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05 Novembro 2025

"Talvez se deveria mostrar a Trump as imagens das crianças hospitalizadas nos centros dos Médicos Sem Fronteiras em Kano e Katsina, as terras dos "bandidos" e dos Boko Haram: os pequenos resquícios de uma devastadora crise alimentar que destrói um gigante petrolífero", escreve Domenico Quirico, jornalista italiano, em artigo publicado por La Stampa, 04-10-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

Os sinos não tocam aos domingos para a missa no norte da Nigéria, califado africano de islamitas implacáveis. Aqui, não há necessidade de fazer barulho para estimular os fiéis preguiçosos. Aqui, se nasce prisioneiros da própria cruz. Vi os maravilhosos cristãos de Kano, Jos, Maiduguri.

Serenamente tristes, como aqueles que vivem em todos os lugares onde o fanatismo os persegue. Vi as missas militarizadas, as missas de zonas de guerra, com soldados patrulhando as entradas dos locais de culto, armas em punho. Uniformes pretos sombrios, gritos e ameaças a cada carro que se aproxima: é a obsessão com os carros-bomba. Há anos, a fronteira da Grande Ameaça atravessa esse imenso país, onde ser cristão pode ser um crime que custa a vida. Ainda assim, é surpreendente ver quantos fiéis, apesar de tudo, acorrem para ouvir as palavras de mistério e promessa: num lugar onde a história do paraíso na terra, seja quem for a proclamá-lo, não se sustenta. Só existe guerra, corrupção, miséria e ódio.

Os nigerianos, um tanto surpresos, leram que Trump quer resolver seus inúmeros problemas. À sua maneira: brutalmente. As igrejas evangélicas, que têm dinheiro e poder na Nigéria e representam um eleitorado nos Estados Unidos, devem tê-lo convencido de que "é preciso agir". Mas ontem, os nigerianos já retornaram à sua rotina cotidiana, lutando contra a falta de combustível (num país rico em petróleo!), a violência desenfreada, a selva-metrópole de Lagos, a corrupção como economia paralela, as eleições sem propósito, a revolução das promessas dos politiqueiros — vejam só! — sempre adiada. A tudo isso, eles responderão com a capacidade africana de se acostumar com o pior, de aceitar como certo que a vida é assim mesmo.

No Norte, o jihadismo primitivo e niilista do Boko Haram parecia estar em declínio, reduzido a alguns milhares de apóstolos convertidos à criminalidade comum. Seria uma boa notícia se, em seu lugar, não tivesse crescido, impetuoso e letal, o poder do jihadismo ao estilo do ISIS, que aqui se autodenomina Estado Islâmico da África Ocidental e conta com milhares de combatentes, guerra santa que quer administrar, estabelecer-se e consolidar-se como um califado permanente, e que para isso garante a populações esquecidas ou maltratadas pelo poder central dinheiro, comida, kalashnikovs e sonhos de vingança. Desde 2009, 60 mil pessoas morreram e seis milhões foram deslocadas. Contudo, a tragédia não é tão simples quanto o grosseiro arquivo montado por Trump apresenta. Aqueles que prepararam os dossiês para o presidente estadunidense esqueceram-se, por exemplo, de incluir o relatório de Massad Boulos, assessor para a África, que vive na Nigéria há décadas. Ele compilou o relatório em meados de outubro: tentava explicar com números e fatos a dura verdade de que os jihadistas "matam mais muçulmanos do que cristãos".

Será se alguém contou a Trump, por exemplo, sobre Ali Ngulde. Ele é um líder do Boko Haram que compete com os grupos jihadistas rivais na base dos massacres. Em setembro, seus milicianos chegaram a Darul Jamal, no estado de Borno, entre roncos de motores e disparos, a bordo de dezenas de motocicletas. Havia uma base militar na cidade, e os civis pensaram, iludidos, que estavam seguros. Não apareceu nenhum soldado enquanto os atacantes circulavam, incendiando casas e atirando em tudo que se movia, sem perguntar a que religião pertencia. Os soldados saíram da base para contar os mortos.

Em agosto, um grupo de "bandidos" atacou a mesquita em Unguwar Mantau, no estado de Katsina, enquanto os fiéis oravam: dezenas foram mortos. Depois os atacantes incendiaram as aldeias próximas. O "genocídio" jihadista dos cristãos, tão claro nas ameaças de Trump, de repente parece se tornar mais complicado.

Aqui, a violência, na verdade, nasce das lutas ancestrais entre pastores e agricultores pelo controle da terra e da água. As sangrentas disputas entre agricultores, em sua maioria cristãos, e pastores da etnia "Peul", muçulmanos que o califado recrutou como infantaria assassina, são apresentadas como conflitos religiosos. Para simplificar, para absolver-se de responsabilidades políticas. Na realidade, tudo está enraizado na pobreza, na ausência e na corrupção do Estado, na desesperada necessidade de garantir para si as melhores terras para a sobrevivência.

Será que os eventuais ataques dos F-35 ou mísseis made in USA serão de alguma utilidade contra esses "bandidos", como a diligência burocrática reumática e impotente do governo os define: dezenas de pequenos caudilhos criminosos especializados principalmente em roubo de gado e sequestros. Estudantes e comerciantes, em sua maioria muçulmanos, acabam caindo na rede. Tudo se torna opaco; jihadismo e criminalidade se confundem e se intercruzam. Auwalu Daudawa, por exemplo, era uma espécie de bandido Giuliano da savana, um dos poucos que aceitaram a oferta do governo de abandonar a metralhadora em troca de uma grande quantia em dinheiro. Ele era um dos muitos chefes bandidos com ligações de negócios com o lendário Shekau, o califa dos Boko Haram. A maioria dos sequestros são por encomenda de islamitas, como no Sahel: depois se divide meio a meio. Circulavam em Maiduguri tabelas de preços de resgate: tirar viva uma figura importante da floresta dos ogros, custava cinco milhões de nairas, doze mil euros.

Desenvolveu-se uma terrível economia de guerra, na qual todos prosperam: jihadistas, funcionários corruptos, soldados e comerciantes que abastecem os guerrilheiros em seus santuários. Amplia-se a profissão de mediador, especializada nas zonas cinzentas entre um Estado impotente e os senhores das florestas que engordam os cofres de Deus com crimes. Explode o recrutamento nas escolas corânicas radicalizadas e na pequena delinquência; o islamismo prospera principalmente na pobreza e na raiva contra as elites predadoras do sul. Sempre funciona.

Talvez se deveria mostrar a Trump as imagens das crianças hospitalizadas nos centros dos Médicos Sem Fronteiras em Kano e Katsina, as terras dos "bandidos" e dos Boko Haram: os pequenos resquícios de uma devastadora crise alimentar que destrói um gigante petrolífero, onde não se contam os milionários da corrupção e da bandidagem. Segundo a UNICEF, 33 milhões de nigerianos passam fome, com três milhões e meio de crianças sofrendo de desnutrição aguda. A liberalização da moeda local triplicou os preços e elevou a inflação para 30%.

Seria indelicado explicar a Trump que uma das causas da catástrofe é a redução da ajuda humanitária dos Estados Unidos e de países como França e Reino Unido? O governo estadunidense, o seu, acaba de vender armas à Nigéria "para lutar contra o jihadismo” no valor de 346 milhões de euros. Um ótimo negócio.

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