"O estado de exceção está sendo utilizado em El Salvador para governar com base no medo." Entrevista com Ivania Cruz

Foto: Wikimedia Commons; Reprodução | Edição: Alexandre Francisco

31 Março 2025

A esta defensora de direitos humanos e comunitários invadiram sua casa enquanto ela estava em uma viagem internacional. Do exterior, denuncia a perseguição do governo salvadorenho à sua organização e às comunidades que defende.

Ivania Cruz é advogada e defensora dos direitos humanos em El Salvador. Ela faz parte da Unidade de Defesa dos Direitos Humanos e Comunitários, Unidehc, organização criada em 2019 que atua em diversas frentes. Entre elas, a defesa das comunidades diante da ameaça de despejo (atualmente atendem a oito comunidades em todo o território salvadorenho) e a defesa contra as detenções arbitrárias impostas pelo regime de exceção instaurado pelo presidente Nayib Bukele, em 2022. A Unidehc defendeu mais de 100 pessoas e, embora tenha conseguido liberar apenas 19, também tem se dedicado a reunir os depoimentos de pessoas sem antecedentes criminais que estiveram nos centros penitenciários do país.

Outras áreas de atuação que preocupam a Unidehc incluem o aumento da perseguição política a sindicalistas, líderes comunitários, ambientalistas e opositores políticos, além do combate à corrupção, sendo uma das poucas organizações que denunciaram funcionários do governo de Bukele.

Além de sua trajetória profissional, Ivania Cruz tem sido uma vítima direta do atual governo. Seu irmão foi um dos primeiros prisioneiros políticos do país. Isso a tornou porta-voz das demandas dos presos políticos em 2021, ou seja, foi um dos primeiros rostos em El Salvador a levantar a voz quando não havia organizações que o fizessem, no contexto da maior popularidade de Bukele. "Hoje, estamos vivendo uma ditadura. O presidente se reelegeu de forma inconstitucional e trouxe grandes retrocessos em El Salvador no que se refere à democracia e à violação dos direitos humanos", afirma em conversa com El Salto.

A entrevista é de Susana Albarrán Méndez, publicada por El Salto, 27-03-2025.

Eis a entrevista.

E qual é a sua situação atual? Porque você também teve que sair do seu país.

Eu te conto que, nessa trajetória de incidência, tive que lutar tanto no território quanto na esfera internacional. Nas viagens, esta é minha quarta vez aqui na Espanha com diferentes organizações e movimentos sindicais. O tema político foi discutido no Congresso dos Deputados daqui, assim como nos parlamentos do País Basco, na Costa Rica, em Washington, etc.

Por que não é possível?

Bem, obviamente fomos muito corajosos ao denunciar a corrupção do Governo. O que a Unidehc fez foi ir à Procuradoria, à Procuradoria para a Defesa dos Direitos Humanos, à Corte Suprema de Justiça. Ativamos todos os mecanismos legais e deixamos o sistema exposto, porque não há investigação da denúncia e não há devido processo. E, em vez de enfrentar essa situação, o que fazem é nos criminalizar para não dar resposta a todas as vítimas que trazemos à justiça e é uma maneira de calar as vozes. E não é apenas um ataque aos membros da Unidehc, mas também às pessoas que representamos.

São muitos casos emblemáticos em El Salvador, como o caso Cosavi, que envolve uma grande corrupção do governo, e nossa organização estava dando assistência legal a mais de 125 pessoas de quase 10.000 afetados, pessoas idosas que perderam todas as economias de suas vidas porque o Governo as tomou.

O Cosavi são pensões?

Sim, pensões, economias. Estamos falando de uma cooperativa cujos donos são os associados, mas a Superintendência, o sistema financeiro, que é uma instituição governamental, sequestrou a cooperativa. Ali, pode-se comprovar por que, nessa cooperativa, o partido de Novas Ideias, que é o partido do governo, adquiriu empréstimos para a campanha de Bukele. Muitos dos nomes de funcionários do governo atual aparecem nessa cooperativa, por corrupção. Então, como Unidehc, tínhamos casos muito emblemáticos no país, que, obviamente, são um ataque político que tentaram realizar.

