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19 Dezembro 2022

Os milhões de desarmados são a única barreira contra os milhares de armados, escreve Jean Marc von der Weid, ex-presidente da UNE (1969-1971), fundador da organização não governamental Agricultura Familiar e Agroecologia (ASPTA) em artigo publicado por A Terra é Redonda, 18-02-2022.

Eis o artigo.

A manifestação terrorista em Brasília aponta para um acirramento da tática golpista. Já são 47 dias desde o fechamento das urnas no segundo turno e não se passou um dia sem que atentados antidemocráticos ocorressem, em maior ou menor escala. Primeiro foram os mais de mil bloqueios totais ou parciais nas estradas. Os democratas ficaram assistindo, reclamando nas redes sociais e torcendo pela ação do super-herói Alexandre de Morais.

Esta primeira onda passou em dez dias, sem que ninguém fosse preso. As polícias estaduais olharam para o lado, a PRF disse que não tinha dinheiro para a gasolina de seus carros e Xandão roncou forte, ameaçando os bolsominions. Só as torcidas do Corinthians e do Atlético Mineiro tiveram a coragem de dispersar os bloqueios. A marca da impunidade deu o tom para a sequência de atos.

Concentrações de manifestantes na porta de quartéis em quase todas as capitais de estados (com exceção da pequena Macapá) e em várias outras cidades tornaram-se acampamentos permanentes. Os democratas reagiram nas redes sociais, divulgando a loucura dos bolsominions e gozando as aberrações, tais como o hino nacional cantado em homenagem a um pneu, os magotes de devotos rezando a Deus de joelhos na chuva e pedindo a salvação da ameaça comunista, outros ensandecidos batendo com as mãos e com a cabeça nas paredes dos quartéis, gritando para os soldados salvarem a família brasileira. Rimos muito e ficamos assistindo ao delírio, acreditando que se tratava apenas de um mimimi, um choro de perdedor.

Os manifestantes se reduziam nos dias de semana, mas eram milhares nos sábados e domingos. Os militares esqueceram do perímetro de segurança no entorno dos quartéis e, primeiro discretamente e depois abertamente, passaram a apoiar os atos, com direito a discursos e ameaças a quem quisesse interferir no “direito do povo”, ameaças diretas ao judiciário, inclusive. Bolsominions, encorajados pela inércia da reação institucional, passaram a agredir quem usava camisa vermelha ou quem fazia alguma gozação com os malucos. As agressões morais a membros do Supremo Tribunal Federal, inclusive diretamente em restaurantes ou outros locais públicos, foram se sucedendo.

Os grandes jornais e TVs passaram a ignorar os atos, pensando que sem repercussão eles minguariam naturalmente. Não deu certo. Os comandantes das FFAA deram declarações, defendendo as manifestações, o vice-presidente e agora senador, general Hamilton Mourão, fez o mesmo. As redes sociais dos bolsominions passaram a denunciar quatro generais do alto comando do exército, que eles identificaram como o pólo de resistência militar ao golpe. Xandão apertou as investigações dos instigadores e financiadores dos golpistas, mas os atos continuaram sem descanso.

E os democratas? Lula mandou enviados para negociar com a generalada. Ato contínuo, recebeu a indicação de um nome “de confiança” para Ministro da Defesa, José Múcio. Lula aceitou o nome como se fosse escolha dele. Negociados também foram os nomes dos próximos comandantes das FFAA e Lula se beneficiou de uma regra não escrita entre os militares, apontando os mais “antigos”. Deu sorte, pois o do Exército era um dos acusados de ser “melancia” (vermelho por dentro). Deputados e senadores democratas denunciaram o golpismo no Congresso e entraram com pedidos de investigações no STF. A revista Fórum denunciou o general Heleno e a Secretaria de Segurança Institucional de serem os articuladores dos movimentos. E nada aconteceu.

No dia da investidura de Lula, Xandão fez um discurso duríssimo, ameaçando os golpistas com a “força da lei”, enquanto os baderneiros marchavam do seu quartel general, às portas do quartel general do exército, até as proximidades do TSE. Ignorando as ameaças togadas, os golpistas incendiaram ônibus e carros, tentaram lançar um ônibus do alto do viaduto, queimaram uma delegacia e tentaram invadir a sede da Polícia Federal. Tudo isso com a polícia do Distrito Federal mandando uma ou outra bomba de gás e contendo o grupo à distância, “para não acirrar os ânimos”, segundo declarou o comandante. Ninguém foi preso a não ser um índio renegado, mistura de pastor e traficante.

O ato de Brasília mostrou abertamente que Xandão não tem poder para executar suas ameaças. O Judiciário não tem poder de polícia, não tem tropa armada para executar seus mandatos. Sem a polícia e, em nível mais alto de enfrentamentos, sem as FFAA, a “força de lei” é … zero. Pode-se dizer que o persistente Xandão não se intimidou e deu o troco um dia depois, mandando a Polícia Federal prender uma centena de golpistas em sete estados. A PF cumpriu, republicanamente, a sua função. É um caso raro no momento presente e da maior importância. Mostra que a instituição, enxovalhada e manipulada por Jair Bolsonaro ao longo do seu governo, não caiu no golpismo, pelo menos não totalmente.

Há quem avalie que as prisões não incluíram suspeitos de estados como o Rio de Janeiro, por não haver segurança sobre o comportamento dos delegados da PF ali lotados. De qualquer forma, a pronta ação ordenada pelo STF após a mini-insurreição de Brasília pode ter um efeito intimidador. Parece que os democratas estão na torcida para que isso seja verdade e, se der certo e o ímpeto golpista for quebrado, teremos que erigir uma estátua para o Xandão e dar o seu nome a avenidas em todas as cidades, pois ele será, sem dúvida, o salvador, senão da pátria, da República.

A ameaça golpista está sendo minimizada pelo comportamento pusilânime do personagem central do movimento, Jair Bolsonaro. O presidente calou-se e sumiu, deixando seus seguidores, literalmente, no sol e na chuva. Os bolsominions sentiram o baque e a movimentação do gado nas redes sociais caiu vertiginosamente. Mas nada disso teve efeito sobre a ala radicalizada, atuando nestas semanas de combates. De certa forma, este setor antecipou a queda da liderança de Jair Bolsonaro, trocando a reivindicação de anulação da votação por uma direta intervenção militar, com os clássicos fechamentos do Congresso, do STF, outros.

A inércia do energúmeno deixou o golpismo sem uma liderança nacional, embora exista um poder articulador, provavelmente o próprio general Augusto Heleno e o gabinete do ódio. Mas Augusto Heleno não é liderança, nem entre os militares da ativa nem entre a massa de bolsominions órfãos do seu mito inerte. O generaleco do Gabinete de Segurança Institucional (que ironia!) aparentemente baixou a bola e mandou uma mensagem para Lula com exigências (!!!). Falando em nome das FFAA Augusto Heleno ameaçou Lula com a continuidade da oposição militar. Não importam as suas exigências, as mesmas apresentadas a Lula pelos altos mandos em negociações com enviados do presidente. Augusto Heleno não tem mandato de ninguém para fazer o que fez e seu gesto indica que a articulação golpista nas portas dos quartéis está se isolando.

Sem uma liderança centralizadora, o golpe fica dependendo de fatores aleatórios. Se o alto comando do exército estivesse favorável ao golpe, Jair Bolsonaro estaria já selando as portas do STF e do STE, ou mandaria “um cabo e um soldado” para fazê-lo, como ameaçou seu filho zero qualquer coisa antes mesmo da posse do seu papai. Com ou sem convicções democráticas, o Alto Comando do exército recusou-se a dar o golpe. No entanto, há uma estranha situação desde as eleições. Com Jair Bolsonaro fora do jogo, e o Ministro da Defesa e os três comandantes das FFAA namorando o golpismo, quem teria o poder de mandar os quartéis cumprirem os regulamentos de segurança e dispersarem os acampamentos e manifestantes para fora do perímetro legal?

Na hierarquia militar o nível de comando seguinte é o dos generais à frente das regiões militares. Mas para que não surja uma fratura no Exército, eles teriam que atuar em conjunto em todo o país, em um acordo entre todos os comandantes de regiões. Decisões deste tipo envolvem reuniões dos 16 generais do Alto Comando, coordenados pelo chefe do Estado Maior ou pelo próprio comandante em chefe do exército. Isto é de todo improvável e esta paralisia vai dando força à indisciplina dos coronéis à frente dos quartéis. E fica a pergunta chave: será que esta ordem seria obedecida?

Não é uma questão apenas hipotética. Se esta bagunça persistir até a posse de Lula teremos um frenesi de manifestações, cujo alcance não podemos avaliar, no dia 1º. de janeiro. E será que os manifestantes vão arrefecer depois da posse? Supondo que tudo acabe dentro “das quatro linhas” e que os bolsominions refluam derrotados pela realidade da “subida da rampa”, será que eles vão persistir nos acampamentos e apelos aos soldados? Lula já disse que vai ordenar a limpeza dos arredores dos quartéis assim que tomar posse. Será obedecido?

O que me preocupa neste quadro é a nossa passividade. Rimos e choramos, nos indignamos e nos espantamos, batemos palmas para o super-Xandão, mas não estamos agindo politicamente para apoiar o presidente Lula, tanto para assegurar a sua posse como para barrar futuros arroubos golpistas.

A única força ao alcance de Lula é a do povo que o apoiou nas eleições, em particular a vanguarda organizada que fez campanha por ele. Está na hora de pensar politicamente e agir. A posse de Lula é o momento chave, não só do enfrentamento imediato com os golpistas (que parecem estar se esvaziando e se isolando), mas da inibição de futuras tentativas. Temos que mobilizar o máximo de manifestantes em todo o país e a melhor maneira de fazer isso é convocar o povo para assistir a posse em telões nas praças de todas as cidades e aldeias.

Isto pode ser o mote para convocar todos os democratas para defender a liberdade e as instituições da república. Não pode ser um ato do PT, mas um ato de defesa da democracia, como foram os do 11 de agosto. O tempo é muito curto, mas ainda não é tarde demais. A iniciativa deve partir do próprio Lula ou da frente democrática que o elegeu. Um chamado firme e bem difundido na mídia convencional e nas redes sociais terá um efeito imediato e os militantes em cada local se moverão para marcar locais, alugar telões e divulgar os atos. Os milhões de desarmados são a única barreira contra os milhares de armados.

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