Tribunal alemão condena e multa padre jesuíta por protesto climático

O tribunal distrital de Munique proferiu sua sentença no caso do reverendo Joerg Alt depois que ele participou de um bloqueio de estrada na capital da Baviera em 28 de outubro.

A reportagem é publicada por America, 16-05-2023.

Um tribunal alemão condenou na terça-feira um padre jesuíta por coerção em conexão com um protesto climático no ano passado e ordenou que ele pagasse uma pequena multa.

O tribunal distrital de Munique proferiu seu veredicto no caso do reverendo Joerg Alt depois que ele participou de um bloqueio de estrada na capital da Baviera em 28 de outubro. Também compareceram ao processo Cornelia Huth, bióloga e participante do grupo Rebelião do Cientista, e Luca Thomas, estudante.

O tribunal condenou os três por coerção e impôs multas de acordo com seus rendimentos. No caso de Alt, foi uma multa de 10 euros (10,85 dólares); o tribunal disse que as multas dos outros dois réus totalizaram uma soma de "três dígitos baixos a médios".

Em outubro de 2022, Alt Joerg e um grupo de ativistas ambientais bloquearam o trânsito no centro de Munique (Foto: Reprodução | Imago)

Numerosos protestos semelhantes ocorreram na Alemanha e em outros países recentemente, enquanto ativistas climáticos tentam chamar a atenção para a urgência de combater o aquecimento global. A resposta pública e política a esses bloqueios de estradas tem sido mista.

Até agora, a maioria dos tribunais absolveu os manifestantes ou aplicou multas, embora em pelo menos um caso recente um juiz tenha condenado três ativistas a penas de prisão que variam de três a cinco meses. Ativistas acusam o governo de não fazer o suficiente para colocar a Alemanha no caminho certo para atingir sua meta de reduzir as emissões para “zero líquido” até 2045.

Alt disse a repórteres no mês passado que escolheu aderir ao bloqueio porque está preocupado com os enormes impactos da mudança climática nos países em desenvolvimento. “Diga-me algo que funcione melhor e não tenha sido feito com pouco efeito por 40 anos, então eu farei”, disse ele. “Mas não vejo nada melhor do que aderir à desobediência civil e à resistência”.

Alt disse que a Igreja Católica deveria trabalhar mais fortemente para rotular o uso de combustíveis fósseis como “imoral” por causa dos efeitos que estão causando.

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