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“Capitalismo canibal”: Como o genocídio de Gaza prediz um futuro global sombrio

Fonte: Unsplash

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03 Setembro 2025

“O capitalismo depende de populações estruturalmente “descartáveis”, grupos despojados de proteções políticas e legais, vulneráveis à expropriação e à aniquilação. As hierarquias imperiais e raciais definem quem é suscetível de ser assassinado e quem não. Em Gaza, a desumanização dos palestinos permite tanto a sua destruição física quanto a mercantilização dessa destruição”, escreve Hesham Gaafar, pesquisador especializado em pensamento e movimentos islâmicos e resolução de conflitos, em artigo publicado por Voces del Mundo, 29-08-2025. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Desde o início da guerra de Israel contra Gaza, em outubro de 2023, ficou claro para mim que a matança em massa de palestinos não é apenas uma tragédia local. É uma antecipação sombria do futuro comum da humanidade.

As atrocidades cometidas em Gaza fazem parte de um padrão mais amplo de matanças em grande escala que também marcou os conflitos no Iêmen, Sudão, Síria, México, Ucrânia e outros lugares.

A violência atual adota múltiplas formas, de guerras convencionais entre Estados a guerras civis e violência armada ligada ao crime organizado. Em conjunto, sugerem que os assassinos em massa estão se tornando uma condição global.

Os governos e os exércitos justificam comumente esta violência alegando “defesa própria”, “segurança nacional” e “ameaças existenciais”, argumentos enraizados em ideologias extremistas que normalizam, e até mesmo santificam, o assassinato do Outro.

No último capítulo do meu próximo livro, busco oferecer um marco analítico completo para compreender o genocídio em Gaza, sintetizando as conclusões de instituições de pesquisa, grupos de direitos humanos e jornalismo investigativo.

Um dos aspectos mais alarmantes da guerra em Gaza é a normalização da violência sistemática. Após mais de 22 meses de bombardeios, destruição e fome, grande parte do sistema internacional, e até mesmo muitas sociedades árabes, se adaptaram ao horror contínuo.

A vida segue como se o assassinato deliberado de crianças e mulheres, o corte no abastecimento de água e eletricidade, o bombardeio a hospitais e escolas e a destruição de bairros inteiros fossem acontecimentos rotineiros e aceitáveis.

Características distintivas do genocídio

As declarações dos líderes políticos, militares, comentaristas e intelectuais israelenses sinalizam repetidamente a intenção genocida, sugerindo que a maioria - se não todos - dos palestinos de Gaza são responsáveis ou apoiam o ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023.

A desumanização é um requisito prévio para esta violência. Os palestinos são há muito tempo considerados “menos que humanos”, um discurso que remonta aos primeiros dias da colonização sionista e ao deslocamento da população palestina.

Um relatório de julho de 2025 do grupo israelense de direitos humanos B’Tselem, intitulado Nosso genocídio, documenta a dimensão, a intenção e a execução do ataque de Israel contra Gaza. Conclui que os dirigentes israelenses agiram com a intenção clara e coordenada de destruir a sociedade palestina em Gaza, plenamente conscientes das consequências devastadoras de suas políticas de matanças em massa, fome e destruição sistemática das infraestruturas civis.

Desde outubro de 2023, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 62.000 palestinos perderam a vida e mais de 145.000 ficaram feridos. Mais de 11.000 pessoas continuam desaparecidas. Ao menos metade dos mortos eram mulheres e crianças, e 83% eram civis.

Os aviões de combate F-35 israelenses, descritos como “instrumentos de matança” em um relatório publicado pelo grupo de defesa Arms Embargo Now, foram utilizados para bombardear moradias, campos de refugiados e até mesmo “zonas seguras” designadas, com munições como bombas antibunker de 2.000 libras.

No massacre de 13 de julho de 2024, no campo de Al-Mawasi, uma suposta zona segura, oito bombas deste tipo mataram pelo menos 90 palestinos e feriram outros 300, ao atingir tendas de campanha, uma cozinha comunitária e uma instalação dessalinizadora de água. A ONU condenou o ataque, afirmando que demonstrava que “nenhum lugar é seguro em Gaza”.

A campanha de Israel teve como alvo tornar o mar de Gaza inabitável de várias maneiras. O sistema sanitário entrou em colapso, o que provocou a morte de bebês e um aumento vertiginoso das taxas de aborto espontâneo, enquanto os suprimentos médicos foram bloqueados ou saqueados.

A fome está muito generalizada, pois os agricultores foram proibidos de acessarem suas terras, suas plantações foram destruídas e ocorreram ataques contra as comunidades rurais. Mais de 2.000 palestinos foram assassinados nos pontos de distribuição de alimentos.

