• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Roteiro de Baku a Belém: abundância de ideias, poucos compromissos reais e futuro incerto

Protesto da sociedade civil exige que países ricos paguem o que devem na crise do clima (Foto: UN Climate Change - Kiara Worth)

Mais Lidos

  • Diocesaneidade: expressão viva do carisma e da espiritualidade diocesana

    LER MAIS
  • "Um conflito sobre o legado do Concílio em torno de Maria Corredentora". Entrevista com Hendro Munsterman

    LER MAIS
  • “O fascismo contemporâneo é o nome político do desespero produzido pela precariedade do laço social”, sintetiza a psicanalista e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

    Identificação de jovens com o fascismo é sintoma de uma época em que gerações temem o futuro. Entrevista especial com Rose Gurski

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    30º Domingo do Tempo Comum - Ano C - Deus tem misericórdia e ampara os humildes

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

06 Novembro 2025

Azerbaijão e Brasil, como presidências da COP29 e COP30, divulgaram o relatório que buscava informar como aumentar os fluxos de dinheiro para US$ 1,3 trilhão. Entenda o que ele traz de positivo, o que deixa de fora, quais pontos geram polêmica e o que vem a seguir.

A reportagem é de Tais Gadea Lara, publicada por InfoAmazonia, 05-11-2025.

“O mandato é claro. Temos que entregar esse roteiro, mas não se espera que ele seja reconhecido, aprovado ou bem recebido”, disse André Corrêa do Lago em coletiva de imprensa, durante o lançamento oficial do aguardado relatório sobre financiamento climático: o Roteiro de Baku a Belém até US$ 1,3 trilhão (Baku to Belém Roadmap to 1.3T, em inglês).

Com 75 páginas e publicado seis dias após a data inicialmente anunciada (30 de outubro), o documento é consequência da nova meta definida na COP29, a chamada NCQG, que estabeleceu como será o financiamento climático a partir de 2026.

“Receber tantas recomendações de diferentes partes foi um processo muito interessante”, afirmou o diplomata, que surpreendeu ao responder sobre o futuro do Roteiro: “Esperamos que isso ajude. Não acredito que o status do roadmap vá mudar muito”.

A NCQG determinou que serão mobilizados US$ 300 bilhões anuais até 2035 para países em desenvolvimento, provenientes de fontes públicas e privadas, bilaterais e multilaterais. O valor ficou muito aquém do trilhão reivindicado pelos países em desenvolvimento e recomendado por diversas análises. Diante do descontentamento gerado, surgiu o Roteiro. Mas para quê?

“Decide lançar o Roteiro de Baku a Belém até US$ 1,3 trilhão com o objetivo de ampliar o financiamento climático para as Partes que são países em desenvolvimento”, cita a decisão oficial. Azerbaijão e Brasil, como presidências da COP29 e COP30, respectivamente, assumiram o papel de “guiar” esse plano e “elaborar um relatório que resuma o trabalho realizado”. Após consultas e contribuições de diversos atores, o relatório foi divulgado hoje.

“É um documento que tenta refletir o que está acontecendo e destacar algumas ações possíveis, mas é extremamente descritivo”, analisa Sandra Guzmán, diretora do Grupo de Financiamento Climático para a América Latina e o Caribe (GFLAC), em entrevista à InfoAmazonia. “Sabíamos que ele não iria a fundo, mas as recomendações ficaram mais genéricas do que esperávamos. O roteiro fala de muitas coisas, mas as aborda de forma muito fraca.”

Sabíamos que ele não iria a fundo, mas as recomendações ficaram mais genéricas do que esperávamos. O roteiro fala de muitas coisas, mas as aborda de forma muito fraca - Sandra Guzmán, diretora do Grupo de Financiamento Climático para a América Latina e o Caribe (GFLAC)

Muitas recomendações e apenas dois compromissos

“O mais significativo é que o roadmap finalmente conecta a discussão sobre reforma da arquitetura financeira com a Convenção do Clima”, diz Rebecca Thissen, líder global de advocacy da rede internacional Climate Action Network (CAN). “Ele realmente convoca diferentes atores e processos para pensarem juntos em como ampliar o financiamento climático”.

