21 Mai 2024
"Acredito que usar a fome como arma de guerra é genocídio. Que o Tribunal de Haia reúna o material probatório", escreve Tonio Dell’Olio, padre, jornalista e presidente da associação Pro Civitate Christiana, em artigo publicado por Mosaico di Pace, 16-05-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.
Vi um vídeo em que alguns ativistas da direita israelense assaltavam um camião de ajudas humanitárias destinadas à extenuada população da Faixa de Gaza. Era um caminhão que transportava farinha e açúcar. Após ter obrigado o motorista a parar, jogaram toda a carga na estrada.
Dado que naquela zona as pessoas estão morrendo de fome, de epidemias, de falta de cuidados essenciais, além de bombas, aquele gesto é sacrílego e violento. É uma contribuição para o genocídio ou para a limpeza étnica em curso. É uma violência adicional e gratuita que deve ser parada por qualquer um que tenha o poder para fazer isso. Não é uma expressão de discordância ou de opiniões pessoais, mas de violência e, por essa razão, deve ser parada.
Pelo contrário, essas imagens mostram que homens com uniformes do exército israelense protegem os protagonistas das pilhagens, da destruição e dos incêndios das ajudas humanitárias. Acredito que usar a fome como arma de guerra é genocídio. Que o Tribunal de Haia reúna o material probatório.
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Genocídio. Artigo de Tonio Dell'Olio - Instituto Humanitas Unisinos - IHU