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A religião exibida como mercadoria política. Artigo de Marco Follini

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24 Janeiro 2025

"A distinção entre política e religião, entre o sagrado e o profano, em suma, faz parte da civilização democrática há muitos anos. E dá um sentido, até mesmo geopolítico, às muitas controvérsias que enfrenta em todo o mundo. Na maioria das vezes, Deus é solicitado a desempenhar um papel que deveria caber a seus filhos", escreve Marco Follini, Ex-Vice-presidente do Conselho de Ministros da Itália, em artigo publicado por La Stampa, 22-01-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Prezado editor, é possível que o presidente Trump realmente pense que foi Deus, em primeira pessoa, que desviou a bala que foi disparada contra ele na Pensilvânia; e que ele fez isso justamente para lhe possibilitar tornar a América ainda maior. Mas o número de vezes que o assunto foi utilizado - mais recentemente em seu discurso de posse - deixa em dúvida, no mínimo em dúvida, que sua intenção fosse mais a de sinalizar para o povo estadunidense e para o mundo que o Senhor tem um cuidado muito especial por seu destino e por sua sorte política. Algo sobre que, nós, italianos, talvez não tenhamos o direito de nos escandalizar tanto assim. Considerando que, em nossa casa, vimos recentemente líderes políticos proeminentes ostentarem sua fé e símbolos religiosos sem demasiado pudor, apresentando-se na televisão e nas mídias sociais como filhos devotos da Santa Madre Igreja. E azar, se todas essas ostentações e exibições aconteceram quase ao lado de comunicações bem mais laicas e mundanas. Quase como se as imagens de Nossa senhora e do Padre Pio fossem chamadas para fazer companhia às representações contemporâneas e muito vistosas de salames ou burrata.

O fato é que o recrutamento de Deus sob nossas bandeiras políticas, embora nobres, quase parece querer tirar algo do carisma divino. Mas, paradoxalmente, acaba tirando algo da política também. Como se ela só pudesse ser reconhecida e enobrecida por uma presença celestial. Destituída de toda virtude e induzida, quando muito, a se refugiar na celebração de uma confusão imprópria entre a cidade de Deus e a cidade terrena.

Vão dizer que é assim que gira o mundo. E que essa espécie de publicidade que a política oferece à fé faz parte, em certo sentido, da nossa modernidade um tanto barulhenta e vaidosa. Onde justamente tudo vale em função de sua ostentação, e tudo o que, em vez disso, permanece implícito ou recitado sem o fervor altissonante e comprazido mencionado acima parece quase como um ramo menor da frondosa árvore de nossos valores políticos e civis.

E, no entanto, é precisamente nessa repetição constante de que estamos com Deus e que Deus tem um cuidado muito especial conosco – justamente nós, nós mais do que os outros - que ressoam palavras de ordem antigas, muito antigas, que remontam ao tempo em que se pretendia dispor da divindade sob suas próprias bandeiras, ou quando os detentores terrenos dessa divindade pediam aos exércitos seculares que garantissem seus destinos. Dessa confusão, emergimos por mérito mútuo. E seria um grande salto para trás se voltássemos a mergulhar nessa confusão.

Ora, não quero bancar o nostálgico democrata cristão, já que em minhas paragens havia exemplos nobres dessa distinção e também exemplos menos nobres de alguma confusão no assunto. Mas o fato é que quando, na Assembleia Constituinte, um grande deputado da DC, Giorgio La Pira, propôs uma emenda pela qual a lei fundamental seria promulgada “em nome de Deus”, foram seus colegas de partido, todos ou quase todos, que rejeitaram sua intenção. Explicando a ele, não sem uma pitada de perfídia, que Deus não poderia ser posto em votação. Ainda mais nas votações de uma assembleia em que os democratas-cristãos não tinham maioria.

A distinção entre política e religião, entre o sagrado e o profano, em suma, faz parte da civilização democrática há muitos anos. E dá um sentido, até mesmo geopolítico, às muitas controvérsias que enfrenta em todo o mundo. Na maioria das vezes, Deus é solicitado a desempenhar um papel que deveria caber a seus filhos.

Nosso credo e nossa história nos dizem, ao contrário, que Deus nos inspira, mas não nos governa. E que, se algum dia ele se envolver na política, podemos ter certeza de que o faria de maneira tão discreta que ninguém poderia se gabar disso. 

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