24 Setembro 2018
O secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, avalia o histórico acordo entre a Santa Sé e o governo chinês.
O texto é publicado por Religión Digital, 22-09-2018. A tradução é de André Langer.
A assinatura de um Acordo Provisório entre a Santa Sé e a República Popular da China sobre a nomeação de bispos é um acontecimento de grande importância especialmente para a vida da Igreja católica na China, para o diálogo entre a Santa Sé e as Autoridades Civis daquele País, mas também para a consolidação da paz, do entendimento entre os povos, neste momento de grandes e fortes tensões internacionais.
E o objetivo da Santa Sé é pastoral, isto é, ajudar as igrejas locais a gozar de condições de maior liberdade, maior autonomia, possibilidade de uma melhor organização e, assim, dedicar-se à missão de anunciar o Evangelho e contribuir para o desenvolvimento integral da sociedade e da pessoa.
Hoje, pela primeira vez, todos os bispos da China estão em comunhão com o Santo Padre, o Papa, com o Sucessor de Pedro. E o Papa Francisco, como seus antecessores imediatos, olha com particular atenção e com especial cuidado para o povo chinês.
Precisamos de unidade, de confiança e de um novo impulso, assim como também precisamos de bons bispos que sejam reconhecidos pelo Papa, Sucessor de Pedro, e pelas Autoridades Civis legítimas de seu País. E o acordo surge precisamente neste horizonte: é um instrumento que esperamos possa ajudar neste processo, com a colaboração de todos.
E o Santo Padre se dirige a toda a comunidade católica na China, aos bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas e fiéis, para que realizem gestos concretos de reconciliação entre os irmãos, superando as incompreensões do passado e as tensões, sobretudo as tensões e as incompreensões mais recentes.
Dessa forma, poderão anunciar e testemunhar o Evangelho, que é o papel principal da Igreja, e, ao mesmo tempo, contribuir para a construção de uma sociedade justa e harmoniosa, manifestar o genuíno amor da pátria e também ajudar para que se possa construir um futuro de paz e de concórdia entre todos os povos.
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Parolin: “Hoje, pela primeira vez, todos os bispos chineses estão em comunhão com o Papa” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU