• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Pacote Haddad: a injustiça está a nu. Artigo de João Carlos Loebens

Mais Lidos

  • Prevost, o Papa 'peruano': missionário e político

    LER MAIS
  • Leão XIV: o grande desafio, a desocidentalização e a despatriarcalização da Igreja. Artigo de Leonardo Boff

    LER MAIS
  • “Para a Igreja, a nova questão social é a inteligência artificial”, segundo Leão XIV

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

13 Dezembro 2024

Ao elevar os juros em um ponto, ontem, Banco Central deu aos rentistas, numa só tocada, todos os R$ 50 bilhões que o governo “economizará” tirando dos mais pobres. Um exame do orçamento, e de seus números, expõe a infâmia em seus detalhes.

O artigo é de João Carlos Loebens, professor, auditor fiscal do estado do Rio Grande do Sul e integrante do Instituto Justiça Fiscal, publicado por Outras Palavras, 12-12-2024. 

Eis o artigo. 

Os R$ 50 bilhões de corte de gastos públicos, em vez de serem cortados das despesas primárias que afetam milhões de pessoas de renda menor, poderiam ser cortados do R$ 1,7 trilhão apropriado anualmente pela parcela da sociedade de renda elevada, o próprio mercado.

O mercado está pressionando o governo por corte de gastos. Afinal, quais gastos devem ser cortados? Podemos agrupar os gastos públicos em três grandes grupos: gastos primários, gastos tributários e gastos com juros. Quais desses gastos devem ser cortados?

Os gastos primários referem-se à Saúde (SUS), Educação (universidades, escolas), Previdência, Benefícios Sociais (Seguro-desemprego), construção e manutenção de estradas, dentre outros, representando os serviços públicos mais usados e necessários para a população de menor renda.

Os gastos tributários referem-se aos recursos públicos, na forma de impostos, que o governo autoriza a ficarem com os empresários. Na prática, os empresários cobram os impostos dos consumidores e repassam ao governo. Nos gastos tributários, também denominados Renúncias, Incentivos ou Benefícios Fiscais, o governo autoriza os empresários a se apropriarem de parte ou do total de impostos pagos pelos consumidores. Dessa forma, esses gastos públicos também poderiam ser denominados Bolsa Empresário, e representam um serviço público mais usado por parcela da população com renda elevada.

Os gastos com juros são os valores pagos pelo governo a título de juros da Dívida Pública, valores que o governo toma emprestado do mercado, das pessoas que têm dinheiro sobrando para emprestar ou aplicar em títulos da Dívida. Os pagamentos de juros concentram-se em parcela da população com renda muito elevada. Essa parcela de pessoas com rendas elevadas são, na prática, o tal mercado.

Qual desses gastos deve ser cortado? Ou a pressão do mercado é por corte nos três tipos de gastos?

Embora tenhamos o novo arcabouço fiscal, a pressão pelo corte de gastos se origina na Emenda Constitucional 95/2016, denominada de Teto de Gastos, que na verdade resulta em Corte de Gastos. Por que a EC não foi denominada “Corte de Gastos”? Teto é um nome mais “aceitável” que Corte, mas o nome Teto acabou por esconder o Corte naquele momento. Nesse sentido, em vez de denominar a EC pelo nome de Teto de Gastos, o mais indicado seria denominá-la de Corte de Gastos, como está ocorrendo agora.

Na EC do Teto de Gastos, que na verdade é Corte de Gastos, quais dos três grupos de gastos citados acima (gastos primários, gastos tributários e gastos de juros) foram incluídos no Teto/Corte?

O normal é ninguém se fazer essa pergunta, porque parece ser uma pergunta absurda, descabida. É óbvio que (todos) os gastos estão no Teto/Corte! Deveria ser óbvio, mas não é. Somente os gastos primários foram incluídos no Teto/Corte, justamente os gastos públicos mais utilizados e necessários para população de baixa renda.

Os detentores de rendas elevadas mantiveram os gastos tributários (Bolsa Empresário) e gastos com juros intocados. E quanto representam esses gastos públicos por ano com essa parcela da população com renda elevada?

Valor dos Gastos Tributários: em função da pressão do mercado pelo corte de gastos (gastos primários, óbvio), em sentido contrário ao programa de governo apresentado antes das eleições, o Ministério da Fazenda divulgou, pela primeira vez, o valor do Bolsa Empresário previsto para 2024: R$ 546 bilhões (gastos tributários, Renúncias, Incentivos ou Benefícios Fiscais). Escolho o termo Bolsa Empresário em conformidade ao termo Bolsa Família. Outra alternativa seria alterar o nome do Bolsa Família para Benefício Família, em conformidade ao termo Benefício Fiscal.

Já os gastos com juros em 2023 foram de R$ 614 bilhões, valor superior aos gastos em Saúde, Educação e Assistência Social somados.

Dessa forma, somando os gastos do governo com o Bolsa Empresário (R$ 546 bi) mais os gastos com juros (R$ 614 bi), chegamos a R$ 1,1 trilhão por ano.

A expectativa do mercado é de um corte de gastos em torno de R$ 50 bilhões. Se o corte de gastos exigido pelo mercado não fosse aplicado às despesas primárias e fosse aplicado ao Bolsa Empresário e aos gastos com juros, parece que seria mais fácil atingir o objetivo.

