primeiro aviso às 4h38”, contou o almirante. Foi um sinalizador vermelho. “Percebendo que se tratava de um barco em dificuldade, se não mesmo prestes a afundar, acionamos o dispositivo de resgate, permitam-se dizer, normal, que é ativado nesses casos, enviando todos os meios disponíveis em relação à gravidade do evento”, ou seja, duas embarcações da Guarda Costeira de Porticello, uma da Guarda Costeira de Termini Imerese e outra de Palermo com uma unidade do Corpo de Bombeiros com mergulhadores a bordo. Um total de cinco embarcações.

No caso de Cutro, por outro lado, onde havia quase dez vezes mais pessoas a bordo do que no Bayesian, duas embarcações chegaram de Taranto e Crotone, mas voltaram atrás, oficialmente devido às condições climáticas adversas. O barco de patrulha da Guarda Costeira só interveio cerca de seis horas depois do avistamento, após o alarme lançado por alguns pescadores que estavam na praia de Steccato di Cutro.

Além de Cutro, no qual, de fato, os operadores da Guarda Financeira e da Guarda Costeira estão sendo investigados sob a acusação de atrasar as operações de resgate, na Itália existe um “padrão duplo”, argumenta Riccardo Magi, deputado e secretário da +Europa. “Quando nos deparamos com uma embarcação com migrantes a bordo, a classificação não é mais a de uma operação de resgate, mas de uma operação policial e, portanto, mesmo na presença de centenas de pessoas em risco de vida, apenas uma unidade é enviada e é acionado um procedimento muito diferente daquele seguido para o Bayesian.”

O barco que naufragou na praia de Steccato di Cutro foi avistado pela Frontex na noite de 25 de fevereiro de 2023: o alerta da agência de fronteira europeia foi captado pela Guarda Financeira, que enviou duas unidades navais de Taranto e Crotone em direção ao barco. As unidades militares, no entanto, voltaram atrás, oficialmente devido às condições adversas do mar. Enquanto isso, o barco continuava sua navegação em direção à costa da Calábria, seguido por uma aeronave da Frontex, que, no entanto, foi forçada a retornar à base devido a problemas de combustível. O barco de patrulha da Guarda Costeira só interveio cerca de seis horas depois do avistamento, após o alarme dado por alguns pescadores que estavam na praia de Steccato.

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