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Véronique Margron. É hora de abandonar a armadura eclesiástica e aceitar a vulnerabilidade

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09 Março 2023

Crescida em uma família agnóstica, a irmã Véronique Margron conta que nunca experimentou desde pequena uma "adesão carnal" à fé. No entanto, o fato de ter recebido uma educação laica, face à sua futura vocação, revelou-se um recurso, pois impediu-a de idealizar a Igreja e a ajudou a enfrentar a realidade quando se encontrou diante do tsunami do escândalo de violência clerical. Um trunfo que lhe permitiu manter-se firme e enfrentar essa jornada no escuro das "coisas mais terríveis que se possa imaginar".

A reportagem é de Federica Tourn, publicada por Jesus, março de 2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Véronique Margron é teóloga moral, Superiora Provincial da França das Irmãs Dominicanas da Caridade da Apresentação da Santíssima Virgem, nasceu em Dakar, no Senegal, em 1957. Professora de Ética e autora de numerosos ensaios, foi Decana da Faculdade Teológica Ocidental da Universidade Católica de Angers de 2004 a 2010. Membro da Academia Católica da França, foi premiada com a Legião de Honra em 2009. Desde 2016 é presidente da Corref, a Conferência dos Religiosos e das Religiosas da França.

Seu olhar pode parecer desencantado, mas certamente não é desprovido de empatia pelas dificuldades que Igreja está atravessando e, antes disso, pelas vítimas de padres abusadores e pela instituição que os encobriu. “Sinto uma grande tristeza diante do silêncio das hierarquias e de quem ainda hoje tenta ocultar os abusos”, fala. “Trazer a verdade à tona custa caro, mas é necessário: não há outra forma para ser fiéis ao que proclamamos como crentes. Não esqueçamos que trazer a verdade custou sua vida para Cristo".

Eleita presidente da Corref, a Conferência dos religiosos e religiosas da França, em 2016 (hoje está em seu segundo mandato), desde 2013 Margron também é superiora provincial de sua congregação, as Irmãs de Caridade Dominicana da Apresentação da Santíssima Virgem, um instituto religioso feminino de direito pontifício. “O encontro com aquela que depois se tornou a minha congregação em 1989 foi totalmente casual”, ela nos conta.

“Eu era professora para custear os estudos de psicologia e tinha que fazer algumas fotocópias; fui encaminhada ao vizinho convento das Dominicanas e nessa ocasião iniciou-se um diálogo”. Um ano depois, enquanto trabalhava com menores em situação de risco para o Ministério da Justiça, voltou a encontrar em Orléans as freiras Dominicanas prestes a abrir uma comunidade. O caminho para a consagração estava agora prestes a ser trilhado.

Religiosa que há anos se empenha na escuta daqueles que foram marcados pela ferida da violência psicológica, espiritual e sexual dentro da Igreja, a Irmã Véronique confrontou-se por muito tempo com o mal sistêmico dos abusos, "que ninguém jamais pensou que teria que ver", diz ela. O ponto de não retorno chega em 2018, quando a Conferência Episcopal Francesa e a Corref dão mandato a uma comissão independente para lançar luz sobre os abusos sexuais na Igreja na França. Três anos depois, aquele que a Um punhado de farinha e uma grande fé entrega à Irmã Véronique Margron e a D. Eric de Moulins-Beaufort, presidente dos bispos, é um relatório chocante. A Comissão presidida por Jean-Marc Sauvé estima que, desde 1950, 216.000 pessoas foram abusadas na França por clérigos ou religiosos.

"A Ciase foi determinante para a Igreja francesa", afirma a freira. “Deve-se dizer isso com humildade, mas também enfatizar que o momento decisivo foi precisamente a entrega a pessoas externas à instituição: isto mudou as coisas”. Uma vertigem e um momento terrível, porque trouxe à luz os crimes e a traição da Igreja para com o povo de Deus, um sofrimento que se renovou com a publicação recente de relatórios sobre as derivas sectárias das comunidades lideradas por Jean Vanier e seu mentor e pai espiritual Thomas Philippe.

“Dada a terrível realidade que emergiu do trabalho da Ciase, certamente não poderíamos agradecer à comissão e agir como se nada tivesse acontecido”, continua Margron. Disso resulta para a Igreja na necessidade de se despir, uma decisão “dolorosa, mas necessária” que abriu caminho a um percurso de justiça reparadora para as vítimas e de uma consciencialização coletiva.

"Falamos de ressarcimentos, claramente, mas não só, porque quem foi abusado pede para falar, para ver os arquivos, para receber um pedido público de desculpas”, explica a Irmã Véronique. “Acho que está acontecendo uma conscientização no mundo católico, porque agora é mais difícil negar que certas coisas aconteceram”, relata a freira. Esse processo poderá realmente afetar a cultura que está na origem do caráter sistemático dos abusos?

“É difícil dizer agora”, reflete Margron, “temos de esperar pelo menos uns quinze anos para ver o resultado da convulsão moral em curso”.

No entanto, a mudança de ritmo é definida: trata-se de continuar com coragem, deixando espaço na Igreja para os leigos, para as mulheres, para toda a sociedade. “Também gostaria que abandonássemos a armadura institucional e aceitássemos a vulnerabilidade”, acrescenta a teóloga. A irmã Véronique aprendeu isso justamente com os sobreviventes de abusos: “Escutei centenas de pessoas atravessadas ou mesmo devastadas pela dor, conversei com elas e descobri vidas difíceis, mas extraordinárias”, testemunha. É precisamente nestas trocas que se pode encontrar a esperança: “Não esqueçamos que os encontros na sua humanidade são um recurso, porque nas trevas que estamos atravessando são eles que puxam a Igreja para o lado da luz e da vida”.

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