Além de que os afetados não estão recebendo os juros dessas economias, o Ministério da Fazenda está levando um percentual delas, é isso?

De cada uma das pessoas, 10%, além de não darem resposta sobre o tema das suas economias. Ali, não se está afetando apenas aquela pessoa que tem suas economias, uma pessoa comum, mas também grandes empresários com milhões de dólares nessa cooperativa. Começaram a devolver em camadas, ou seja, as pessoas que tinham 30.000 dólares economizados, esses devolveram, mas sem juros, ou seja, devolveram seu capital, mas os juros que por direito lhes correspondem, não. E para aquelas pessoas que têm mais de 30.000, ainda não devolveram.

Esta é uma problemática bem complicada, porque a situação foi exposta até ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Mesmo assim, o fundo fez negociações com o governo salvadorenho, mas dentro das recomendações do FMI, ele inclui um artigo referente ao caso, no qual estão pedindo transparência e que combatam a corrupção de seu próprio governo. Porque quando Bukele fala em combater a corrupção, sempre fala do passado, de seus opositores, mas nunca a relaciona com seu governo atual.

Outro caso emblemático que vocês estão acompanhando é o de La Floresta, pelo qual seu companheiro foi detido, não é? Pode nos contar do que se trata?

O caso La Floresta é de uma comunidade formada por veteranos e ex-combatentes da guerrilha que começaram a ocupar essas terras desde 1992. Estamos falando de pessoas de recursos limitados e suas morações ainda são feitas de chapas de metal e adobe. Muitas outras pessoas moram lá há 15, 12 anos. Esse terreno era da reforma agrária, mas a nível nacional há um problema de terras e legalizações, e a própria pobreza faz com que, em um local abandonado, as pessoas comecem a se instalar.

O empresário que era dono dessas terras saiu do país, foi morar nos Estados Unidos e, por 15 anos, ele soube e permitiu que o terreno fosse ocupado. Agora, esse empresário quer retomar a posse e entrou em conversas com a ministra de Habitação, Michelle Sol, que é prima da esposa de Bukele, para criar um projeto habitacional. Nesse sentido, em vez de seguir o devido processo, se eu, como empresário, sei que há pessoas morando ali, deveria pedir uma ordem judicial para o despejo, pois ele ainda tem direitos sobre as terras, ninguém nega isso. Mas, ao invés disso, chegaram com máquinas pesadas e destruíram 20 casas, com crianças presentes.

A comunidade se organizou e denunciou. Nós, da Unidehc, ainda não estávamos prestando assistência. Em maio de 2024, eles fizeram a primeira denúncia por ameaças, já que o empresário havia dito que, se não saíssem do terreno, os denunciaria. Então, fizeram a denúncia pelos danos causados. Em agosto do ano passado, líderes da comunidade procuraram a Unidade para assistência legal. Fizemos a pesquisa no registro de propriedades e verificamos que, de fato, algumas dessas pessoas apareciam como possuidoras, embora o dono fosse outro, e que a lei no país fala sobre um processo de prescrição. Esse é o termo legal que diz que, se uma pessoa tem dez anos – ininterruptos – de estar de forma permanente e pacífica em um terreno, ela pode ter direito a um título de propriedade, mas isso precisa ser determinado por um juiz.

Dissemos às pessoas que algumas delas, sim, tinham documentos que respaldavam a posse e tinham direito também. Mas quem vai resolver o conflito de posse entre o empresário e os habitantes? Um juiz civil? Esse é o órgão adequado, pois é uma questão de propriedade. Então, a Procuradoria entra no caso e começa a criar situações com o objetivo de despejar essas pessoas, e é assim que nasce o caso de La Floresta. Eles detiveram essas 24 pessoas, mas também é um exemplo com o qual o Governo tenta amedrontar, pois não é por acaso que, após os despejos de La Floresta, começaram os despejos no Centro Histórico de San Salvador, notificando as pessoas que tinham apenas 24 horas para se retirar.

