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“Também nós, gregos e italianos, emigrávamos: o egoísmo é a mãe de todos os fascismos”. Entrevista com Costa-Gravas

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03 Mai 2023

No centro de toda sua filmografia, Costa-Gavras, o realizador de “Desaparecido” e “Z”, sempre existiu o ser humano e a sua relação com o aspecto social. Por isso, em 2009, captando sinais importantes de um futuro que ainda não acabou, contou no “Paraíso a Oeste”, protagonizado por Riccardo Scamarcio, a odisseia por vezes paradoxal de Elias, um imigrante ilegal que, para escapar dos controles da guarda costeira, se joga no mar e chega nadando à praia de um luxuoso resort onde tenta se misturar realizando os mais diversos trabalhos, antes de iniciar sua jornada para Paris.

Já se passaram 14 anos, a situação continua piorando e Costa-Gavras, 90, em frente ao mar de Montecarlo, onde é convidado de honra do Festival de la Comedie e onde, ontem, recebeu o Legend Award, repete que “é preciso encontrar uma solução”, inspirando-se justamente na nossa própria experiência. 

A entrevista com Costa-Gavras, cineasta grego, é de Fulvia Caprara, publicada por La Stampa, 30-04-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

De que forma?

A primeira obrigação é ter respeito por essas pessoas obrigadas a abandonar seus países, suas famílias, suas vidas. Todos nós, estou falando de vocês italianos e nós gregos, sempre partimos de lugares que não nos ofereciam a vida que queríamos.

O que está acontecendo agora não é uma novidade, mas a continuação de eventos que sempre aconteceram. Não tenho uma solução no bolso e sei que é muito difícil de encontrar. Também sei que nem sempre é fácil se abrir para povos que nos parecem diferentes em tudo, pela cultura, religião, estilo de vida, mas é preciso fazê-lo, em todo caso.

Neste processo de aceitação, quais são os perigos a evitar?

O mais importante é evitar que o racismo ganhe espaço, porque o racismo é a base da guerra, ou seja, do pior de tudo. Os princípios de humanidade devem ser sempre respeitados. Se as pessoas deixam a África para vir aqui é porque procuram uma existência melhor e isso os italianos, mas também nós, gregos, o entendemos bem.

Você contou em “Z” o assassinato do político e pacifista Grigoris Lambrakis, alguns anos antes do golpe que levou à ditadura dos coronéis. O que você acha do retorno das direitas na Europa?

Não se trata de direitas, aqueles que voltaram são justamente os fascistas. Há muitas pessoas na direita que se comportam de forma absolutamente civilizada em relação ao sistema em que vivem, e não podem ser comparados aos fascistas. Fascismo é outra coisa.

E por que recuperou espaço agora?

O fascismo está dentro de todos nós, faz parte de um certo tipo de cultura e de atitudes individuais, felizmente muitos de nós o combatemos, mas também há outros que não o combatem e então na França, na Itália e em vários países, acontece que se retorne a votar naquelas ideias, sem falar, depois, daqueles que concordam com Putin e com o que ele faz.

O que mais lhe preocupa na fase que estamos atravessando?

O mundo está mudando profundamente, não sabemos bem onde iremos parar. Minha impressão é que caminhamos para uma catástrofe geral, social e também ambiental.

Vejo uma Terra cada vez mais agredida pelo egoísmo humano e pela busca permanente do prazer, aliás, de todos os prazeres, e isso só pode levar à destruição. O nosso é um panorama em que o número de pobres continua a aumentar e que todos os dias o nosso planeta é destruído um pouco mais do que o dia anterior.

Hoje também pela guerra.

Sempre houve guerras, hoje elas nos parecem mais próximas e perigosas porque são travadas na Europa. Estávamos convencidos de que a paz seria permanente, mas na história dos povos nunca foi assim.

Você é grego, naturalizado francês, nos últimos meses assistimos à revolta contra a reforma da previdência proposta por Macron e alguém disse que, na França, ao contrário de outros países, o espírito de rebelião ainda está vivo. Na sua opinião por quê?

É um espírito que vem da Revolução Francesa. Quando se olha para a história da França, se vê que a cada 20 ou 30 anos as lutas sociais voltam à cena. Na minha opinião são necessários, mesmo que não agradem aos governos. Devem ser feitas porque, assim, o povo vive, mostra o que não quer, mostra a sua cara.

Você é o cineasta político por excelência. Considera que, no panorama contemporâneo, o cinema ainda possa desempenhar um papel importante?

“O cinema sempre teve um papel político, estou convencido de que todos os filmes estabeleceram uma relação político-social com os espectadores e que tudo isso continuou ao longo do tempo. Houve uma fase de predomínio do cinema comercial, mas aquela função nunca desapareceu.

A partir da semana que vem estamos organizando em Paris uma retrospectiva sobre o cinema de Mario Monicelli, e sabe o que ele dizia? ‘O cinema é uma luta permanente contra as injustiças’. Muitos filmes tiveram uma função pedagógica, a começar justamente por aqueles cômicos, o cinema sempre se interessou pela sociedade. No que me diz respeito, posso dizer que vivi uma época de ouro, em que era muito fácil fazer cinema, e que hoje tudo mudou.

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