Além do Bolsa Empresário e do pagamento de juros, caberia levar em consideração o valor do desvio privado de recursos públicos (sonegação). Considerando que o consumidor paga o imposto no ato da compra, no caixa da empresa há recursos públicos (impostos). Se esse imposto existente no caixa da empresa não é recolhido ao Estado, constitui um desvio de recursos públicos, denominado de sonegação (maiores detalhes no artigo “Corrupção pública versus corrupção privada”).

O sonegômetro estima o valor do desvio privado de impostos em aproximadamente R$ 600 bilhões por ano, desvios que também se concentram em parcela da sociedade com renda elevada, em benefício próprio obviamente.

Resumindo: Bolsa Empresário (Renúncia fiscal) no valor de R$ 546 bilhões; juros da dívida no valor de R$ 614 bilhões e sonegação (desvio privado de recursos públicos) no valor de R$ 600 bilhões, totalizando aproximadamente R$ 1 trilhão e 700 bilhões por ano de recursos públicos. Esse enorme valor é apropriado por uma pequena parcela de pessoas com renda elevada, normalmente denominada elite econômica, e que na prática é o tal mercado. Como dinheiro é poder, também podem ser denominados pelo termo oligarcas.

Com esse nível de concentração de renda, fica difícil, para não dizer impossível, o Brasil crescer.

A ciranda é essa: no Bolsa Empresário se apropriam de R$ 546 bi, e no desvio privado de recursos públicos (sonegação) se apropriam de outros R$ 600 bi. Emprestam parte ao governo (que renunciou a essa receita), e se apropriam de mais R$ 614 bi na forma de juros pagos pelo ente público, com impostos pagos pelos demais. Ciranda fácil e prejudicial ao país.

Os R$ 50 bilhões de corte de gastos públicos, em vez de serem cortados das despesas primárias que afetam milhões de pessoas de renda menor, poderiam ser cortados dos R$ 1.700 bilhões de reais (R$ 1,7 trilhão) que são apropriados anualmente pela parcela da sociedade de renda elevada, o próprio mercado.

Leia mais

  • Arcabouço Fiscal é um ataque direto à classe trabalhadora e um marco negativo na trajetória de Lula. Entrevista especial com Maria Lucia Fattorelli
  • “A manutenção do teto de gastos pelo projeto do 'arcabouço fiscal' vem no sentido contrário ao que a sociedade brasileira precisa”. Entrevista especial com Maria Lúcia Fattorelli
  • Novo Arcabouço Fiscal deixa o orçamento público refém dos parasitas do mercado financeiro. Entrevista especial com Evilásio Silva Salvador
  • A financeirização dos serviços públicos no Brasil está atrelada à lógica de acumulação cada vez mais agressiva do capitalismo em crise – Parte I. Entrevista especial com David Deccache
  • A austeridade fiscal e a gestão do neoliberalismo pela esquerda é o projeto das classes dominantes que entraram em guerra. Parte II. Entrevista especial com David Deccache
  • Saúde e educação são ameaçadas por novo arcabouço fiscal. Entrevista especial com David Deccache
  • Mais ricos terão de pagar apenas 2,7% de IR a mais sobre a renda
  • Haddad anuncia isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil
  • Pacote de cortes: Se o mercado financeiro não gostou, se o Congresso criticou, se o dólar subiu e se o Camarotti está preocupado com “quem vai pagar a conta”, ele não deve ser tão ruim. X-Tuitadas
  • Orçamento: Quem precisa de teto é o rentismo. Artigo de Paulo Kliass
  • “Os super-ricos pagam uma taxa média de imposto entre zero e 0,5%”. Entrevista com Jayati Ghosh
  • Cortes no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e limitação do salário mínimo: um retrocesso na inclusão social
  • A premissa do sistema tributário é cobrar impostos dos trabalhadores. Entrevista especial com Evilásio Salvador
  • Taxa de juros, autonomia do Banco Central e novo arcabouço fiscal: as relações ocultas entre mídia e instituições financeiras no cenário político nacional. Entrevista especial com Carlos Tautz
  • Centrais pedem correção imediata da tabela do Imposto de Renda, por ‘justiça fiscal e social’
  • Qual a relação entre o corte de gastos, emendas parlamentares e investimentos públicos
  • “A lógica da política de austeridade não se sustenta”. Entrevista com Clara Mattei
  • Novo marco fiscal: “Precisaria de medidas mais ousadas, mas isso está bloqueado”. Entrevista especial com Luiz Gonzaga Belluzzo
  • Juros da dívida: a verdadeira gastança. Artigo de Paulo Kliass
  • A historicização dos Direitos Humanos: os mártires da UCA e a resistência de Chico Mendes. Artigo de Gabriel Vilardi 

Notícias relacionadas

  • Mantener el estado de bienestar social. ¿Cuáles serían las posibilidades futuras? Entrevista con Fernando de Aquino Fonseca Neto

    LER MAIS
  • 'Dívida Pública'. O veículo para o roubo de recursos públicos. Entrevista especial com Maria Lucia Fattorelli

    LER MAIS
  • A igreja do diabo

    LER MAIS
  • Projeto do Senado se inspira na Grécia e pode levar o país à bancarrota

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados