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A crise na política francesa prenuncia tempos difíceis para todo o Ocidente

Foto: ericniequist | pixabay

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09 Outubro 2025

A surpreendente renúncia de Sébastien Lecornu ao cargo de primeiro-ministro da França após menos de um mês no cargo — e, sobretudo, a crise que ela anuncia — ilustra a situação singular do país, mas também alguns dos desafios enfrentados por todas as democracias ocidentais.

 A informação é de Michael Sean Winters, publicada por National Catholic Reporter, 08-10-2025. 

Lecornu havia formado uma coalizão instável de centristas e conservadores em seu gabinete, mas eles não conseguiram chegar a um programa comum capaz de sustentar o governo. “Os partidos políticos continuam a agir como se todos tivessem maioria absoluta na Assembleia Nacional”, disse Lecornu. “Eu estava disposto a ceder, mas cada partido quer que o outro adote todo o seu programa.”

Um francês muito perspicaz me explicou recentemente que, quando a Quinta República foi criada por Charles De Gaulle em 1958, o sistema foi concebido para garantir um presidente forte e um legislativo que seguisse sua liderança, compartilhando de sua filiação partidária. E, na maior parte do tempo desde então, foi assim que funcionou. Durante a presidência do socialista François Mitterrand (1981-1995), ele teve de governar duas vezes com uma legislatura controlada pelo partido conservador gaullista. Já no período de Jacques Chirac (1995-2007), gaullista, ele teve de trabalhar com uma legislatura controlada pelos socialistas de 1997 a 2002. Mesmo assim, havia uma maioria parlamentar com a qual o presidente podia negociar.

Hoje, no entanto, a legislatura está fragmentada em vários pequenos partidos, de modo que qualquer primeiro-ministro precisa não apenas negociar com o presidente, mas também alcançar compromissos dentro da própria Assembleia Nacional. Meu amigo observou que, durante a Terceira República (1870-1940), esse tipo de negociação era comum, com pequenos partidos forjando coalizões constantemente. Os legisladores sabiam negociar. Na Quinta República, não precisaram fazer isso e perderam essa habilidade. A estabilidade só retornará à política francesa quando os legisladores deixarem de fingir, como disse Lecornu, que “todos têm maioria absoluta na Assembleia Nacional”.

Aqui está o problema maior, compartilhado com o restante do Ocidente: os partidos tradicionais franceses talvez não aprendam a negociar a tempo de evitar que a maioria do eleitorado perca completamente a confiança neles. Se o presidente Emmanuel Macron convocar eleições antecipadas, os eleitores podem recorrer ao partido que mais consistentemente afirmou que os políticos de Paris estão “vendendo a França”: o partido de extrema-direita Reunião Nacional. Fundado por Marine Le Pen em 2011 para suavizar a imagem neofascista e antissemita que tinha sob a liderança de seu pai, Jean-Marie Le Pen, quando se chamava Frente Nacional, o partido é hoje uma força poderosa.

Le Pen ficou em segundo lugar no primeiro turno da eleição presidencial de 2022, mas perdeu para Macron no segundo turno. Mesmo assim, obteve 41,5% dos votos — o maior percentual já alcançado por uma candidata nacionalista na França. No mesmo ano, as eleições legislativas tornaram o Reunião Nacional o maior partido de oposição. Recentemente condenada por desvio de recursos, Le Pen está em prisão domiciliar e impedida de concorrer nas eleições presidenciais de 2027. Mas isso não significa que seu partido não possa ser o veículo de uma vitória eleitoral avassaladora contra o establishment.

Parece familiar? É claro que, nos Estados Unidos, só tivemos uma Constituição — não cinco. A política francesa não está afogada em dinheiro de grupos de interesse como a americana. Além disso, o calendário legislativo francês não é dominado pela necessidade de os parlamentares voltarem para seus distritos todo fim de semana e, mesmo quando o fazem, qualquer ponto da França fica a poucas horas de trem de Paris.

A dinâmica de fundo, no entanto — partidos tradicionais incapazes de fazer seu trabalho de forma responsável, abrindo espaço para a ascensão de partidos extremistas — é comum a muitas democracias ocidentais. Existem diferenças entre os extremistas: Viktor Orbán, na Hungria, repete a retórica do Kremlin sobre a soberania da Ucrânia, enquanto Giorgia Meloni, na Itália, mantém uma postura rígida contra a imigração, mas apoia a Ucrânia. Donald Trump, por sua vez, oscila em relação à Rússia e à Ucrânia, mas suas políticas anti-imigração são tão extremas quanto as dos líderes nacionalistas europeus.

O sucessor de Le Pen durante seus problemas judiciais, Jordan Bardella, provavelmente se daria bem com Trump, Meloni ou Orbán. Questionada sobre as diferenças entre Bardella e Le Pen, a professora Cécile Alduy, da Universidade Stanford, disse ao The Guardian: “Ainda é a mesma tríade: imigração, identidade e Islã. A grande diferença está no tom e no estilo. A mensagem é a mesma, mas entregue com uma voz suave, equilibrada e calma.”

A ascensão desses partidos de extrema direita é profundamente preocupante, mas onde está a liderança política de centro ou de esquerda? Por que os partidos tradicionais no Ocidente não realizaram a autocrítica que sua situação eleitoral precária exige? O breve mandato de Sébastien Lecornu mostra como políticos incapazes de compromissos logo se tornam incapazes de governar. Esse fracasso só aumenta a disposição do eleitorado em abraçar o autoritarismo.

Uma maioria de norte-americanos fechou os olhos para as tendências autoritárias e brutais de Trump porque o considerou preferível a um candidato identificado com um establishment que havia ignorado suas preocupações. Acontecerá o mesmo agora na França?

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