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“Só um judeu entende os nossos medos, o mal nasce na porta ao lado”. Entrevista com Liliana Segre

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27 Novembro 2023

“As minhas amigas dizem-me: Liliana, com o que está acontecendo você vai ficar trancada em casa. Eu respondo: não, sou uma mulher livre e sou uma mulher de paz”. Há períodos em que os eventos diários também invadem a terrível textura da narrativa e da memória do Holocausto. Liliana Segre está em Gênova para receber o prémio Ipatia – Excelência ao feminino, sendo recebida e saudada por um interminável ​​aplauso à sua chegada à sala Duse do Teatro Nacional.

A entrevista é de Lucia Annunziata, publicada por La Stampa, 24-11-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Ela é entrevistada por Lucia Annunziata e a atualidade urgente da crise entre Israel e Hamas no final do encontro está sobre a mesa. Liliana Segre diz: “Desde 7 de outubro a coisa mais horrível, a que mais me abala como avó, é o que acontece às crianças. As crianças nunca devem ser tocadas, de qualquer cor, de qualquer etnia, as crianças não podem ser vítimas porque os pais são inimigos entre si.” Ela lembra da maternidade: “Quando acabam as dores e colocam o recém-nascido no seu colo, você o olha como um milagre”. Mas há também uma revelação: “Há tempo que penso que nos livros de história apenas haverá uma só linha sobre o Holocausto, a atual guerra em Israel não me influenciou. Quando um judeu encontra outro judeu sabe que só ele poderá compreender: o meu, o nosso, é um medo ancestral."

Há espaço, na rejeição da violência, de qualquer tipo de violência, também para uma incursão na tragédia do feminicídio de Giulia Cecchettin: “Penso nela e penso também nele, no assassino. Os pais afirmam que para eles era um bom rapaz, você vê as fotos de uma cara limpa e aí, de repente, um jovem comum se transforma." A comparação é inevitável: “Sabe, até os carcereiros dos campos de concentração muitas vezes tinham uma cara limpa. Lembro-me de um que tinha cara de menino. Porque a questão é a seguinte: o monstro na realidade não se apresenta como monstro."

Liliana Segre continua: “Um pobre rapaz, um assassino, mas um rapaz normal que não tem dentes de vampiro. No entanto, de repente, ele se transforma. E todos nós tentamos entender por que acontece tal transformação, mas não sei a resposta, por que tinha problemas? Por que a mulher era mais forte que ele? Não há motivo que justifique um massacre assim."

Assim como não há motivo que possa justificar o Holocausto. “Você sabe: o protótipo da banalidade do mal foi Adolf Eichmann. Ele sempre se defendeu dizendo: eu só obedeci às ordens.

Sem pensar nos crimes e nas pessoas, nas mulheres que ele despojou de toda dignidade”.

Mas esse duplo registo psicológico insinua-se também nas dobras da mais banal cotidianidade “Talvez tem o inquilino que vive ao teu lado, que é muito elegante, que quando te encontra te deixa passar no elevador, mas depois transforma-se e na reunião de condomínio, por uma lâmpada de 5 watts, poderia até brandir uma faca."

Cavando nas memórias Liliana Segre também vai buscar os rastros do gravíssimo pecado de omissão, as mãos que cobrem os olhos, que na Itália favoreceu e facilitou o horror contra os judeus. Mesmo também naquele caso a banalidade do mal tinha o aspecto e a aparência inofensiva de uma professora do ensino básico: “Os meus pais pediram-lhe que viesse à nossa casa consolar-me, ela chegou muito irritada porque não queria dizer não, mas no final da visita esquentou-se e disse: mas afinal, o que vocês querem, não fui eu que fiz as leis raciais!”.

Liliana explica: dediquei a minha vida à paz. Ela se lembra de quando, aos 14 anos, no campo de concentração, poderia ter matado um guarda, com a arma roubada: “Na minha vida dei privilégio a determinadas escolhas. Eu nunca poderia ter matado ninguém, nem mesmo aquele nazista. Nunca encontrei as palavras para falar daquele horror. Naquele momento, percebi que eu não era como ele. Agora tenho 93 anos e sou quem sou, mas não há palavras para falar de Auschwitz. Li Primo Levi, muitos sobreviventes de várias nacionalidades. Ninguém encontrou palavras para falar disso. Nem mesmo nos contos de fadas onde existem os ogros." A sua conclusão: “Talvez dentro de um século o extermínio seja apenas uma linha nos livros de história, mas acredito no valor do testemunho. Às vezes encontro pessoas que se lembram de ter-me ouvido. E me emociona pensar no que consegui, sem nunca falar de ódio e de vingança, mas de mansidão e de paz, mesmo sendo extremamente pessimista quanto ao futuro dos próximos cinquenta anos”.

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