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16 Mai 2019

"Documentário da Netflix acompanha a trajetória de Alejandra Ocasio e outras três mulheres rebeldes, que estão sacudindo Washington. Com mobilização social e financiamento coletivo, elas enfrentam o machismo e propõem medidas radicais contra a desigualdade", escreve Inês Castilho, jornalista, em artigo publicado por Outras Palavras, 14-05-2019.

Eis o artigo.

Alexandria Ocasio-Cortez, a mulher mais jovem a ser eleita para o Congresso dos EUA. (Foto: Divulgação)

Em 2018, um número recorde de mulheres, pessoas não-brancas e outsiders concorreu ao Congresso norte-americano. Democratas há muito estabelecidos foram desafiados por novos democratas que disputavam pela primeira vez a nomeação nas eleições primárias.

O documentário Virando a mesa do poder (Knock Down the House), da realizadora Rachel Lears, acompanha a trajetória de Alexandria Ocasio-Cortez e de três outras mulheres das classes trabalhadoras – Amy Vilela, Cori Bush e Paula Jean Swearenging – em suas primeiras disputas contra poderosas máquinas políticas de velhos caciques democratas nas eleições primárias de diversos territórios norte-americanos.

Favorito no festival de Sundance 2019, o filme pode agora ser visto na Netflix. Uma hora e meia em que mantive o coração nas mãos e a crescente certeza de que alguma coisa muito importante está acontecendo. A linha condutora do documentário é a campanha de Alexandria, cuja vitória com 82% dos votos a transformou numa estrela em ascensão na política norte-americana e na mais jovem mulher a eleger-se para o Congresso. Progressista do partido Democrata, 29 anos, Alexandria – ou Sandy, como é chamada pela família – é filha de mãe faxineira, ativista e líder comunitária.

“Sou candidata e represento o Bronx, sou da terceira geração do Bronx. Sou latina, sou boricua [nascida na ilha caribenha de Porto Rico, que tem status político de estado norte-americano], descendente dos índios Taino e de escravos africanos. Tenho orgulho de ser americana!”, apresenta-se.

Concorreu com Joe Crowley, no cargo desde 1999, líder da bancada democrata na Câmara e quarto democrata mais poderoso do Congresso, que arrecada a cada campanha três milhões de dólares de empresas de Wall Street, imobiliárias e farmacêuticas. E que sequer morava nos bairros periféricos de Nova York onde vivem comunidades latinas e afrodescendentes, que dizia representar. Já a campanha de Alexandria foi feita exclusivamente com doações individuais. Sua candidatura vai muito além de democrata contra republicano ou esquerda contra direita, diz ela. “É sobre os de cima e os de baixo.”

Mulheres na política

Quando a tragédia atingiu sua família em meio à crise financeira, Alexandria Ocasio-Cortez, nascida no Bronx, Nova York, teve de trabalhar como garçonete em dois turnos diários para salvar a casa da família da execução hipotecária. Amy Vilela, de Nevada, sem saber o que fazer com sua raiva ao perder uma filha por falta de assistência médica, decidiu candidatar-se a deputada defendendo “Medicare para todos”; ela relata o conselho que recebeu de um estrategista do partido: “Não mostre suas emoções, isso faz as mulheres parecerem frágeis; seja mais malandra, diga aos eleitores que está nas mãos deles, que ‘sua coleira é deles’”. Cori Bush, enfermeira, resolveu candidatar-se depois que o assassinato de Mike Brown, um jovem negro desarmado do distrito de Ferguson, Missouri, levou protestos e tanques de guerra para seu bairro, onde vive uma das populações de afrodescendentes mais pobres do país e há o maior número de homicídios por habitante. Paula Jean Swearenging, filha e neta de mineiros, farta de ver as pessoas morrendo pelos efeitos ambientais da indústria do carvão do estado de West Virginia, “um dos mais pobres e adoecidos do país”, resolveu concorrer ao Senado. Essas são as mulheres retratadas no documentário.

O caminho se faz ao caminhar, demonstra em seu filme a fotógrafa e diretora Rachel Lears, que concebeu esse projeto no dia seguinte à vitória de Donald Trump à presidência.

Maquiando-se diante do espelho, Alexandria lembra que para candidatos homens ao Congresso há um protocolo de como devem se vestir. Já “para as mulheres, decidir como vão apresentar-se ao mundo envolve tantas decisões! Como preparar-se para alguma coisa que você não sabe o que é?”

As pessoas não veem o trabalho de garçonete como um trabalho verdadeiro, diz ela. Talvez por ser derivado dos cuidados tradicionalmente exercidos por mulheres, sem pagamento. “Mas minha experiência em servir as pessoas [hospitality, em inglês] me preparou muito bem para essa candidatura. Estou acostumada a ficar em pé durante 18 horas por dia, a sofrer uma tremenda pressão, a ser mal tratada pelas pessoas. Não é à toa que somos chamadas de classe trabalhadora: a gente não para de trabalhar!”.

