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O apocalipse pan-eslavo de Kirill a serviço de Putin. Artigo de Pasquale Annicchino

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10 Março 2022

 

"Como argumentou Olivier Roy em uma entrevista recente ao Obs: 'Putin sacrificou seu soft power, que havia lhe permitido ser um ator global nos últimos vinte anos, por uma visão puramente territorial do poder russo'. Afinal, apocalípticamente, todos vimos Matteo Salvini lidar com refugiados nas últimas horas. E alguns na Polônia se surpreenderem por isso", escreve Pasquale Annicchino, jurista, pesquisador do departamento de direito da Universidade de Foggia, foi Professor Adjunto de Direito na St. John's Law School, em Nova York, e Bolsista de Pesquisa no Robert Schuman Center for Advanced Studies na EUI, em artigo publicado por Domani, 09-03-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Das infraestruturas institucionais que faziam parte do regime comunista soviético, há duas que sobreviveram ao seu colapso: a Igreja Ortodoxa russa e os serviços secretos. A abertura dos arquivos da KGB já ofereceu ampla documentação relativa às relações e à subordinação da Igreja aos serviços secretos do Kremlin.

 

Por exemplo, o Patriarca Alexis II teria sido um informante da KGB. Durante seu funeral, o Patriarca Kirill, na época chefe interino da Igreja Ortodoxa, se afastou por alguns minutos dizendo que não estava se sentindo bem. Um membro da assessoria de imprensa do Kremlin explicou que Kirill havia desmaiado. No entanto, ele conseguiu retornar pouco depois para participar da cerimônia. Os vínculos entre a hierarquia religiosa e a KGB eram, portanto, plenamente estruturadas. De fato, havia uma subdivisão especial (o quarto departamento da quinta administração) do Conselho Soviético para Assuntos Religiosos que geria esse dossiê.

 

Na Federação Russa, também, os vínculos entre poder político e poder religioso não respondem à separação de esferas que um grande historiador do direito como Harold Berman identificou como elemento central da tradição jurídica ocidental. A separação das esferas, na reconstrução de Berman, é útil sobretudo à religião para evitar a coerção sob o jugo do poder estatal. Em 23 de fevereiro, um dia antes da agressão russa, o Patriarca Kirill proferiu um longo discurso por ocasião da festividade do Defensor da Pátria. No discurso ele advertia: "Vivemos em tempos de paz, mas também há ameaças nas nossas fronteiras": poucas horas depois o mundo nunca mais seria o mesmo. Após o ataque, o patriarca manteve um longo silêncio que é provavelmente o testemunho mais vívido de seu colapso moral. A intervenção subsequente só piorou as coisas: um convite a "ambos os lados, para cessar as hostilidades à luz dos ‘eventos atuais’”.

 

A coragem de Kirill não estava lá; se estava, ficou bem escondida. Por volta do meio-dia de 24 de fevereiro, Kirill já havia sido antecipado pelo comunicado do primaz da Igreja Ortodoxa russa na Ucrânia, fiel ao Patriarcado de Moscou. Naquela declaração, Onofrio acusa Putin de cometer o mesmo pecado de Caim: o assassinato do irmão. Onofrio assim fixa com pregos Putin (e Kirill) à suas responsabilidades morais.

 

Sergei Chapnin, que por anos dirigiu a Revista do Patriarcado de Moscou, antes de ser expulso por suas posições críticas na hierarquia, escreveu que “já está muito claro quais foram as preocupações do patriarca nos últimos anos. Cumprir as ordens ideológicas do Kremlin, cooperar com as autoridades, na máxima inobservância dos preceitos evangélicos, substituindo-os pela referência aos "Valores tradicionais”, convenientemente manipulados para cada ocasião.

 

O discurso de 6 de março, proferido na Catedral de Cristo Salvador em Moscou, não deveria, portanto, causar surpresa. Kirill ataca os “chamados valores que hoje são oferecidos por quem reivindica o poder mundial. Esses valores seriam aqueles representados pelo hedonismo individualista libertário que Kirill tem repetidamente criticado em suas intervenções e em seus escritos.

 

Especificamente, de acordo com Kirill, "os pedidos dirigidos a muitos para organizar uma parada gay são uma prova de lealdade àquele mundo tão poderoso e sabemos que se as pessoas ou países rejeitam esses pedidos, eles não entram naquele mundo, tornam-se estranhos a ele".

 

Apocalipse

 

Kirill torna-se assim apocalíptica, independentemente do debate sobre o uso da bomba nuclear, porque diz respeito à "salvação humana, para onde irá acabar a humanidade". É o resultado de uma campanha progressista que levou à substituição da ideologia soviética por um messianismo pan-eslavista em que somente a cruz da ortodoxia pode garantir a salvação a todos os povos eslavos que faziam parte do império soviético. Os argumentos teológicos são acompanhados pela redescoberta de alguns pensadores como Pitirim Sorokin, um dos autores que inspirou a virada conservadora na Rússia pós-soviética. Kristina Stoeckl, professora da Universidade de Innsbruck, em seus estudos nos últimos anos aprofundou o posicionamento e a narrativa da Igreja Ortodoxa russa sobre os direitos humanos e a ordem liberal internacional. Inclusive à luz desses estudos, a posição de Kirill não deveria, portanto, causar surpresa.

 

É uma posição que levou a Rússia a ser o ponto de referência de uma variegada constelação transnacional de movimentos políticos e culturais que exerceram influência decisiva em muitos países ocidentais (incluindo Estados Unidos e Itália). Como argumentou Olivier Roy em uma entrevista recente ao Obs: "Putin sacrificou seu soft power, que havia lhe permitido ser um ator global nos últimos vinte anos, por uma visão puramente territorial do poder russo". Afinal, apocalípticamente, todos vimos Matteo Salvini lidar com refugiados nas últimas horas. E alguns na Polônia se surpreenderem por isso.

 

Leia mais

 

  • Kirill, o fidelíssimo ao Kremlin que virou as costas ao Papa
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