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Carta aberta contra o governo de Israel por utilizar a “barbárie” do Holocausto para justificar a guerra em Gaza

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07 Dezembro 2023

Um grupo de historiadores e pesquisadores especializados no genocídio perpetrado pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial e no antissemitismo, de diferentes universidades e instituições do mundo, escreveu uma carta aberta para expressar a sua “consternação e decepção com os líderes políticos e notáveis figuras públicas que “invocam a memória do Holocausto para explicar a crise atual em Gaza e Israel”. Este documento traz a data de 20 de novembro de 2023, embora tenha chegado agora até nós, após o governo de Benjamin Netanyahu ter retomado a sua ofensiva, sem ter alcançado outra expansão da trégua com o grupo Hamas.

A reportagem é de Israel Viana, publicada por ABC, 04-12-2023. A tradução é do Cepat.

A retomada dos ataques deixou ao menos 184 mortos na Faixa de Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde local. Um número que se soma aos mais de 15.000 ocorridos desde que, no último dia 7 de outubro, o Hamas realizou o seu massacre no Festival Nova, perto do kibutz Reim, acabando com a vida de 1.400 israelenses, deixando 5.000 feridos e sequestrando mais de 229. Não resta dúvida de que a carnificina que vem ocorrendo neste último conflito do Oriente Médio está sendo histórica. A carta não é indiferente ao fato, sobretudo quando as principais vítimas são as crianças: já morreram mais de 5.000.

“O antissemitismo aumenta frequentemente em tempos como este de crise agravada em Israel e na Palestina, tal como a islamofobia e o racismo anti-árabe. A violência desmedida dos ataques do dia 7 de outubro e os contínuos bombardeios aéreos e invasão de Gaza são devastadores e estão gerando dor e medo entre as comunidades judaicas e palestinas de todo o mundo. Reiteramos que toda pessoa tem o direito de se sentir segura onde quer que viva, e que abordar o racismo, o antissemitismo e a islamofobia deve ser uma prioridade”.

A Carta aberta sobre o uso indevido da memória do Holocausto começa com vários exemplos que vão do embaixador israelense na ONU, Gilad Erdan, que usou uma estrela amarela com as palavras “Nunca mais”, enquanto se dirigia à Assembleia Geral, ao presidente estadunidense Joe Biden, que afirmou que o Hamas havia se “envolvido em uma barbárie que é tão importante quanto o Holocausto”, passando pelo deputado estadunidense Brian Mast, um republicano da Flórida, que chegou a questionar, na Câmara dos Representantes, a ideia de que existam “civis palestinos inocentes”. “Não creio que utilizaríamos tão levianamente o termo ‘civis nazistas inocentes’ durante a Segunda Guerra Mundial”, afirmou.

Netanyahu

Os historiadores e especialistas em Holocausto que assinam a carta não se esquecem do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que declarou ao chanceler alemão Olaf Scholz que “o Hamas são os novos nazistas”. Entre eles, há pessoas respeitadas, incluindo intelectuais de Israel como Amos Goldberg, professor de História Judaica e Judaísmo Contemporâneo, na Universidade Hebraica de Jerusalém, e Raz Segal, historiador e diretor do Programa Estudos do Holocausto e Genocídio, na Universidade Stockton.

Juntam-se a eles Jane Caplan, historiadora britânica especializada em Alemanha nazista, da Universidade de Oxford; Omer Bartov, professor de História Europeia e Estudos Alemães, na Universidade Brown; Debórah Dwork, diretora do Centro de Estudos do Holocausto, da Universidade de Nova York; Stefanie Schüler-Springorum, especialista em História Alemã dos séculos XIX e XX, e David Feldman, diretor do Instituto Birkbeck para o estudo do antissemitismo, da Universidade de Londres, entre outros pesquisadores do Canadá, Romênia, Alemanha, Grã-Bretanha, Estados Unidos e Israel.