O relatório organiza suas propostas em torno de cinco eixos transversais, chamados de 5R:

  • reabastecimento de subsídios, financiamentos concessionais e capital de baixo custo;
  • reequilíbrio do espaço fiscal e sustentabilidade da dívida;
  • redirecionamento de financiamento privado;
  • reestruturação da capacidade e coordenação para grandes projetos climáticos; e
  • reconfiguração dos sistemas e estruturas para fluxos de capital.

Também traz medidas práticas de curto prazo para “guiar uma implementação inicial”. “Uma coisa que o roadmap não faz é se comprometer”, analisa Thissen. “Há muitos chamados a avaliações e coordenações, mas nenhum compromisso real. Falta direção política. É como um mapa sem bússola.”

Há muitos chamados a avaliações e coordenações, mas nenhum compromisso real. Falta direção política. É como um mapa sem bússola - Rebecca Thissen, líder global de advocacy da rede internacional Climate Action Network (CAN)

Segundo Corrêa do Lago, o relatório não é um documento de decisão, mas um “documento interpresidencial”. Há apenas dois compromissos: as presidências organizarão diálogos com países e outros atores para discutir como avançar, e convocarão um grupo independente de especialistas para refinar dados e desenvolver caminhos de financiamento até US$ 1,3 trilhão.

“Ele inclui elementos sobre mobilização, mas não se foca nisso. Fala em aumentar fluxos, mas não explica como”, critica Guzmán.

Mais presença privada, mas e a responsabilidade dos países desenvolvidos?

Já nas reuniões preparatórias de junho em Bonn, houve descontentamento, não apenas de organizações da sociedade civil, mas também de delegados, com a falta de transparência e inclusão nas consultas das presidências. O processo teria dado mais voz a outros atores, os stakeholders). Isso se reflete no documento.

A maioria das ações sugeridas se dirige a bancos multilaterais de desenvolvimento, ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI). O texto recomenda, por exemplo, que esses bancos apresentem em conjunto como podem alcançar metas mais ambiciosas de financiamento até 2035, e que o FMI avalie a viabilidade de uma nova emissão de Direitos Especiais de Saque (DES).

Isso difere da principal demanda dos países em desenvolvimento: centrar o debate na responsabilidade dos países ricos, prevista no Acordo de Paris, de mobilizar recursos financeiros. O roadmap apenas sugere que os países desenvolvidos “poderiam considerar” trabalhar juntos em um plano para alcançar a meta dos US$ 300 bilhões — e incluí-lo em suas comunicações bienais até o fim de 2026. “Esse delivery plan é bem-vindo, mas chega com um ano de atraso”, avalia Thissen.

“O roadmap não responde ao que os países em desenvolvimento querem saber: quanto vão receber”, diz Guzmán, que prevê uma pressão maior para incluir o Artigo 9.1 do Acordo de Paris na agenda da COP30 — o artigo que trata da obrigação dos países desenvolvidos de fornecer recursos financeiros públicos aos países em desenvolvimento.

Questionada pelo InfoAmazonia sobre a desigualdade entre atores, Ana Toni, diretora-executiva da COP30, respondeu: “Não é uma coisa ou outra. Os governos fazem parte do conselho desses bancos. Portanto, eles não podem agir sozinhos — devem prestar contas aos governos”.

Foco em ações externas à Convenção e “falsas soluções”

O relatório dá mais destaque a ações fora do âmbito da Convenção, como a cooperação entre países credores, FMI e bancos para aliviar dívidas de países em desenvolvimento, por meio de cláusulas resilientes ao clima e trocas de dívida por ações ambientais.