O sistema educacional também foi dizimado, com mais de 90% das escolas de Gaza danificadas ou destruídas. Muitas foram bombardeadas enquanto ofereciam abrigo a famílias deslocadas.

Os jornalistas são alvos de ataques sistemáticos, com mais de 240 assassinados desde outubro de 2023, o que torna Gaza o lugar mais mortífero para os meios de comunicação, em décadas. Os sobreviventes da detenção israelense denunciam torturas sistemáticas, agressões sexuais e abusos sádicos.

Por que as matanças continuam?

Para compreender a longevidade deste genocídio, devemos examinar sua arquitetura econômica e política, o que a filósofa feminista Nancy Fraser chama de “capitalismo canibal”: um sistema que se alimenta da destruição de suas próprias bases sociais e ecológicas, incluindo a própria vida humana.

O capitalismo depende de populações estruturalmente “descartáveis”, grupos despojados de proteções políticas e legais, vulneráveis à expropriação e à aniquilação. As hierarquias imperiais e raciais definem quem é suscetível de ser assassinado e quem não. Em Gaza, a desumanização dos palestinos permite tanto a sua destruição física quanto a mercantilização dessa destruição.

O conceito de Fraser capta este momento: a morte e o sofrimento humano se convertem em mercadorias que são comercializadas e consumidas com fins lucrativos. A guerra em Gaza, assim como a guerra na Ucrânia, é uma mina de ouro para os fabricantes de armas, pois lhes permite testar suas armas em combate real.

Um estudo de julho de 2025, do Projeto Costs of War, da Universidade Brown, revelou que, entre 2020 e 2024, o Pentágono estadunidense estabeleceu contratos no valor de 2,4 trilhões de dólares - ou seja, 54% de seu gasto discricionário total – com empresas privadas. Aproximadamente um terço dessa quantidade foi destinado a cinco grandes empresas armamentistas: Lockheed Martin, Boeing, RTX, General Dynamics e Northrop Grumman. Isto supera os 356 bilhões de dólares gastos em diplomacia, desenvolvimento e ajuda humanitária durante o mesmo período.

As empresas armamentistas israelenses, como a Elbit Systems, comercializam abertamente armas como “testadas em combate”, beneficiando-se diretamente das mortes palestinas. Os Estados ocidentais armam Israel com munições letais, ao mesmo tempo em que reprimem as vozes pró-palestinas, utilizando acusações de antissemitismo para silenciar acadêmicos, políticos e jornalistas críticos.

Fraser sustenta que as crises do capitalismo contemporâneo estão profundamente entrelaçadas: a exploração de classe, a opressão de gênero, a dominação racial e imperial, o colapso ambiental e o esvaziamento da autoridade pública se reforçam mutuamente.

Em Gaza, essas dinâmicas convergem. Os palestinos são convertidos em presas fáceis; seu sofrimento e sua morte são mercantilizados com fins lucrativos; a supervisão democrática e o direito internacional são minados; e a maquinaria da guerra e o lucro seguem operando.

A questão não é mais se está havendo um genocídio em Gaza, mas como os sistemas econômicos e políticos mundiais, impulsionados por uma lógica capitalista canibal e protegidos pela cumplicidade política, seguem transformando os seres humanos em insumos prescindíveis, produtos comercializáveis e espetáculos para o consumo.

Esta é a lógica que alimenta não só a destruição contínua de Gaza, mas também a normalização dos assassinatos em massa como uma característica permanente do nosso futuro global compartilhado.

Leia mais

  •  Estudiosos acusam Israel de cometer genocídio em Gaza
  • Gaza: desumanização e genocídio. Artigo de Nathan Levi
  • A desumanização de cidadãos palestinos e israelenses como estratégia (bio)política e o uso da IA para fins bélicos. Artigo de Márcia Rosane Junges
  • "Gaza está se tornando um cemitério do direito internacional humanitário". Entrevista com Philippe Lazzarini, comissário-geral da UNRWA
  • Contra o genocídio palestino, o sumud como força inabalável de resistência. Entrevista especial com Ashjan Sadique Adi
  • Como nasceu o termo genocídio. Não havia palavras
  • "O genocídio israelense em Gaza não vai parar porque é lucrativo; há pessoas ganhando dinheiro com isso". Entrevista com Francesca Albanese
  • O debate sem fim sobre o termo genocídio e a capacidade de reconhecer o mal. Artigo de Rosario Aitala
  • Quando negar o genocídio é a norma. Artigo de Martin Shaw
  • "É genocídio, parte meu coração, mas agora preciso dizer". Entrevista com David Grossman
  • Ameaça de Netanyahu: "Estamos prontos para anexar partes da Cisjordânia"
  • A ONU alerta que o plano de Israel de ocupar toda Gaza terá consequências catastróficas
  • Great Trust: O plano de Trump para transformar Gaza em um "resort brilhante"

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