16 Janeiro 2025
O Hospital Anglicano Al-Ahli, em Gaza, foi atingido, no dia 29 de dezembro, por ataque de artilharia israelense. O quarto andar do prédio, onde funcionava a clínica ortopédica do hospital e um centro de tratamento de quimioterapia, ficou completamente destruído.
A reportagem é de Edelberto Behs.
O que é que cristãos, zelosos no apoio ao Estado de Israel, têm a dizer depois desse ataque a uma instituição hospitalar mantida por uma denominação cristã? Ou será que anglicanos não pertencem ao ramo do cristianismo? E que não há cristãos palestinos em Gaza?
A Federação Luterana Mundial (FLM) condenou o ataque e expressou “profunda preocupação com o desrespeito contínuo pela falta de proteção de hospitais e instalações médicas. Lembrou, em declaração pública, que o Direito Internacional Humanitário proíbe ataques a hospitais e locais dedicados ao cuidado de doentes e feridos.
Nessa guerra em Gaza, quando foi que o Estado israelense se preocupou com ditames do Direito Humanitário Internacional, resoluções da ONU, pedidos de autoridades de toda ordem para acabar com o genocídio na Palestina?
Levantamento do Escritório da ONU para os Direitos Humanos informou que de 7 de outubro de 2023 a 30 de junho de 2024 foram registrados 136 ataques que tiveram impacto em hospitais e outras unidades de saúde.
Quantos apelos o Papa Francisco já emitiu em prol de um cessar-fogo imediato em Gaza? Ah, mas a palavra do Papa pouco ou nada significa para evangélicos fanáticos que desconhecem a história e enxerga em cada palestino um terrorista!
Mais um apelo foi proferido por Guterres depois da informação da Organização Mundial da Saúde (OMS) na sexta-feira, 10 de janeiro, que o Hospital Al-Awda – mais uma vez um hospital -, o último em funcionamento no norte de Gaza, estava com superlotação e escassez crítica de combustível e suprimentos médicos essenciais. A OMS busca alternativas de acesso para o reabastecimento e avalia a situação do Hospital Kamal Adwan, que deixou de funcionar após uma operação militar israelense.