Entre as ações internas à Convenção, Guzmán critica o foco nos mercados de carbono como via de financiamento: “É uma seção preocupante. Mercados de carbono não têm relação com o Artigo 9, e sim com o Artigo 6 do Acordo de Paris.”

Thissen concorda: “Sem surpresas, o roadmap aposta em soluções rápidas e falsas, como cancelamentos de dívida e mercados de carbono. Elas podem ter papel complementar, mas quando ganham prioridade, desviam a atenção das mudanças estruturais necessárias.”

O documento ainda cita investimentos em combustíveis de baixa emissão e em captura e armazenamento de carbono como medidas “cruciais” para os setores marítimo e aéreo. Para Caio Victor Vieira, especialista em política climática do Instituto Talanoa, há um foco excessivo em uma tecnologia inviável em larga escala, quando o essencial seria eliminar gradualmente subsídios aos combustíveis fósseis.

E agora?

Uma das maiores preocupações era que o roadmap acabasse sendo apenas um relatório e “morresse” na COP30, sem gerar impacto real na ampliação do financiamento climático a US$ 1,3 trilhão.

Os próximos passos dependerão de dois fatores: como as presidências avançarão com seus compromissos e qual será a reação dos países em Belém.

Os países podem simplesmente acolher o documento sem dar continuidade, ou incluí-lo formalmente na agenda de negociações. Também pode ser incorporado ao documento final da COP, conhecido em inglês como Cover Decision — algo que, segundo Corrêa do Lago, o Brasil estaria agora mais disposto a aceitar.

Mas não parece que isso esteja nos planos. “Não há um plano concreto. Temos muitos assuntos que precisamos negociar e aprovar na COP. Estamos muito satisfeitos por termos cumprido o que foi solicitado na decisão (da NCQG), e não há qualquer prioridade para que a COP o aprove, reconheça ou algo do tipo”, disse Corrêa do Lago, antes do lançamento do informe.

Aos jornalistas, ele afirmou: “Estamos nos movendo para a lógica da implementação, regida pelo Acordo de Paris. Não precisamos de aprovação para agir. Aprovação é necessária apenas para documentos que mudam regras — o que não é o caso. Este relatório pode inspirar coalizões de países em diferentes direções”.

Thissen e Guzmán concordam que as baixas expectativas em torno do roadmap e suas recomendações genéricas devem reforçar a pressão dos países em desenvolvimento por mais responsabilidade financeira dos países ricos — um tema que pode influenciar outras discussões na COP30.

Leia mais

  • Transição justa: entenda a luta que pode definir o sucesso da COP30 em Belém
  • Juventude amazônida cobra transição justa e espaço em decisões climáticas
  • Yellow zone: jovens querem ampliar participação popular na COP30
  • A COP30 precisa planejar o fim dos combustíveis fósseis
  • COP30 será “hora da verdade” contra a crise climática, diz Lula na ONU
  • Fim dos combustíveis fósseis fica de fora do discurso de Lula na ONU
  • No país da COP30, mais petróleo, mais gás, mais carvão. Artigo de Alexandre Gaspari
  • Voos de equipes da Petrobras evitam Belém durante COP30
  • Petrobras quer perfurar mais 3 poços na Foz do Amazonas com mesma licença
  • A caminho da COP30: entre a retórica da eliminação dos combustíveis fósseis e a perfuração na Amazônia

Notícias relacionadas

  • COP 22 será marcada pela euforia do Acordo de Paris. Entrevista especial com Maureen Santos

    LER MAIS
  • Monocultura não é floresta! Apoie a carta chamando a FAO a rever a sua definição de floresta

    LER MAIS
  • Prato de comida pode custar 100 vezes mais nos países em desenvolvimento

    LER MAIS
  • Mercado de carbono dá licença aos mais ricos para poluir, afirmam ambientalistas

    Um dos temas centrais da 22ª edição da Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP22), que começou[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados