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Eloy Ferreira da Silva: 41 anos do seu martírio em defesa dos camponeses posseiros na luta pela terra. Artigo de Gilvander Moreira

Foto: Reprodução Redes Virtuais

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09 Outubro 2025

 "É evidente o quanto é sofrida a luta pelo direito à terra, dom de Deus, direito de todos os camponeses e camponesas, e o quanto é necessário intensificar a regularização fundiária e promover a Reforma Agrária, com desapropriação das terras ociosas, sem função social".

O artigo é de Frei Gilvander Moreira.

Gilvander é frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma, Itália; assessor da CPT, CEBI e Ocupações Urbanas; autor de livros e artigos. 

Eis o artigo.

Dia 16 de dezembro de 2025, celebraremos 41 anos do martírio de Eloy Ferreira da Silva. Necessário se faz resgatarmos quem foi Eloy e continua sendo, agora em vida plena e em nós na luta pela terra, pela reforma agrária e pela demarcação dos territórios dos Povos Indígenas e Tradicionais.

Como dirigente sindical, viveu intensamente o apoio à luta de organização e resistência dos posseiros do município de São Francisco e da região norte e noroeste de Minas Gerais. Eleito Delegado Sindical do Distrito de Serra das Araras, em 1978, ele liderou a resistência dos posseiros contra os invasores e grileiros de terra. Presidente do Sindicato dos Trabalhadores/as Rurais de São Francisco, desde 1981, Eloy Ferreira da Silva era uma das lideranças mais combativas no norte e noroeste de Minas Gerais, conhecido e respeitado em todo o estado.

As ameaças de morte que Eloy sofreu foram muitas. Foram constantes por parte dos grileiros e até do Juiz de Direito da cidade, que várias vezes o ameaçou psicologicamente.

“Trabalhador rural não é covarde”, dizia Eloy, que denunciava as pressões, os despejos e as queimas de casas a todas as entidades que podiam dar algum apoio. Combatia toda violência que recaia sobre os camponeses posseiros: “Nossa arma é união, organização e a verdade”, Eloy sempre dizia.

Praxedes Ferreira da Silva, posseiro sobrinho de Eloy Ferreira da Silva, assassinado no município de São Francisco, em 28 de outubro de 1978. Eloy sentia a dor pelo assassinato do seu sobrinho Praxedes. Eloy se indignava diante de toda e qualquer injustiça e violência. Eloy não arredava o pé da luta pelos direitos dos camponeses posseiros. As ameaças seguiam aumentando. Até que dia 16 de dezembro de 1984, Eloy Ferreira da Silva foi barbaramente assassinado e se tornou mais um mártir da luta pela terra e pela Reforma Agrária.

Este assassinato atingiu não só o Eloy, mas também a organização do povo camponês. Atingiu um líder que doou sua vida como Jesus Cristo para que os pobres deixem de ser escravizados pelos poderosos.

Eloy era um homem de fé profunda. A todo momento ligava sua luta à libertação dos hebreus escravizados no Egito, sob o imperialismo dos faraós. “Deus está do nosso lado” era a fé que animava sua luta. Eloy buscava praticar a utopia cantada no Cântico de Maria no Evangelho de Lucas: “Os poderosos serão derrubados dos seus tronos e os pobres serão elevados. Os ricos serão despedidos de mãos vazias e os famintos serão saciados” (Lc 1,52-53).

Eloy Ferreira da Silva foi martirizado aos 54 anos, deixando a esposa e 10 filhos, também ameaçados pelos mesmos grileiros.

O norte e noroeste de Minas Gerais são territórios de ocupação muito antiga. Havia muitas áreas cheias de posseiros morando em terras devolutas. Nas décadas de 1970 e 1980, as grandes empresas e o latifundiário descobriram o norte e noroeste de Minas Gerais, regiões dos maiores latifúndios e dos maiores conflitos de terra do estado de Minas Gerais. A monocultura do eucalipto e a pecuária extensiva de gado cresceram muito sob o poder de fazendeiros e empresários mandando jagunços e capangas pisar em cima dos camponeses posseiros. Isso com a cumplicidade do Estado.

Na Fazenda Vereda Grande, no município de São Francisco, moravam 36 famílias de posseiros muito antigos. O maior latifundiário de Minas Gerais, Antônio Luciano, tentou se apoderar dessas terras, desviando o Rio Urucuia. Os posseiros impediram a entrada dos tratores e exigiram uma posição do Governo de Minas Gerais. O INCRA desapropriou a fazenda do pretenso dono em 1983. Mesmo com a desapropriação, o grileiro Antônio Luciano continuou a pressionar e ameaçar os posseiros.

Ao lado da posse da família de Eloy Ferreira da Silva, começa a fazenda Menino, megalatifúndio de 90 mil hectares, invadida por grileiros que ameaçavam a posse de 220 famílias camponesas posseiras. Junto com os posseiros, os sem-terra da região exigiram do governo que desarmasse os jagunços dos grileiros. Em vez disso, o delegado especial fiscalizava a organização dos posseiros e trabalhadores sem-terra. Os posseiros Januário Emídio dos Santos e José Natal Romão foram assassinados dia 14 de novembro de 1990, na Fazenda Menino, no município de Arinos, próximo de onde Eloy Ferreira tinha sido assassinado seis anos antes.

Exigir que na Fazenda Menino haja paz e trabalho para os Sem Terra da região é uma porção do legado extraordinário de luta pela terra que Eloy deixou para nós. Graças à luta de Eloy Ferreira da Silva na Fazenda Menino estão assentadas centenas de famílias de camponeses que estavam sem-terra.

A Comissão Pastoral da Terra (CPT/MG) divulgou um pequeno livro sobre a luta de Eloy Ferreira da Silva. ELOY: MORRE UMA VOZ, NASCE UM GRITO, livro lançado pela SEGRAC, de autoria de Luiz Chaves, Luiz Araújo e Jô Amado. Só em 1985 foram assassinados 16 lavradores na luta pela terra em Minas Gerais.

Livro sobre a luta de Eloy Ferreira da Silva. (Foto: Reprodução)

Dona Luzia, viúva de Eloy dizia; “Eloy vinha sempre lutando do lado dos pobres. Até deixou o que era dele mesmo mais afastado para se doar aos pobres. Ele ajudou, ajudou...”. E a batata quente da luta camponesa está em nossa mão. É dever ético continuarmos a luta pela terra, por reforma agrária, pela demarcação dos territórios dos Povos Indígenas de todas as Comunidades Tradicionais. Eloy Ferreira da Silva, presente em nós na luta por direitos, sempre!

É evidente o quanto é sofrida a luta pelo direito à terra, dom de Deus, direito de todos os camponeses e camponesas, e o quanto é necessário intensificar a regularização fundiária e promover a Reforma Agrária, com desapropriação das terras ociosas, sem função social.

No vídeo “Assassinato de Eloy Ferreira da Silva - Tribunal Nacional dos Crimes do Latifúndio” está o relato do crime bárbaro que ceifou a vida de Eloy Ferreira da Silva, no link abaixo.

Leia mais

  • Reforma Agrária: Como o golpe sufocou os camponeses. Artigo de Jean Marc von der Weid
  • Reforma Agrária, futuro inescapável. Artigo de Jean Marc von der Weid
  • Política agrícola. Artigo de Jean Marc von der Weid
  • 50 anos do 25 de abril: reforma agrária. Artigo de Demétrio E. Brisset
  • Sem reforma agrária, violência no campo bate recorde com governo Lula, diz CPT
  • Aquecimento tem impactos mais severos na agricultura familiar
  • Como o Estado impede a reforma agrária?
  • Luta pela terra e pelas necessidades básicas gera emancipação. Artigo de Gilvander Moreira
  • Luta por direitos faz nascer esperança. Artigo de Frei Gilvander Moreira
  • Povos indígenas: poderá a saúde ser decolonial?
  • Teologia da luta pela terra e por moradia
  • Direito à Moradia, Direito à Cidade. Revista IHU On-Line Nº 533
  • Luta por moradia: por que criminalizar a cidadania?
  • Luta pela terra incomoda o capital e o Estado

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