Proibição de mulheres ordenadas ao sacerdócio leva a uma falsa imagem de Deus, afirma teóloga

Foto: Arnaud Mooij | Canva

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24 Junho 2025

A teóloga Vera Fath, de Freiburg, quer se posicionar contra a discriminação de gênero com sua candidatura para se tornar padre católico. "A Igreja Católica exclui grande parte da humanidade de cargos importantes; isso contradiz os direitos humanos", disse Fath à rádio Deutschlandfunk na segunda-feira. Juntamente com outros oito estudantes, ela se candidatou ao seminário de Freiburg há alguns dias.

A informação é publicada por Katholisch, 23-06-2025.

Na opinião de Fath, o fato de apenas homens serem ordenados padres na Igreja Católica leva, em última análise, a uma visão unilateral de Deus. Indo mais além, ela criticou que isso significa que Jesus morreu na cruz como homem e, portanto, redimiu apenas homens.

A estudante de teologia expressou sua expectativa de que o Papa Leão XIV tome mais medidas em prol da igualdade de direitos para as mulheres na Igreja Católica. "Talvez ele promova a Igreja nessa área, algo que seu antecessor, Francisco, ainda não ousou fazer. Espero que Leão defenda uma Igreja mais justa".

Solidariedade na internet

Os católicos reformistas lutam contra a proibição da ordenação de mulheres há décadas, e não apenas na Alemanha. No entanto, o direito canônico afirma claramente que somente homens, como sucessores dos discípulos masculinos de Jesus, podem se tornar padres. Os opositores da liberalização também apontam que grande parte da Igreja Católica em todo o mundo não quer nenhuma mudança.

As jovens teólogas de Freiburg não se deixam deter por isso. Sob o lema "Meu Deus não discrimina minha igreja sim", eles são ativos no Instagram. Lá, por exemplo, documentam trechos de suas cartas de candidatura. Recentemente, encontraram-se com o diretor do seminário de Freiburg, o bispo auxiliar Dom Christian Würtz, para uma longa conversa.

As candidatas ao sacerdócio receberam grande apoio online. A Faculdade Teológica Católica da Universidade de Freiburg também as apoia, afirmando que não há razões científicas convincentes contra a ordenação de mulheres sacerdotisas.

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