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Os movimentos dos povos e os “processos de paz”. Artigo de Raúl Zibechi

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10 Março 2025

“O que aconteceu nestes três países [El Salvador, Guatemala e Colômbia] contrasta com a política do Exército Zapatista de Libertação Nacional – EZLN, que nunca se rendeu, não entregou as armas, continua a resistir e a construir um mundo novo. É simplesmente uma questão de ética. Nem mais, nem menos”. A reflexão é de Raúl Zibechi, jornalista e analista político uruguaio, em artigo publicado por Desde Abajo, 07-03-2025. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Temos, na América Latina, uma longa experiência em processos de paz, abrangendo nada menos que três décadas. Refiro-me às negociações entre as guerrilhas de El Salvador e da Guatemala com os respectivos governos e, mais recentemente, as FARC colombianas. Interessa-me especialmente refletir muito brevemente sobre como estes processos influenciaram os movimentos dos povos.

Os Acordos de Paz de Chapultepec foram assinados em janeiro de 1992 entre a Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN) e o governo salvadorenho, para pôr fim a uma guerra que ceifou 75.000 vidas, a grande maioria delas camponeses. Foram criadas algumas instituições, como a Procuradoria-Geral de Defesa dos Direitos Humanos, o Tribunal Superior Eleitoral e a Polícia Nacional Civil, nas quais estavam inseridos os guerrilheiros desmobilizados e os paramilitares.

Algumas terras foram distribuídas a famílias camponesas, mas a oligarquia latifundiária não vivia mais em suas fazendas porque fugira durante a guerra. Embora a democratização do país tenha sido acordada, após três décadas observamos que não houve avanços, mas retrocessos que possibilitaram que um personagem como Nayib Bukele chegasse ao governo, numa sociedade temida pela violência criminosa.

O mais importante, porém, é que o mais poderoso movimento popular da região colapsou, durante e após a década de guerra. Embora o conflito armado tenha destruído as principais organizações camponesas e estudantis, tanto pela brutal repressão como pela política das vanguardas armadas de recrutar os seus quadros para se juntarem às guerrilhas, no final do conflito havia possibilidades de reconstrução dos movimentos.

Pude comprovar, em alguns departamentos de El Salvador, que as famílias que regressaram às cidades que tiveram que abandonar devido ao terror militar (os “repovoamentos”), começavam a recriar essas comunidades de resistência e luta através do trabalho coletivo e de empreendimentos comunitários. Mas as lideranças das “vanguardas” viraram-lhes as costas, lançaram-se na política eleitoral e não voltaram a contatar as suas bases, a não ser para lhes pedir voto.

Os Acordos de Paz da Guatemala foram assinados em dezembro de 1996, entre o governo e a União Revolucionária Nacional da Guatemala (URNG), pondo fim a um conflito que durante 36 anos causou a morte de mais de 200 mil guatemaltecos, quase todos indígenas. Os acordos eram menos ambiciosos que os salvadorenhos, sendo um dos mais importantes a proposta de reassentamento de populações deslocadas pela violência militar de “terra arrasada”.

Na Guatemala, o movimento popular demorou para se reorganizar e os povoados de raiz maia ainda hoje recordam com dor a catástrofe causada pelos repetidos massacres das suas populações. As guerrilhas montaram uma onda de insurreições por parte dos povos originários e, quando a repressão se intensificou, recuaram, deixando as comunidades indefesas contra a brutalidade militar.
As duas guerras terminaram como começaram: por decisão das “vanguardas”, sem consultar as populações.

Na Colômbia, foi assinado em 2016 um acordo entre o governo e as FARC que permitiu a inserção dos seus quadros e combatentes na vida política formal. Mas a violência não deu trégua por um segundo, já que os paramilitares e o narcotráfico (aumentados pelos guerrilheiros dissidentes) continuaram a fazer guerra às comunidades, especialmente aos povos originários do departamento de Cauca. Somente a Guarda Indígena tenta impedir a violência paramilitar estatal.

Nos três casos citados constatamos, de forma muito abreviada, algumas questões em comum.

A primeira é que as oligarquias permanecem no comando, os privilégios são mantidos e as desigualdades aumentaram. Entretanto, os setores populares são tão pobres e excluídos como eram antes da guerra.

A segunda é que, com a paz, o extrativismo venceu, especialmente a mineração multinacional, e, portanto, o capitalismo se aprofundou.

Em terceiro lugar, as sociedades estão sendo dilaceradas pela conjunção do crime organizado, do paramilitarismo e da expropriação, com a cumplicidade dos Estados que não podem ou não querem fazer nada para impedi-lo.

Em quarto lugar, os movimentos foram enfraquecidos, tanto pela guerra como pelas consequências dos processos de paz que institucionalizaram os conflitos.

É verdade que as guerras não podiam continuar, que era preciso acabar com a violência e os massacres. Mas a forma como os guerrilheiros fizeram isso soa como rendição. Em muito pouco tempo passamos de colocar toda a energia na violência para colocá-la nas urnas. Houve e há outras opções.

O que aconteceu nestes três países contrasta com a política do EZLN, que nunca se rendeu, não entregou as armas, continua a resistir e a construir um mundo novo. É simplesmente uma questão de ética. Nem mais, nem menos.

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