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A guerra da Rússia, o Papa e a difícil relação dos ucranianos com as políticas do Vaticano

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11 Agosto 2022

 

"Quer o Papa Francisco visite ou não Kiev, os ucranianos esperam uma declaração clara: que eles têm o direito de defender seu país, que a Rússia é culpada e que o fornecimento de armas para a Ucrânia não é ruim, pois depende da vida de cada ucraniano depende disso", escreve Iryna Matviyishyn, jornalista ucraniana que trabalhou com NPR e Ukraine World, ela trata de direitos humanos e democratização para o Global Campus of Human Rights, em artigo publicado por Corriere delle Alpi, 10-08-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Francisco pediu repetidamente a paz na Ucrânia, mas suas declarações despertaram mal-entendidos em grande parte da população. Assim, a Igreja Greco-Católica de Kiev tornou-se "uma comunidade de resistência". Viagem ao mundo religioso católico de Kiev abalado pela agressão da Rússia.

 

Durante sua visita ao Canadá, o Papa Francisco reafirmou seu desejo de visitar a Ucrânia depois de ter procurado por meses “o momento certo" para fazê-lo. Se isso acontecerá ou não depende do que o Papa entende por circunstâncias certas, afirma o filósofo e historiador da Igreja Anatoliy Babynskiy.

 

Aqueles meses de guerra genocida russa, apoiados pelo Patriarca russo Kirill, eram o momento certo para os ucranianos que imploravam por apoio. No entanto, por trás das contínuas palavras de compaixão e apelos para a paz, os ucranianos não viram aquela que teria sido uma reação justa: uma condenação da guerra da Rússia contra a Ucrânia, chamando em causa quem é o agressor. A viagem do Papa ao Canadá, que tem a segunda maior diáspora ucraniana do mundo, lembrou mais uma vez que os ucranianos e seus descendentes ainda esperam que Roma "assuma uma posição mais clara e inequívoca de apoio à Ucrânia".

 

Pedindo ingenuamente de iniciar um diálogo com Moscou (o que não funcionou), o Papa aumentou a indignação dos ucranianos com suas mensagens que evitavam nomear a Rússia como invasora e davam espaço a algumas narrativas do Kremlin (como culpar a OTAN por "latir à porta da Rússia", ou chamar a invasão russa de "o drama de Caim e Abel", referindo-se ao mito imperial de Moscou das "nações fraternas"). No final, apesar das sinceras motivações do Pontífice, suas tentativas de mediação não funcionaram. Já em junho, segundo informações do historiador da Igreja Anatoliy Babynskiy, parecia mais claro que Francisco "entende que Putin não se sentará à mesa de negociações, mas lutará até o último russo".

 

Uma das razões pelas quais Francisco erra o alvo na reação à Ucrânia está em sua incompreensão da natureza desta guerra, explicou o Dr. Babynskiy, mas também da situação na Europa. “Para o Pontífice, como pessoa vinda da América Latina, tudo isso está demasiado distante”, acrescenta. Outro aspecto, diz o especialista, é que o Vaticano adere ao princípio da neutralidade positiva, ou imparcialidade, não tomando partido em nenhum conflito, e "isso causa muitas discussões".

 

Uma tentativa precipitada de reconciliar ucranianos com russos na Via Sacra, enquanto o exército russo estava cometendo todos os terríveis crimes de guerra da época, causou um escândalo internacional e minou a confiança dos ucranianos no Vaticano. O chefe da Igreja Greco-Católica Ucraniana, Sviatoslav Shevchuk, classificou os esforços de reconciliação do Papa como "prematuros" e até "ofensivos", já que a justiça não foi restabelecida. Ele disse que os irmãos romanos compartilham seus pensamentos. Mas as respostas raivosas dos ucranianos podem ser encontradas em quase todos os tuites do pontífice sobre a guerra.

 

“Eu não diria que o Vaticano não apoia a Ucrânia. Mas as abordagens do Vaticano nem sempre são lidas corretamente aqui na Ucrânia”, explica Babynskiy. “Se não se conhece o contexto histórico, é muito ofensivo para os ucranianos. Se nós somos a vítima, então quem é o agressor?”, acrescenta.

 

A questão torna-se ainda mais complexa se olharmos para o aspecto político das relações da Rússia com a Itália e, em particular, com o Vaticano. Durante décadas, ou mesmo séculos, Moscou trabalhou sistematicamente para estabelecer boas relações com a Capital Apostólica "porque entendeu que é um ator sério no campo internacional, não apenas no âmbito eclesiástico, mas também no cultural, político e assim por diante", explica o historiador da Igreja Babynskiy. “Muitas pessoas olham para esta parte do mundo como algo em que a Rússia domina, como se tivesse o direito natural de dominar. É muito difícil quebrar esses estereótipos, muitos representantes da Cúria Romana pensam que a Ucrânia e a Rússia sejam povos irmãos”, acrescenta Babynskiy, e, portanto, a guerra parece um conflito familiar em que só é preciso falar e encontrar um compromisso em algum lugar no meio”. O velho "encanto de Moscou" na Itália ainda persiste hoje.