Então, Fidel Zavala se tornou o porta-voz dessas detenções arbitrárias e, em 9 de fevereiro, detiveram dois líderes de La Floresta. Em 25 de fevereiro, Fidel denunciou à Procuradoria dos Direitos Humanos a captura desses líderes e, nesse mesmo dia, às 16h, invadiram as dependências da Unidade e capturaram Fidel Zavala.

Qual análise vocês fazem desse caso?

Aqui vemos três mecanismos. O tema dos desalojos é para, obviamente, oprimir o povo porque há um projeto habitacional e um interesse econômico aí. Por outro lado, o de Fidel Zavala é uma vingança política porque ele denunciou e expôs toda essa situação em centros penais, e a Fiscalía e as autoridades, em vez de utilizar seu testemunho por muitas mortes que há em centros penais, e ele ter sido testemunha disso, o que fazem é calar sua voz dessa maneira. Agora, Fidel está em uma delegação policial, mas corre risco sua vida se for transferido para um centro penal porque vai para os verdugos, vai para exatamente as pessoas que ele denunciou. E, por outro lado, a perseguição à organização que estava causando desconforto ao governo.

Conhece-se o sistema carcerário de El Salvador pela propaganda que o Governo de Bukele faz de sua macrocárcere (Cecot) e pelo recente “transferimento” de cidadãos de origem venezuelana expulsos dos Estados Unidos, no entanto, é no resto das prisões onde se cometem crimes de lesa humanidade, é assim?

Sim, isso é muito interessante porque são nove centros penitenciários, e no Centro de Confinamento do Terrorismo, Cecot, apenas duas pessoas foram registradas como falecidas, e de acordo com a alegação, por insuficiência renal. Mas há mais de 500 mortes nos outros oito centros penitenciários, e quando você começa a ver as pessoas que morreram, percebe que são pessoas processadas, sem condenação e sem antecedentes criminais. Ou seja, as pessoas que estão morrendo são as inocentes, não os criminosos.

O Cecot é visto como um tema publicitário para gerar a imagem que Bukele tem tentado criar internacionalmente, e temos manifestado que ele faz parecer um centro turístico. Youtubers e meios internacionais tiveram acesso à macrocárcere, mas os noticiários nacionais não. Sobre os outros centros penitenciários, ninguém diz nada porque querem focar a atenção no Cecot, e também porque faz parte do Pacto de trégua entre Bukele e as gangues, já que as condições dessa prisão são muito diferentes das dos outros centros penitenciários.

Então, dizemos que quem está no Cecot, desde o início, não são os capturados pelo regime de exceção, mas prisioneiros condenados com 40, 50 anos ou mais, que estavam antes na prisão de segurança máxima de Zacatecoluca. Por isso dizemos que faz parte da trégua. A resposta também está no tema dos imigrantes: como é possível que a superlotação nos outros centros penitenciários estivesse no limite, mas no Cecot havia espaço?

Achamos que isso já estava reservado para um plano, uma agenda política, e não é coincidência que, após a visita de Marco Rubio, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, e a chegada de Donald Trump, isso tenha

Para mim, Donald Trump, Bukele ou Milei não são modelos por si mesmos, mas representam o modelo fascista, só que agora é a vez deles. Ser imigrante não é crime, mas estão criminalizando isso. É um exemplo de medo que Trump quer passar para dizer ao imigrante: 'se você passar pelas minhas fronteiras, isso pode acontecer com você', esse é o recado. E também está a estigmatização, de uma tatuagem, da forma de vestir, até mesmo da nacionalidade que você tem. Não é por acaso que são precisamente imigrantes da Venezuela os que estão sendo expulsos, quando sabemos que existe uma diferença política entre esses países. Mas digo, hoje é a Venezuela, amanhã pode ser o Chile, depois pode ser a Colômbia. É um problema mundial que está provocando conflito internacional, porque o que acontece com o direito?

Entendemos que há aí um troca de favores entre os Estados Unidos e o governo de Bukele, não é?

Claro, além do modelo fascista, o que eles estão implementando é um negócio, porque estão dizendo: "Eu te pago para que você mantenha essas pessoas encarceradas". Parece que El Salvador agora é o Guantánamo, porque essas pessoas, sob qual tribunal vão estar sujeitas? Elas não foram condenadas nem nos Estados Unidos nem em El Salvador. Então, aqui estamos falando também de um conflito de Direito Internacional, além de todas as violações de direitos humanos.

Apesar de tudo, existe em El Salvador uma ampla resistência cidadã e as pessoas continuam saindo às ruas. Você pode nos contar sobre essas resistências?

Eu fui testemunha de como tem avançado essa resistência. Quando em 2021 Bukele já era presidente e tinha a maioria na Assembleia, ele deu um golpe de Estado na Corte Suprema de Justiça e tirou o procurador, ou seja, naquele momento em que ele consolida sua ditadura, não havia organização. Fomos nós, os próprios familiares dos presos políticos, que nos organizamos. Sempre existiram organizações feministas e de direitos humanos muito conhecidas e começou a se formar uma unidade. Então, foi criado o bloco Resistência e Rebeldia Popular, que reúne 37 organizações, e começam as primeiras manifestações com 500 pessoas.

Havia medo, isso era perceptível. Mas em 2022, com o estado de exceção, surgem novos movimentos pelas vítimas desse regime. Por exemplo, agora, com a questão da mineração, uma organização que há anos defende o meio ambiente, a ADES, além da comunidade de Santa Marta e outras. Eu fui testemunha de como, entre 2022 e 2023, aumentou o nível de manifestação, apesar das ameaças do governo, que dizia que no 1º de maio quem marcharia seriam os familiares dos pandilleros, e essa era uma data, obviamente simbólica para os trabalhadores, e as pessoas sempre marcharam. Então, de 500 pessoas, tivemos marchas de 10.000, 12.000-15.000. As ruas perderam o medo de Bukele, e por quê? Porque estamos sob regime de exceção, sob perseguição política, com a detenção de muitos companheiros e companheiras, e ainda assim, as pessoas saem... isso significa que quanto mais repressão, mais luta, que mesmo sob um governo ditatorial, há resistência e ela está se manifestando de forma muito constante.

Se eu já não acredito nas pessoas, na institucionalidade nem no marco da lei, porque tudo está sujeito ao poder, as ruas são do povo e temos o lema de "só o povo salva o povo", e é nesse contexto que a resistência tem avançado. Agora, por exemplo, muitos companheiros no México e em outros países nos vimos obrigados a nos exilar. Mas sabemos que isso fazia parte dos sacrifícios pelo que estávamos fazendo no território e, em algum momento, pensamos "quando será a nossa vez".

E é difícil dizer isso porque agora estamos enfrentando isso na pele, mas lá temos uma responsabilidade e por isso não nos calamos, apesar do que possam fazer conosco. E é que há muita gente que acredita em nós, muita gente que agora diz, bom, se está lá, levante a voz por nós, não nos abandone, você tem sido um referencial para nossa denúncia. Então, quando as pessoas dizem isso, há uma responsabilidade muito maior. E você diz, bem, a trincheira mudou, agora não vou fazer isso no país, agora estou fazendo isso a nível internacional, mas a causa não pode ser abandonada.

Isso também dizemos diretamente a Bukele, que não se trata de pessoas. Hoje pode ser Fidel Zavala, que obviamente também optou por um sacrifício. O ataque pode ser agora Ivania Cruz ou Rudy Joya, mas amanhã serão outras pessoas, porque a causa simplesmente se transfere para outros porta-vozes e isso não vai tirar a incompetência do governo diante das violações de direitos humanos e da falta de democracia, que obviamente está muito questionada, muito limitada. A história se repete. El Salvador já passou por uma ditadura militar, houve mártires, houve sacrifícios, houve acordos de paz. Agora estamos vivendo outra etapa e, infelizmente, o povo que não conhece sua história está condenado a repeti-la. Estamos repetindo isso por termos dado poder total.

