Rumo à COP28: emissões associadas à refrigeração entram na mira de negociações climáticas

Foto: Thomas Layland | Unsplash

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21 Outubro 2023

Aumento do consumo de equipamentos de ar-condicionado preocupa especialistas; presidência da COP proporá corte de 60% nas emissões de gases de refrigeração até 2050.

A informação é publicada por ClimaInfo, 20-10-2023. 

A intensificação de eventos extremos de calor, como as ondas que assolaram o Hemisfério Norte no último verão e a que “assou” boa parte do Brasil em setembro passado, deve impulsionar um aumento da demanda por equipamentos de refrigeração e ar-condicionado ao redor do mundo. No entanto, o alívio momentâneo de alguns pode piorar o sofrimento coletivo de todos com a crise climática.

Isso porque os aparelhos de ar-condicionado e de refrigeração em geral também emitem gases de efeito estufa (GEE), de forma que já representam cerca de 7% das emissões globais. Essa proporção deve aumentar nas próximas décadas, com expectativa de que esse número triplique até 2050. 

Por conta disso, uma das iniciativas que serão lançadas na Conferência do Clima de Dubai (COP28) será uma aliança internacional de países que assumirá compromissos de redução das emissões de GEE associadas à refrigeração e calefação.

Segundo a Reuters, o Global Cooling Pledge proporá aos países um corte de pelo menos 60% dessas emissões até 2050. A iniciativa será encabeçada pela Presidência da COP28, exercida pelos Emirados Árabes, e pela Cool Coalition do Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA).

A proposta se soma aos esforços iniciados no âmbito da Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Degradam a Camada de Ozônio. A emenda incluiu um compromisso dos países para reduzir as emissões de gases hidrofluorcarbonetos (HFC) utilizados na refrigeração, que também são potentes GEE.

Em tempo

O Papa Francisco poderá participar da COP28, de acordo com fontes do Vaticano citadas pela Reuters. Se confirmada, esta será a primeira vez que um Sumo Pontífice participa de uma Conferência do Clima, o que destaca a importância da próxima rodada de negociação em Dubai para o futuro da ação climática global. Outro nome que pode dar as caras na COP é o do CEO da maior gestora de ativos do mundo, a BlackRock: segundo a Bloomberg, Larry Fink deve viajar aos Emirados Árabes para discutir temas de financiamento climático e investimentos ESG.

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