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01 Agosto 2024

A descoberta do “oxigênio preto”, produzido no fundo do mar, não tem precedentes para a ciência. Ela poderá frustrar os planos das empresas que querem explorar as águas profundas para extrair os seus minerais.

A reportagem é de Hortense Chauvin, publicada por Reporterre, 31-07-2024. A tradução é do Cepat.

Sem vida nas águas profundas? Esta é mais uma prova de que não. A mais de 4.000 metros abaixo da superfície do Oceano Pacífico, a uma profundidade que os raios solares não conseguem alcançar, os cientistas descobriram oxigênio, a fonte da vida na Terra. Este “oxigênio preto” não viria de plantas marinhas, mas de seixos ricos em metais do tamanho de uma batata, os “nódulos polimetálicos”, para os quais estão olhando as empresas mineradoras.

Esta descoberta, tornada pública no dia 22 de julho na revista Nature Geoscience, poderá desafiar a nossa compreensão das origens da vida na Terra, mas também levar os cientistas a reavaliarem as consequências da exploração das águas profundas.

A equipe de pesquisadores fez a descoberta inesperadamente enquanto tentava medir o consumo de oxigênio no fundo do oceano na zona de fratura geológica Clarion-Clipperton, no Pacífico. Esta imensa planície abissal desperta o apetite de diversas empresas, incluindo a canadense The Metals Company e a britânica UK Seabed Resources. Elas pretendem explorar os nódulos polimetálicos que aí se encontram para extrair os metais (cobalto, níquel, manganês, etc.) necessários para a fabricação das baterias dos telefones e dos carros elétricos.

Até agora, as profundezas do oceano eram apenas percebidas como um “sumidouro” de oxigênio, para onde simplesmente fluiria o precioso gás produzido na superfície através da fotossíntese, graças às correntes. Em 2013, os autores deste estudo capturaram pequenas partes do fundo do mar na área de Clarion-Clipperton sob sinos, chamadas “câmaras bentônicas”. E aí, a surpresa. O nível de oxigênio, que logicamente deveria diminuir, aumentava.

Ao recuperar estes dados, a equipe de cientistas pensou primeiro “que os sensores estavam com defeito”, afirma o principal autor do estudo, o ecologista e especialista em fundos marinhos Andrew Sweetman, num comunicado de imprensa. “Todos os estudos realizados em águas profundas mostraram que o oxigênio era consumido e não produzido. Voltávamos ao laboratório e recalibrávamos os sensores, mas durante 10 anos estas estranhas leituras de oxigênio continuaram a aparecer”.

Os pesquisadores decidiram então recriar as condições das profundezas abissais em laboratório, no seu barco de pesquisa. Este novo método deu os mesmos resultados. “Naquele momento sabíamos que havíamos identificado algo revolucionário e inédito”.

Uma das descobertas “mais fascinantes”

As causas do fenômeno ainda são incertas. Na superfície de alguns nódulos, os cientistas detectaram uma tensão elétrica de até 0,95 volt. A tensão pode ser ainda maior quando esses rolos de metal estão agrupados. Isto poderia, segundo os cientistas, gerar uma separação da água do mar em hidrogênio e oxigênio, no final de um processo denominado “eletrólise da água do mar”.

Esta descoberta é “uma das mais fascinantes da ciência oceânica recente”, considera Nicholas Owens, biólogo marinho e diretor da Associação Escocesa para a Ciência Marinha (Sams), que contribuiu para esta pesquisa. A possibilidade de o oxigênio ser produzido sem organismos vivos ou sem fotossíntese exige, segundo ele, que se repense a origem da vida na Terra.

“A visão convencional é que o oxigênio foi produzido pela primeira vez há cerca de 3 bilhões de anos por micróbios, cianobactérias, e que houve um desenvolvimento gradual de formas de vida complexas depois disso, explica num comunicado de imprensa. A possibilidade de haver outra fonte de oxigênio obriga-nos a reconsiderar radicalmente a situação”. Se este fenômeno acontece no nosso planeta, salienta Andrew Sweetman, pode ser o caso de que ocorra também em outras partes do universo.

Esta descoberta demonstra, mais uma vez, a urgência de abandonar os projetos de mineração em alto mar, segundo Marie-Kell de Cannart, bióloga marinha e ativista do coletivo Look Down e da Sustainable Ocean Alliance. “Explorar esses nódulos equivaleria a remover o oxigênio do oceano, enquanto uma em cada duas respirações vem do oceano”, explica Cannart ao Reporterre.

Numerosos outros estudos já evidenciaram o perigo mortal a que a mineração expõe as áreas abissais. Estas últimas abrigam milhares de espécies surpreendentes e pouco conhecidas, como os “esquilos viscosos”, pepinos-do-mar com carne elástica e longa cauda amarela.

Um desses estudos, publicado em julho de 2023 na revista Current Biology, mostra que as criaturas marinhas abandonam as áreas sujeitas à passagem de máquinas escavadeiras. De acordo com os seus autores, as funções de determinados ecossistemas poderiam ser destruídas de forma “irreversível”.

Lobby empresarial

Marie-Kell de Cannart espera que os novos dados sobre o “oxigênio preto” sejam levados em consideração pelos 168 Estados membros da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (IAFM), reunidos até 2 de agosto em Kingston, na Jamaica, para as suas negociações anuais. Nos próximos dias, terão de eleger o seu novo secretário-geral e discutir o início de uma futura política geral a favor da proteção e preservação do meio marinho.

“Este estudo deve ser citado pelos negociadores, e os seus resultados não devem ser postos em dúvida pelas empresas que pretendem explorar o fundo do mar”, defende a cientista, que denuncia o “imenso lobby” de algumas delas, especialmente da The Metals Company.

Num comunicado de imprensa, a empresa canadense – que financiou indiretamente a pesquisa da equipe de Andrew Sweetman através da sua subsidiária Nori, que detém direitos de exploração na área de Clarion-Clipperton e, como tal, apoia as expedições científicas – qualifica este novo estudo de “falho”. Segundo ele, a metodologia utilizada levanta “sérias preocupações sobre a validade dos dados e conclusões”.

“É um clássico, analisa Marie-Kell de Cannart. Cada vez que [aparece um estudo sobre a exploração das águas abissais], eles distorcem a informação para fazer as pessoas acreditarem que os cientistas estão falando besteiras. Muitas pessoas podem ficar reféns destas informações”.

No dia 23 de julho, três organizações ambientais – Deep Sea Mining Campaign, The Ocean Foundation e Blue Climate Initiative – entraram com um processo contra a The Metals Company, a quem acusam, após análise do seu último relatório anual, de “enganar significativamente investidores, funcionários e o público através de omissões, desinformações e deturpações”. Acusam-na especialmente de ter superestimado as suas qualificações “como investidor ecológica e socialmente responsável”.

Diante das acusações da The Metals Company, Andrew Sweetman e sua equipe responderam e decidiram defender publicamente seu estudo. “Nós apoiamos totalmente as suas descobertas, que foram publicadas por uma revista acadêmica altamente respeitada, após um rigoroso e demorado processo de revisão por pares”, afirmou o autor principal em um comunicado.

Além disso, a sua descoberta não seria um caso isolado. “Após a publicação deste artigo, diz, fui contactado por outros pesquisadores que obtiveram dados semelhantes, que deram provas da produção de oxigênio preto e que as rejeitaram pensando que o seu equipamento estava defeituoso”.

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