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A esperança que vem das ruas e dos lixões. Artigo de Francisco de Aquino Júnior

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27 Junho 2025

"Nessa luta cotidiana pela vida há como que uma “santidade primordial”. Não é a santidade das “virtudes heroicas”, das coisas extraordinárias ou dos altares, mas a santidade de uma vida verdadeiramente heroica, cujo milagre maior é viver e dar vida em situações extremas de pobreza, violência e exclusão", escreve Francisco de Aquino Júnior.

Francisco de Aquino Júnior é presbítero da Diocese de Limoeiro do Norte – CE; professor de teologia da Faculdade Católica de Fortaleza (FCF) e da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP).

Eis o artigo.

A vida humana é movida pela esperança. Ninguém vive sem esperança. Pode até ser uma esperança ferida, machucada, destroçada pelas injustiças e pelos sofrimentos, mas nunca completamente vencida... Sempre resta uma gota ou faísca de esperança que rega os desertos da vida e aquece os corações... Sem esperança a vida humana seria impossível. A esperança é a força que levanta e mobiliza as pessoas para buscar e construir possibilidades de reprodução material da vida, de relações saudáveis, de conquista e garantia de direitos, de sentido para a vida, de gosto e alegria de viver.

É fácil falar de esperança quando tudo parece dar certo, onde há muitas conquistas e sucessos. Mas quando tudo ou quase tudo parece dar errado, quando falta até o “pão de cada dia”, quando se não vê perspectivas de melhoria e quando a vida parece não ter mais sentido? Mesmo nessas situações limites de injustiça, sofrimento e quase des-espero, há esperança que mobiliza, recicla e recria a vida: “Esperança do verbo esperançar”!

Basta ver as pessoas que vivem nas ruas e nos lixões de nossas cidades. Uma multidão de pessoas (invisibilizadas!) em situação limite de bens materiais, que sofre todo tipo de violência e exclusão e que quase não vê perspectivas de mudança. Estudos da Universidade Federal de Minas Gerais falam de mais de 335 mil pessoas vivendo em situação de rua no Brasil. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Brasil tem mais de 800 mil catadores/as de material reciclável. Mas nas ruas e nos lixões há muita vida, muita criatividade e muita esperança. Não é a esperança fácil do “vai dar tudo certo”. É uma esperança regada e provada na luta cotidiana pela sobrevivência, na solidariedade de vida ou morte, nas alternativas de trabalho e moradia, nas relações entre “tapas e beijos”, nas organizações de base e nas lutas por direitos, na confiança em Deus e na alegria que faz rir e dançar sobre a dor...

É impressionante a força e a criatividade para conquistar o “pão de cada dia” nas ruas e nos lixões. Faz-se de tudo para se manter vivo... Há uma economia vital que se desenvolve numa variedade de atividades: mendicância, solidariedade de grupos religiosos e sociais, biscate (fazer um bico), catação de material reciclável, políticas públicas para a população em situação de rua e catadores/as de material reciclável. Além garantir o mínimo para a sobrevivência dessa população, tem um impacto significativo na economia local: seja no mercado de trabalho em sua forma mais precarizada e explorada, seja no volume de recursos que injeta no comércio local, seja no mercado de reciclagem, onde é responsável por 90% de todo material coletado no Brasil.

Embora a situação limite de sobrevivência leve muitas vezes a um “salve-se quem puder” ou “cada um por si” e seja marcada por conflitos, disputas e violências, há uma solidariedade de vida ou morte nas ruas e nos lixões. Ela se concretiza na partilha de alimentos, cigarro e cachaça, no cuidado de pessoas enfermas, nas amizades, nos namoros e casamentos, nos grupos de trabalho e de rua, nas conversas, nos risos, choros e festas... Tudo isso ajuda satisfazer as necessidades materiais, romper a solidão, criar vínculos, enfrentar as dificuldades, suportar o peso da vida, sentir gosto e alegria na vida. Não se deve idealizar ou romantizar essas coisas como se fosse tudo “mil maravilhas”, mas tampouco se deve banalizar sua importância vital nas ruas e nos lixões.

Quando as pessoas que vivem nas ruas e nos lixões se articulam em comunidades e associações e se organizam como movimento da população de rua e de catadores/as de material reciclável constituem-se como sujeitos políticos na luta por seus direitos. Além de fortalecer a solidariedade cotidiana e potencializar sua atividade econômica, constitui-se como força política que reivindica respostas políticas para os problemas da população em situação de rua e dos catadores de material reciclável. Graças a essas organizações, há muitas conquistas de moradia, reconhecimento da profissão, políticas públicas para catadores, inclusão na coleta seletiva etc. Mas há muitas reivindicações: equipamentos públicos, pagamento pelo serviço, não privatização dos resíduos, aposentadoria etc.

Um aspecto fundamental nas ruas e nos lixões é a relação profunda e intensa com Deus. Não só porque aí se fala muito de Deus e porque grande parte do povo que vive nas ruas e nos lixões se reconhece como pessoas crentes vinculadas a alguma Igreja ou religião, mas, sobretudo, porque na luta cotidiana para viver e ajudar os outros a viverem se responde ao chamado de Deus ou à vocação fundamental de todo ser humano que é viver e dar vida. Nessa luta cotidiana pela vida há como que uma “santidade primordial”. Não é a santidade das “virtudes heroicas”, das coisas extraordinárias ou dos altares, mas a santidade de uma vida verdadeiramente heroica, cujo milagre maior é viver e dar vida em situações extremas de pobreza, violência e exclusão.

Tudo isso é expressão da vitalidade que há nas ruas e nos lixões e da esperança ativa e criativa que mobiliza o povo na luta cotidiana pela vida. Mas, em última instância, é obra do Espírito de Deus que “atua a partir de baixo” e, nessa luta pela sobrevivência, vai como que reciclando e recriando a vida nas ruas e nos lixões, gerando vida e esperança onde parece só haver morte e desespero. É o Espírito Santo de Deus que sustenta e mobiliza a Esperança dos pobres – “Esperança contra toda esperança”...

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  • Deus é catador/a. Artigo de Francisco de Aquino Júnior

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