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“Ratzinger foi um representante do antigo cristianismo medieval”. Entrevista com Leonardo Boff

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10 Janeiro 2023

Era 7 de setembro de 1984 e Leonardo Boff estava sentado como acusado perante o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Joseph Ratzinger, no que para todos os efeitos parecia um julgamento moderno por heresia. Foi acusado seu livro Igreja: carisma e poder, do qual o ex-Santo Ofício havia destacado aspectos "que põem em perigo a sã doutrina da fé".

Mas na mira do Vaticano não havia um único livro: havia antes aquela Teologia da Libertação (TdL), que, nascida da realidade dos pobres (interpretada com a ajuda das ciências sociais e da análise marxista da história) e destinada à sua libertação, alarmou imediatamente os centros mais sensíveis do poder político e religioso.

Sem ressentimento

Teria sido, garantiu Ratzinger, uma "conversa entre irmãos" - com os olhos do mundo em Roma, não era preciso evocar imagens inquisitoriais -, mas o desfecho já estava escrito. No ano seguinte, Boff seria punido com silêncio obsequioso. E em 1992, diante da ameaça de novas medidas disciplinares, teria deixado a Ordem Franciscana e renunciado ao sacerdócio, continuando incansavelmente sua atividade como teólogo da libertação. Hoje, perante a morte do seu perseguidor, diz não sentir qualquer ressentimento, salientando apenas a necessidade de uma "leitura objetiva" dos pensamentos e ações de Ratzinger.

A entrevista é de Claudia Fanti, publicada por Il Manifesto, 06-01-2023.

Eis a entrevista.

Grandes palavras de louvor foram dedicadas a Bento XVI. Você, que, junto com muitos outros, pagou pessoalmente pela perseguição do Vaticano, como reage aos comentários feitos nos últimos dias?

É normal falar bem dos mortos, principalmente se for um papa. Porém, a teologia, não podendo escapar de uma leitura objetiva e crítica, deve ter a coragem de mostrar também as sombras de Bento XVI. Ele era um teólogo respeitado e progressista quando lecionou na Alemanha. Mas depois deixou-se contaminar pelo vírus conservador da milenária instituição eclesiástica, a ponto de abraçar, em alguns aspectos, posições reacionárias e fundamentalistas.

Basta pensar na declaração Dominus Iesus de 2000, na qual ele relançou a velha tese medieval, superada pelo Concílio Vaticano II, segundo a qual "fora da Igreja não há salvação": Cristo é o único caminho de salvação e a Igreja é a única forma de salvação. Ninguém vai andar na estrada a menos que primeiro pague o pedágio. Quanto às Igrejas não católicas, não seriam "Igrejas propriamente ditas", mas apenas "comunidades separadas". Uma porta foi batida em face do ecumenismo. Seu sonho era a reevangelização da Europa sob a direção da Igreja Católica. Um projeto irrisório e impraticável, tendo que enxugar todas as conquistas da modernidade. Mas Ratzinger era um representante do antigo cristianismo medieval.

Depois houve a condenação da Teologia da Libertação...

Para nós, teólogos latino-americanos, foi uma grande ferida que dezenas de teólogos de todo o continente tenham sido proibidos de produzir uma série de 53 volumes, intitulada Teologia da Libertação, como auxílio para estudantes, comunidades de base e agentes pastorais comprometidos na perspectiva dos pobres. Estava claro que ele não queria saber de uma teologia elaborada a partir das periferias. Para os pobres foi um escândalo, para nós teólogos, apoiados por centenas de bispos, uma humilhação.

Ratzinger publicou duas Instruções sobre a Teologia da Libertação. A primeira foi muito dura, em 1984. A segunda, dois anos depois, com tons mais suaves, escrita sob pressão dos cardeais brasileiros Arns e Lorscheider. E foi precisamente em 1984 que o senhor passou pelo processo perante a Congregação para a Doutrina da Fé.

O processo terminou com a imposição de um “silêncio obsequioso”, eufemismo para a proibição de falar, de ensinar, de realizar qualquer atividade teológica. Mas não sinto ressentimento ao recordar aqueles dias turbulentos: o fato de ter assumido a causa dos pobres, dos entes queridos do Jesus histórico, me dava segurança. Além disso, aquele julgamento, coberto pela mídia em todo o mundo, proporcionou uma grande oportunidade para divulgar a TdL. Todos entenderam que não estava em jogo apenas uma teologia, mas a posição da Igreja diante do drama dos pobres e oprimidos.

Com a censura e a perseguição de tantos teólogos, de Gustavo Gutiérrez a Jon Sobrino, Ratzinger não deu bom exemplo: não ouviu o clamor dos pobres, condenou seus amigos e aliados e interpretou mal a Lei. Ai! aos que não ficam do lado dos pobres, porque serão eles que nos julgarão!

O que levou a esse mal-entendido?

A falta de apoio de Ratzinger à TdL fez muitos cristãos hesitarem. Tanto mais que os teólogos da linha da libertação foram proibidos de dar conselhos pastorais aos bispos e até de acompanhar as comunidades de base. A eles foi negada a alegria do trabalho pastoral e do ensino de teologia. Ratzinger tem sido um fator de divisão dentro de nossa Igreja latino-americana.

Como avalia seu pontificado?

Bento XVI deu continuidade ao inverno eclesial iniciado por João Paulo II com o abandono das reformas conciliares. Com o “retorno à grande disciplina” que promoveu, até acentuou essa tendência. Basta pensar na reintrodução da missa em latim. Ele concebeu a Igreja como um castelo fortificado contra os erros da modernidade, do relativismo ao marxismo ou à perda da memória de Deus na sociedade. Ele colocou a Verdade no centro, com sua defesa da ortodoxia. Sem capacidade de governar, semeou na Igreja mais medo do que alegria, mais controle do que liberdade. Era uma pessoa afável e delicada, mas sem o carisma de seu antecessor. No entanto, pelas suas virtudes pessoais e pelos sofrimentos que sofreu, estou certo de que será acolhido entre os bem-aventurados.

Como você interpretou a renúncia dele?

Ele tomou conhecimento dos escândalos sexuais e financeiros na Igreja, mas sentiu que não tinha forças para mudar a situação. Precisávamos de outro papa no pulso. Não se tratava de problemas de saúde, mas do fato de se sentir psicologicamente, mental e espiritualmente desamparado.

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