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A vertigem da adolescência. Comentário de José Geraldo Couto

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15 Abril 2025

A série Adolescência faz do plano-sequência não um fetiche, mas recurso potente para mostrar atordoamentos, labirintos, embates… E omitir a catarse (o julgamento do caso) incita a pensar sobre como o mal floresce no mundo contemporâneo, para além de um indivíduo.

O comentário é de José Geraldo Couto, jornalista e crítico de cinema, publicado por Outras Palavras, 10-04-2025.

Eis o comentário.

Os leitores habituais deste blog sabem que nossa prioridade absoluta são os filmes exibidos nos cinemas, mas excepcionalmente uma obra lançada no streaming justifica, por um ou outro motivo, sua presença aqui. É o caso, agora, de Adolescência, microssérie da Netflix, escrita por Stephen Graham e Jack Thorne e dirigida por Philip Barantini.

Como se sabe, trata-se da história, narrada em quatro episódios, de um garoto inglês de 13 anos condenado pelo assassinato de uma colega de escola. O garoto em questão é Jamie Miller (Owen Cooper), filho do encanador Eddie Miller (Stephen Graham, um dos roteiristas) e estudante de um colégio público de bairro popular. Ao falar dele, alguns spoilers serão inevitáveis.

Usos do plano-sequência

O que torna Adolescência um fenômeno singular, além do apelo urgente e dramático de seu tema e da excelência da produção, é sua opção formal pela tomada contínua, sem cortes, de cada um dos episódios. É o chamado plano-sequência, usado ocasionalmente no cinema em contraposição à habitual decupagem clássica, que fragmenta cada cena em diversos cortes e pontos de vista.

Considerado uma marca do cinema moderno, o plano-sequência tem sido usado desde os anos 1930 com os mais diversos propósitos expressivos. Um caso pioneiro é a esplêndida abertura de Scarface (Howard Hawks, 1932) e a experiência mais radical e paradigmática é Festim diabólico (Alfred Hitchcock, 1948), primeiro longa-metragem que simula (mediante truques engenhosos) uma única tomada contínua. Desde então um punhado de cineastas brilhantes (Welles, Antonioni, De Palma, Altman) adotou o recurso, cada um à sua maneira e com finalidades próprias.

No caso de Adolescência, houve quem acusasse os realizadores de usar o plano-sequência como um fetiche, uma bossa exibicionista e desnecessária. Estou aqui para discordar.

Em Adolescência, a meu ver, cada episódio se serve do plano-sequência com um propósito diferente. No primeiro, que encadeia num único fôlego a invasão da casa de Jamie, sua condução à delegacia e a todos os trâmites e situações que nos apresentam um fato brutal de maneira igualmente brutal, o efeito é de atordoamento e de sufoco. Somos lançados no meio da voragem, sem tempo para respirar e espairecer.

Labirinto de perigos

O segundo episódio, que mostra a visita do inspetor policial Luke Bascombe (Ashley Walters) e sua colega (Faye Marsay) ao colégio de Jamie, retrata a escola como um labirinto fervilhante de surpresas e perigos, feito de bullying, afronta e indisciplina. Ao passar sem cerimônia de um ambiente a outro, de um grupo a outro de personagens, a câmera nos deixa sempre a sensação de que há algo acontecendo às nossas costas, um evento ou sentido que nos escapa. É ali, pressentimos, que nasce o perigo, potencializado pela internet, como indica o filho do policial Bascombe, ele próprio vítima da violência reinante.

Totalmente diversa é a utilização do plano-sequência no terceiro episódio, ocupado em sua maior parte pela entrevista entre Jamie e a psicóloga (Erin Doherty) encarregada de procurar entendê-lo. Aqui a tomada contínua serve a um adensamento quase insuportável da atmosfera de embate entre duas mentes, duas vivências, duas sensibilidades. A percepção do tempo real intensifica a tensão, o desconforto e a imprevisibilidade da cena. É, antes de tudo, um duelo entre duas atuações fabulosas. (Chocante é saber que se trata da primeira experiência cinematográfica do garoto Owen Cooper.)

O quarto e último episódio, dedicado aos efeitos da tragédia na família de Jamie (pai, mãe e irmã) e em sua relação com o entorno, é o único que talvez não perdesse muito de sua eficácia se fosse narrado mediante a montagem tradicional. Mas é possível que, nesse caso, a quebra de coesão formal incomodasse o espectador e soasse como uma rendição ou traição.

Sem catarse

Um mérito adicional de Adolescência está naquilo que ele nos omite: o julgamento do caso. As cenas de tribunal costumam ser o momento catártico em que o público se extasia porque vê a justiça sendo feita ou se indigna por vê-la desrespeitada. Um contra-exemplo como o excepcional Anatomia de uma queda (Justine Triet, 2023) é isso mesmo: excepcional.

Adolescência, ao nos negar a satisfação vicária de ver os maus serem punidos e o bem vencer, nos incita a pensar na natureza e origem do mal, no modo como ele viceja e floresce no mundo contemporâneo, sem reduzir a questão à disfunção moral ou psíquica de um indivíduo ou de um grupo de indivíduos. Por um momento – ou por quatro horas – somos todos o enigma Jamie, mas também somos seu pai, a psicóloga, o inspetor policial, a menina morta, sua família… Todos unidos no espanto e na consciência vertiginosa da fragilidade da vida humana nestes tempos conflagrados.

Leia mais

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