05 Setembro 2025
Na audiência com o presidente israelense, foi analisada a situação no Oriente Médio e, em particular, a tragédia na Faixa de Gaza: esperava-se a libertação de todos os reféns, e a Santa Sé reiterou a "solução de dois Estados como única saída para a guerra".
A reportagem é de Alessandro De Carolis, publicada por Vatican News, 04-09-2025.
Um futuro estável deve ser estabelecido em uma região que sofreu uma longa história de conflitos que ainda são "numerosos". E esse objetivo, especialmente dada a "situação trágica" em Gaza, pode ser alcançado por meio de uma "rápida retomada das negociações" entre as partes envolvidas, com "vontade e decisões corajosas" e o "apoio da comunidade internacional", com o objetivo de "obter a libertação de todos os reféns, alcançar urgentemente um cessar-fogo permanente, facilitar a entrada segura de ajuda humanitária nas áreas mais afetadas e garantir o pleno respeito ao direito humanitário, bem como às aspirações legítimas de ambos os povos".
A "única saída da guerra"
Estes foram os principais pontos que caracterizaram a audiência de Leão XIV com o presidente israelense Isaac Herzog nesta manhã, 4 de setembro. Após o encontro com o Papa no Palácio Apostólico, Herzog se reuniu na Secretaria de Estado com o Cardeal Pietro Parolin e com dom Paul R. Gallagher, secretário para as Relações com os Estados e Organizações Internacionais. Um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé informa que o debate se concentrou na "situação política e social no Oriente Médio" e, refletindo sobre como "garantir um futuro para o povo palestino" e "paz e estabilidade na região", a Santa Sé — enfatiza o comunicado — reafirmou "a solução de dois Estados como a única saída para a guerra em curso".
Relações Santa Sé-Israel
A declaração também afirma que foi feita referência "ao que está acontecendo na Cisjordânia e à importante questão da Cidade de Jerusalém". O encontro também se concentrou no "significado histórico das relações entre a Santa Sé e Israel", abordando "certas questões relativas às relações entre as autoridades estatais e a Igreja local, com especial atenção", afirma a declaração, "à importância das comunidades cristãs e seu compromisso, ali e em todo o Oriente Médio, com o desenvolvimento humano e social, especialmente nas áreas da educação, da promoção da coesão social e da estabilidade da região".
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