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Rafah, a passagem onde a humanidade esbarra: “Do outro lado é um campo de concentração, as pessoas morrem de fome”

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21 Mai 2025

Yousef Hamdouna não fala. Ele ouve Malah, a irmã que não pôde abraçar há um ano e meio. E chora. Ela está em Gaza, ele na passagem de Rafah, a fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza onde a humanidade esbarra. Em frente à fronteira selada a mando do governo israelense, Yousef Hamdouna está tentando unir a família despedaçada. Pouco mais de trinta quilômetros separam o irmão e a irmã, mas eles não podem fazer nada além de falar ao telefone e tentar conversar enquanto as bombas caem ao seu redor.

A reportagem é de Flavia Amabile, publicada por La Stampa, 19-05-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

A garotinha cheia de sonhos com a qual brincava quando crianças se tornou uma mulher que perdeu toda a esperança. "Sei que há pessoas que estão tentando fazer alguma coisa. Agradeça a elas, mas não há mais tempo agora", ela lhe diz. Não há tempo porque durante as duas horas em que a caravana da paz promovida por Aoi, Arci e Assopace Palestina, composta por parlamentares, operadores humanitários, acadêmicos e jornalistas, permaneceu parada em frente à fronteira de Rafah, são dezenas de bombas que se ouvem cair do outro lado. “E cada bomba significa mais mortos”, lembra Yousef. Não há mais tempo porque o pessoal médico que se reveza para entrar na Faixa saiu e ninguém mais entrou, como conta Sami Abu Omar, um trabalhador da ONG Acs que está dentro da Faixa, também sob a chuva de bombas dessas últimas horas.

Não há mais tempo porque, depois de um ano e meio, Rafah parece a entrada de um campo de concentração, não uma fronteira. "Ontem à noite, o vizinho da minha irmã saiu e começou a gritar para levar seus filhos e dar-lhes o que comer. Quando um pai pede para se separar de seus filhos, é o fim", conclui Yousef.

Não era assim um ano atrás. Naquela época, a estrada que levava à fronteira estava cheia de caminhões de ajuda que passavam lentamente pelo portão para levar alimentos, remédios, suprimentos hospitalares e todos os outros itens de primeira necessidade para a Faixa de Gaza. Quando a Caravana da Paz chega a Rafah, no entanto, o portão está fechado e a estrada se transformou em um corredor murado, uma fita de asfalto cercada por dois muros de concreto. Os caminhões praticamente desapareceram. Há 1.500 deles estacionados nos armazéns da Cruz Vermelha do Norte do Sinai, dois espaços que totalizam 80 metros quadrados. Além dos caminhões, há dezenas de ambulâncias retidas, milhares de caixas de remédios, alimentos e outros itens. E há também a tenda dos rejeitados, mercadorias destinadas aos palestinos que nunca receberam autorização para serem enviadas e ficaram no Egito. Empilhados sob a tenda, há kits de primeiros socorros, geradores, cadeiras de rodas, muletas, cilindros de oxigênio, máquinas de raio X, camas para sala de cirurgia, filtros para tornar a água potável, máscaras de oxigênio, lanternas elétricas. Tudo o que permitiria que os doentes recebessem tratamento e que os habitantes da Faixa pudessem beber, ter luz, o mínimo necessário para a sobrevivência. “Esses itens são barrados porque contêm materiais proibidos pelo governo israelense”, explica Lofty S. Gheith, gerente de operações da Cruz Vermelha do Sinai. Os materiais proibidos são, em primeiro lugar, metais que poderiam ser derretidos para a fabricação de armas, ou facas e tesouras que poderiam ser usadas como objetos contundentes. Ou, ainda, painéis solares e carbono.

O chefe da Cruz Vermelha enfatiza várias vezes que “as portas do Egito estão abertas, nossos caminhões e motoristas preparados para isso se organizaram para enviar ajuda assim que a fronteira estiver novamente transitável”. Ninguém responde à pergunta de quantas mercadorias foram perdidas nos dois meses de bloqueio de parte do governo israelense. A Cruz Vermelha do Sinai garante que “quando os medicamentos estão prestes a vencer, são entregues aos palestinos que estão no Egito”.

“As ajudas existem, mas o governo de Netanyahu está impedindo que cheguem à população porque, na verdade, quer fazê-la morrer de fome, de sede e de doenças incuráveis”, acusa Laura Boldrini, deputada do Pd ontem em Rafah com a caravana. "Não deixar entrar produtos como água, pão ou máscaras de oxigênio é um crime de guerra. É por isso que denunciamos a cumplicidade dos governantes e das instituições europeias", conclui.

“Parem a cumplicidade” é uma das faixas e slogans gritados ontem diante dos portões fechados de Rafah pelos membros da caravana. No chão, havia bonecos para as crianças, mas também as fotos dos líderes da UE considerados cúmplices. “Todos, exceto os líderes da Espanha e da Irlanda, que pediram o reconhecimento do Estado palestino”, explica Alfio Nicotra, copresidente da associação Un ponte per. “O governo Meloni optou deliberadamente por não intervir”, acusa a caravana em um comunicado. Nunca na história da humanidade, regida pelo direito internacional, um país negou o envio das ajudas a outro atacado por tanto tempo e para uma população que depende inteiramente delas“, ressalta Marco Grimaldi, deputado da Avs. ”O tempo acabou, é preciso agir agora, esse é um apocalipse", conclui Walter Massa, presidente da Arci.

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