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A dor dos imigrantes venezuelanos como vil moeda eleitoral

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22 Agosto 2018

O mundo volta os olhos para saber se o Brasil vai escolher, nas próximas eleições, os valores da democracia ou a barbárie do autoritarismo e do desinteresse pela dor alheia.

O comentário é de Juan Arias, jornalista, publicado por El País, 20-08-2018.

Os imigrantes venezuelanos que chegam ao Brasil são filhos da fome, e não do ditador Maduro. Vítimas de um desastre político. Recebê-los neste país, que se orgulha de ser democrático, deve proporcionar uma oportunidade para demonstrar que é rico o suficiente para matar a fome dessas famílias, que arrastam seus filhos para fora de suas casas e, assim, evitar vê-los morrer.

Negar sua entrada, como as autoridades estão pedindo, ou expulsá-los como indesejados depois que entrem, supõe uma grave falta de sensibilidade com essas pessoas que arriscam tudo para não sucumbir. Atear fogo em seus acampamentos, atentando contra suas vidas e anatematizá-los como ladrões e assassinos, revela a incapacidade de se colocar no lugar daqueles que vivem uma tragédia dessa magnitude.

Mesmo que seja verdade que algum desses imigrantes tenha cometido um crime assaltando um comerciante, isso não justifica a violência que outros estejam sofrendo, famílias inteiras arrancadas de suas casas e de seu país, cujo único pecado é o de seus governantes incapazes de dar sustento e liberdade ao seu povo.

Estou convencido de que esta perseguição e até mesmo a violência que estão sofrendo os refugiados venezuelanos na fronteira da Venezuela com o Brasil, e o ódio em relação a eles que está sendo incubado nas redes sociais, não respondem ao coração da grande maioria pobre dos brasileiros, que sabem, por experiência, quão difícil é para alguns pais ver sofrer e até morrer seus filhos, por falta de comida ou remédio. É este, e apenas este, o drama vivido por esses milhares de venezuelanos que fogem de seu país, não em busca de melhores condições de vida, e sim simplesmente para não morrer de fome.

O Brasil enfrenta um momento difícil. A historiadora Heloisa Starling alertou recentemente, no jornal Folha de S. Paulo, sobre o perigo de que os valores democráticos estejam entrando em crise e sobre a tentação de que a sociedade passe a apoiar governos autoritários que desprezam a democracia. E isso acontece nos momentos em que um povo começa a perder o amor pelos valores do diálogo e da democracia, quando se prepara o terreno fértil para a frieza diante da dor daqueles que sofrem com essa falta de valores em seus países ditatoriais. Lá, na Venezuela, do populismo de esquerda e aqui, no Brasil, da extrema direita.

Presos entre esses extremos, geradores de fome de pão e de liberdade, corremos o risco de descarregar nossa raiva e nossas frustrações contra os pobres imigrantes. Eles fazem parte, no entanto, desta caravana de inocentes que, da perseguição aos judeus dos campos de extermínio, até a ira contra os refugiados das guerras e do flagelo das ideologias totalitárias, constituem, com sua condição de desenraizados e sem pátria, o clamor da denúncia contra nossa consciência burguesa.

O mundo atualmente está com os olhos voltados para o Brasil para saber se, nas próximas eleições, os cidadãos vão apostar nas urnas pelos valores civilizatórios da democracia, da tolerância e do diálogo entre diferentes, ou pela barbárie do autoritarismo e pelo desinteresse pela dor alheia. O teste pelo qual o país está passando em relação aos imigrantes venezuelanos será importante para saber se o Brasil se posicionará na fila dos extremistas intolerantes de alguns países europeus contra os refugiados, ou se será capaz de oferecer o melhor de sua identidade, o que sempre conquistou os estrangeiros, como sua capacidade de saber nos aceitar não apenas com respeito, mas também com amizade e simpatia. Esse Brasil é o que não deve hoje, diante desses imigrantes, negar o que o fez sempre ser admirado, essa capacidade mágica de nos fazer sentir, assim que pisamos em seu solo, também brasileiros.

Que os imigrantes venezuelanos se vejam não apenas aliviados de sua fome de comida no Brasil, mas também de sua necessidade de serem aceitos, não como inimigos, mas como irmãos da mesma família. Todo o resto é usar seu sofrimento como vil e indigna moeda eleitoral.

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