Em campanha, Alexandria não perdeu o ritmo. “O que faço é conversar com os membros de nossa comunidade o tempo inteiro. Esse é o trabalho de organização para concorrer com uma campanha popular”, diz ela, percorrendo casa por casa para falar com as pessoas ou atendendo a reuniões com grupos.

Sua vitória, contudo, não se deveu somente ao trabalho individual. Antes, contou com um enraizado movimento de grupos de base do partido Democrata, que vinham recrutando candidatos outsiders para concorrer com políticos do establishment. Dois deles, o Justice Democrats e o Brand New Congress, formados por jovens, e cujo principal objetivo é acabar com a influência corruptora do dinheiro na política, receberam mais de 10 mil indicações. Os candidatos que apoiam recebem recursos adquiridos exclusivamente em crowdfundings. Alexandria Ocasio-Cortez foi indicada por seu irmão e teve a candidatura assumida pelo Brand New Congress.

“Nunca vimos isso na América, nessas proporções. Temos várias chapas e muitos candidatos concorrendo em 2018 que recusaram financiamento de empresas”, observa ela, que começou a campanha com 2 dólares e arrecadou mais de 200 mil.

“Queremos criar uma máquina de financiamento coletivo que possa fazer frente aos poderes institucionais atuais e realmente devolver o poder ao povo. E manter esse poder”, diz um dos componentes dos grupos.

“Homens representam 81% do Congresso, a maioria brancos e milionários, advogados, que só querem manter seu poder e reeleger-se, e não lutar contra as mudanças climáticas, a superpopulação carcerária, os problemas que nos afetam”, diz outro.

“Você não pode ter medo, porque eles virão pra cima de você. Não estou brincando, eles virão pra cima de você”, alerta um membro do grupo Whiteheads [Cabeças brancas], que também a apoiou.

“O tempo todo ele me dirá que eu não vou conseguir. Que sou pequena, muito jovem, inexperiente”, diz ela, ao preparar-se para um debate com seu oponente. Dirigindo-se ao namorado, fiel companheiro de campanha, ela afirma, num exercício de autoconvencimento: “Sou preparada o suficiente para fazer isso, madura o suficiente, corajosa o suficiente.”

Para cada 10 rejeições você receberá um sim, diz Alexandria para uma sobrinha, menina ainda, que a ajuda a fazer campanha na rua. “É assim que você vence”. Para uma das candidatas derrotadas, diz algo semelhante. “É preciso que 100 de nós sejamos candidatas para que uma vença”.

Abaixo do Equador

Ainda que timidamente, um fenômeno semelhante ocorre também no Brasil e na América Latina. Nas eleições de 2018, saltou de 51 para 77 o número de parlamentares mulheres, de 9,9% para 15% dos 513 representantes na Câmara. No Senado as mulheres mantiveram a mesma representação.

Eleita vereadora de Belo Horizonte em 2017, amiga e companheira de partido de Marielle Franco, a cientista política ligada ao movimento hip-hop Áurea Carolina foi eleita deputada federal (Psol-MG) já em 2018.

“Na América Latina, ter mulheres na política significa romper com uma lógica colonial que está na raiz da nossa formação,” diz ela, que inovou ao criar o Gabinetona, mandato coletivo e popular formado por quatro representantes, nas três instâncias de governo, subsidiado por uma rede de quase 100 voluntários de todo o território mineiro, que trabalham com as questões indígena, de economia e infraestrutura, direitos humanos, cultura, saneamento e meio ambiente, entre outros.

Ela é uma das parlamentares retratadas no projeto Emergência Política Mulheres, que vai investigar as inovações geradas por mulheres na política institucional no México, Colômbia, Brasil, Bolívia, Chile e Argentina.

O projeto trabalha com a ideia de que o poder muda quando mulheres ascendem ao seu papel político. Ao dar visibilidade às práticas das mulheres no poder, querem criar novas referências e contribuir com um novo imaginário político a partir de uma perspectiva feminina.

“Estamos bem animadas e já vamos para a estrada. Dia 20 agora começamos a pesquisa no México, depois vamos para a Colômbia e a partir de meados de junho faremos o campo no Brasil”, diz Jonaya de Castro, que ao lado de Beatriz Pedreira responde pelas entrevistas com mulheres que assumiram mandatos no executivo e legislativo, a partir de um mapa colaborativo de mais de 600 mulheres eleitas no continente. Elas entrevistarão também acadêmicas e especialistas em gênero e política para entender a história e contexto social em cada um dos países.

O resultado desse trabalho será mostrado em 2020, numa série exibida pela Globonews – uma das parceiras do Instuto Update, organizador do projeto. Não será um trabalho independente, como o de Rachel Lears. Mas, como no seu filme, trará um panorama da diversidade e mudanças lideradas por mulheres do campo progressista, num universo até agora dominado por homens – brancos, ricos e heterossexuais, nunca é demais repetir.

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