“Apelar à memória do Holocausto obscurece a nossa compreensão do antissemitismo que os judeus enfrentam hoje em dia e deturpa perigosamente as causas da violência em Israel e na Palestina. O genocídio nazista envolveu um Estado (e sua disposta sociedade civil) a atacar uma pequena minoria, que depois aumentou até se transformar em um genocídio a nível continental. De fato, as comparações da crise que se desenvolve em Israel-Palestina com o nazismo e o Holocausto (sobretudo quando provêm de líderes políticos e outras pessoas que podem influenciar a opinião pública) são falhas intelectuais e morais”, explicam.

Narrativas racistas

Na continuação, advertem: “Em um momento em que as emoções estão à flor da pele, os líderes políticos têm a responsabilidade de agir com calma e evitar atiçar as chamas da angústia e a divisão. E, como intelectuais, temos o dever de defender a integridade intelectual de nossa profissão e apoiar outras pessoas em todo o mundo para que este momento tenha sentido. Os líderes israelenses e outros estão utilizando o marco do Holocausto para retratar a punição coletiva de Israel a Gaza como uma batalha pela civilização frente à barbárie, promovendo assim narrativas racistas sobre os palestinos.

Esta retórica no impulsiona a separar a crise atual do contexto em que surgiu. Setenta e cinco anos de deslocamento, cinquenta e seis anos de ocupação e dezesseis anos de bloqueio de Gaza geraram uma espiral de violência em constante deterioramento que só pode ser interrompida por meio de uma solução política. “Não existe uma solução militar em Israel-Palestina, e estabelecer uma narrativa do Holocausto em que um ‘mal’ deve ser vencido pela força só perpetuará uma situação opressiva que já está presente há muito tempo”.

Eis a carta na íntegra.

Nós, abaixo assinados, somos estudiosos do Holocausto e do antissemitismo de diferentes instituições. Escrevemos para expressar a nossa consternação e decepção frente aos líderes políticos e notáveis figuras públicas que invocam a memória do Holocausto para explicar a atual crise em Gaza e Israel.

Exemplos concretos vão desde o embaixador israelense na ONU, Gilad Erdan, que colocou uma estrela amarela com as palavras “Nunca Mais”, quando se dirigia à Assembleia Geral da ONU, ao presidente estadunidense Joe Biden, que afirmou que o Hamas havia se “envolvido em uma barbárie que é tão importante quanto o Holocausto, enquanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse ao chanceler alemão Olaf Scholz que “o Hamas são os novos nazistas”. O representante estadunidense Brian Mast, um republicano da Flórida, falando na Câmara dos Representantes questionou a ideia de que existam “civis palestinos inocentes”, afirmando: Não creio que utilizaríamos tão levianamente o termo ‘civis nazistas inocentes’ durante a Segunda Guerra Mundial”.

O antissemitismo aumenta frequentemente em tempos de crise agravada em Israel e na Palestina, tal como a islamofobia e o racismo anti-árabe. A violência desmedida dos ataques do dia 7 de outubro e os contínuos bombardeios aéreos e invasão de Gaza são devastadores e estão gerando dor e medo entre as comunidades judaicas e palestinas de todo o mundo. Reiteramos que toda pessoa tem o direito de se sentir segura onde quer que viva, e que a abordagem ao racismo, o antissemitismo e a islamofobia deve ser uma prioridade”.

É compreensível que muitos na comunidade judaica se lembrem do Holocausto e dos pogroms anteriores quando buscam entender o que aconteceu em 7 de outubro: os massacres e as imagens que surgiram depois exploraram a memória coletiva profundamente enraizada do antissemitismo genocida, impulsionado pela história judaica muito recente.