 

O padre Andriy Shestak, sacerdote da Igreja greco-católica ucraniana, viu pessoalmente a influência do "mundo russo" na Itália. Em 2016-2018 estudou em Roma, onde a Igreja Ortodoxa Russa investiu em instituições educacionais e religiosas, como o Collegium Russicum, um colégio católico “dedicado ao estudo da cultura e espiritualidade da Rússia” financiado por Roma. Todos os anos, acrescenta, recebem 10 sacerdotes da Igreja Ortodoxa Russa para estudar em universidades pontifícias. "Roma sempre tenta construir relações calorosas com a Igreja Ortodoxa Russa, mas no final parece uma rua de mão única".

 

Quando conversamos no final de maio, o padre Andriy Shestak (UGCC), como muitos outros, não ficou surpreso com as declarações do Papa. Vestido com uma vyshyvanka verde, a tradicional camisa bordada ucraniana, o padre Andriy nos recebeu no pátio da universidade católica ucraniana em Lviv, onde dirige a escola de jornalismo e comunicação da UCU. Ele nos disse que a Igreja Católica poderia fazer mais pela Ucrânia, mas não tinha ilusões.

 

Independentemente da posição do Vaticano, a comunidade greco-católica ucraniana assumiu novamente o papel histórico de ajudar a Ucrânia a resistir e sobreviver à nova invasão russa. Com seus alunos e sua paróquia, o padre Andriy Shestak se empenhou ativamente em ajudar os defensores e os deslocados ucranianos, milhões dos quais se estabeleceram no oeste do país. A universidade arrecadou mais de US$ 3 milhões em ajudas humanitárias. Para eles é tudo pessoal, e não há tempo e lugar para a imparcialidade a que se atém o Papa. 36 funcionários e estudantes da UCU defenderam a Ucrânia da invasão russa, e a universidade já perdeu alguns de seus estudantes e funcionários por causa da guerra. A devastadora guerra russa também mudou os papéis de Andriy Shestak, sacerdote e professor, acrescentando aquele de apoio emocional aos alunos, 20% dos quais vêm das áreas mais afetadas pela guerra. Às vezes, por horas, ele falou com eles sobre suas famílias, sobre segurança e uma série de sentimentos negativos causados pela crueldade russa.

 

A posição ativa da UGCC na sociedade foi fundamental para a população ucraniana nos tempos terríveis do Império Russo ou, posteriormente, sob opressão soviética. Devido a essa história particular, a Igreja integrou os conceitos de liberdade, independência e preservação da identidade ucraniana. “Está em nosso espírito estar com a comunidade, ser uma igreja partidária e clandestina que luta pela liberdade”. Padre Andriy observou que, em muitos aspectos, esses sentimentos não foram compreendidos pela Igreja de Roma. Mesmo o Vaticano tem um traço negativo nessa história da UGCC do período soviético, lembra o historiador da Igreja Babynskiy, pois não levantou a questão da UGCC clandestina para manter determinadas relações com Moscou.

 

Hoje essa história continua também graças à propaganda russa na Itália. O padre Andriy, que ministra aulas de comunicação, sabe bem como a guerra da informação em Moscou permeou a mídia italiana. Desde que a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia, ele falou dezenas de vezes com diversos meios de comunicação italianos, tentando explicar a situação ao país que, até hoje, foi intoxicado pela propaganda do Kremlin por parte dos fiéis servidores do Estado de Putin (convidados para talk shows e reportagens em alguns canais de televisão públicos e comerciais). Como diz o padre Andriy Shestak, "o Kremlin conhece seu público". Não está claro quais informações o Vaticano recebe, mas se o país está intoxicado pela propaganda de estado russa, seus círculos não estão imunes. Enquanto a guerra genocida russa ceifa centenas de vidas ucranianas todos os dias, o padre Andriy Shestak espera que os italianos, incluindo o Vaticano, "separem os fatos da propaganda e se coloquem do lado da dignidade humana".

 

O embaixador ucraniano junto à Santa Sé, Andriy Yurash, disse à RFE/RL que “a capital apostólica passou por uma grande evolução em termos de compreensão da realidade dessa guerra e de resposta a ela”. Embora seja improvável que a abordagem de neutralidade positiva do Vaticano mude, disse Babynskiy em junho, a retórica de fato se acirrou. Ele acredita que o Papa também desempenhou seu papel nas negociações sobre os corredores humanitários e sobre a evacuação de Mariupol. Mas para corrigir as deficiências da Igreja aos olhos da Ucrânia, os apelos pela paz não são suficientes.

 

Quer o Papa Francisco visite ou não Kiev, os ucranianos esperam uma declaração clara: que eles têm o direito de defender seu país, que a Rússia é culpada e que o fornecimento de armas para a Ucrânia não é ruim, pois depende da vida de cada ucraniano depende disso. Os ucranianos estão lutando por sua própria existência, mas "para pessoas com mentalidade pós-Segunda Guerra Mundial, é difícil acreditar que exista outra guerra em grande escala na Europa", explica Babynskiy. “Acreditam que a paz deve ser preservada a todo o custo, à mesa das negociações. Para a Ucrânia esta paz poderia significar o desaparecimento”.

 

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