E como está a popularidade de Bukele agora?

A verdade é que ele teve um desgaste em sua popularidade muito mais rápido do que imaginávamos, porque ele chegou com a imagem de um presidente jovem, millennial, que usa as redes sociais e que acabou com o bipartidarismo em El Salvador, e sua popularidade estava com uma nota nove. Agora, na última pesquisa da UCA, com o tema da mineração, Bukele tirou uma nota sete. Também com o tema da segurança que ele vendeu a seu favor, quando foi revelado que ele liberou dez pandilleros que foram capturados no México e que alguns estão nos Estados Unidos, e toda essa trégua do Cecot, tudo isso trouxe como consequência seu desgaste.

Na reeleição de Bukele, inclusive, o maior vencedor foi a abstenção, porque foi a eleição com a menor participação de eleitores em todo o território. As comunidades estavam militarizadas e quem decidiu o voto foi a participação no exterior. Aqui em Madrid, as pessoas faziam fila no consulado para votar e em outros países da diáspora também. Nos Estados Unidos foi onde mais votaram por Bukele, mas também foi gerado um mecanismo de fraude: pessoas que votaram com DNI ou passaporte vencido, pessoas que até conseguiram votar duas vezes. Todo um sistema controlado pelos seus especialistas. Vemos que Bukele tem medo de continuar utilizando esses métodos e também tem medo da voz que representamos. Para nós, há três erros políticos de Bukele a nível global: o primeiro foi o Bitcoin, o segundo, reverter a questão da mineração, e o terceiro, esse trato com os Estados Unidos e os imigrantes. Com essas três causas, a popularidade dele está caindo com muito mais força para o presidente.

Nos últimos dias, foi comemorado o 45º aniversário do assassinato de Monseñor Romero, uma figura tão importante para crentes e não crentes, não apenas pela forma como ocorreu seu assassinato, mas também por seu trabalho com sua comunidade e com o país naquela época. Você pode nos ajudar a resgatar um pouco dessa memória, já que o governo salvadorenho atual quer apagar, de uma vez, a memória histórica do país?

O caso de Dom Romero que nos inspira é que, enquanto a verdade e a justiça estiverem ao seu lado, devemos ser a voz dos sem voz, como ele dizia. Essa inspiração é muito difícil de apagar. Bukele tem tentado apagar a história, eliminando monumentos que representam a luta, como o monumento da Massacre do Mozote, que supostamente será reformado, mas o que ele fez foi cobrir os nomes das pessoas que morreram naquele genocídio que ocorreu em Morazán, e assim por diante. Então, Dom Romero inspira esse sacrifício que ele fez ao dizer a verdade, ao estar ao lado dos pobres, ao levantar-se, ao desafiar a Força Armada naquele contexto, quando ele manifestou o fim da repressão em uma de suas últimas homilias. E digo isso porque estamos em um contexto onde Bukele está dando o orçamento para a Força Armada.

Como salvadorenhos, não nos sentimos orgulhosos de Dom Romero apenas por ser um exemplo e um precedente no país, mas também, a nível mundial, por tê-lo feito Santo da América. E é que para nós, Dom Romero vive, porque como ele dizia entre suas causas e suas palavras, ressuscitou, e é isso que estamos replicando. Muitos comitês em diferentes países ainda lembram seu legado e é isso que vai continuar nos inspirando, e diante disso, não pode haver retrocesso.

Quando se lembra de Dom Romero, para muitos fiéis, sabem que apenas orar não basta. É preciso lutar. As mães das vítimas do regime de exceção dizem: "Com orar, seu filho preso não vai sair, é preciso fazer algo além de pedir". Essa é a luta e essa é a inspiração, que hoje, mais do que nunca, prevalece em El Salvador o legado de Dom Romero.

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