No entanto, apelar à memória do Holocausto obscurece a nossa compreensão do antissemitismo que os judeus enfrentam hoje em dia e deturpa perigosamente as causas da violência em Israel-Palestina. O genocídio nazista envolveu um Estado (e sua disposta sociedade civil) a atacar uma pequena minoria, o que depois aumentou até se transformar em um genocídio a nível continental. De fato, as comparações da crise que se desenvolve em Israel-Palestina com o nazismo e o Holocausto (sobretudo quando provêm de líderes políticos e outras pessoas que podem influenciar a opinião pública) são falhas intelectuais e morais. Em um momento em que as emoções estão à flor da pele, os líderes políticos têm a responsabilidade de agir com calma e evitar atiçar as chamas da angústia e a divisão. E, como intelectuais, temos o dever de defender a integridade intelectual de nossa profissão e apoiar outras pessoas em todo o mundo para que este momento tenha sentido.

Os líderes israelenses e outros estão utilizando o marco do Holocausto para retratar a punição coletiva de Israel a Gaza como uma batalha pela civilização frente à barbárie, promovendo assim narrativas racistas sobre os palestinos. Esta retórica no impulsiona a separar a crise atual do contexto em que surgiu. Setenta e cinco anos de deslocamento, cinquenta e seis anos de ocupação e dezesseis anos de bloqueio a Gaza geraram uma espiral de violência em constante deterioramento que só pode ser interrompida por meio de uma solução política. Não existe uma solução militar em Israel-Palestina, e estabelecer uma narrativa do Holocausto em que um ‘mal’ deve ser vencido pela força apenas perpetuará uma situação opressiva que já está presente há muito tempo.

Insistir que o “Hamas são os novos nazistas” (ao mesmo tempo em que se responsabiliza coletivamente os palestinos por suas ações) atribui motivações embrutecidas e antissemitas àqueles que defendem os direitos dos palestinos. Também posiciona a proteção do povo judeu frente à defesa das leis e os direitos humanos internacionais, o que implica que o atual ataque a Gaza é uma necessidade. E invocar o Holocausto para despedir os manifestantes que pedem uma “Palestina Livre” alimenta a repressão da defesa palestina dos direitos humanos e a combinação do antissemitismo com críticas a Israel.

Neste clima de crescente insegurança, precisamos de clareza sobre o antissemitismo para que possamos identificá-lo e combatê-lo adequadamente. Também precisamos pensar com clareza enquanto abordamos e respondemos ao que está acontecendo em Gaza e na Cisjordânia. E devemos ser francos ao abordar estas realidades simultâneas (o ressurgimento do antissemitismo e os assassinatos generalizados em Gaza, bem como a escalada de expulsões na Cisjordânia) enquanto participamos do debate público.

Encorajamos aqueles que tão facilmente invocam comparações com a Alemanha nazista a escutarem a retórica proveniente dos líderes políticos de Israel. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse ao parlamento israelense que “esta é uma luta entre os filhos da luz e os filhos da escuridão” (posteriormente, um tuíte de seu gabinete com a mesma frase foi apagado). O ministro da Defesa, Yoav Gallant, proclamou: “Estamos lutando contra animais e agimos em conformidade”. Tais comentários, juntamente com um argumento generalizado e frequentemente citado de que existem palestinos inocentes LIR em Gaza, de fato, trazem à mente ecos de violência histórica em massa. Contudo, essas ressonâncias deveriam servir como uma ordem judicial contra os assassinatos em grande escala, não como um chamado a estendê-los.

Como acadêmicos, temos a responsabilidade de usar nossas palavras e a nossa experiência, com critério e sensibilidade, para buscar atenuar a linguagem inflamatória que pode provocar mais discórdia e, ao contrário, priorizar o discurso e a ação destinados a prevenir mais perdas de vidas. Por isso, ao invocar o passado, devemos agir de modo que ilumine o presente e não o distorça. Esta é a base necessária para estabelecer a paz e a justiça na Palestina e Israel. Por isso, instamos as figuras públicas, incluindo os meios de comunicação, a deixar de utilizar esses tipos de comparações”.

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