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A violência submersa. Homens e mulheres, a coragem de ver

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27 Novembro 2024

"Há violência mesmo que não haja crime e, na maioria dos casos, de qualquer forma, trata-se de crime. Há violência em tudo que fere a dimensão íntima de uma mulher, que uma mulher sofre contra sua vontade e que limita ou condiciona sua liberdade. E mais: no espaço escavado por essa violência cotidiana - sorrateira, subestimada, muitas vezes mantida em segredo por medo, humilhação, vergonha – encontram raízes o ódio e a maldade que, como gêiseres, muitas vezes explodem no horror absoluto dos abusos, dos espancamentos e dos feminicídios". 

O artigo é de Viviana Daloiso, Antonella Mariani e Chiara Vitali, jornalistas, publicado por Avvenire, 21-11-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

Não, não é normal. Não é normal que um colega dê um tapinha na bunda de sua colega de mesa ou que, na frente de outros em uma reunião, faça piadas sobre suas roupas. Não, não é normal que um rapaz instale um rastreador no celular da namorada ou navegue pelos chats privados dela no WhatsApp. Não é normal que uma mulher, ao voltar do trabalho ou de um jantar, seja perseguida até a entrada de casa, ou que um ex-namorado a espere escondido sob o pretexto de um “último esclarecimento”. Não é normal, acima de tudo, que tudo isso seja considerado normal: “O que poderia ser?”, “Isso não é violência”, “Exagerada, é só um elogio”, “Foi você que usou uma saia curta demais”, “Mas você o provocou”. É como se, para poder falar de violência, uma mulher precisasse necessariamente ser morta, estuprada ou espancada.

Tem se discutido muito sobre isso nos últimos dias: o patriarcado não existe mais no papel, porque algumas leis que subordinavam as mulheres ao poder dos homens foram superadas (o ius corrigendi abolido em 1956, o crime de honra em 1981, o estupro que se tornou um crime contra a pessoa em 1996, quando, aliás, foi oportunamente codificada uma visão ampliada e “inclusiva” da violência sexual). Mas é inegável que - chame-o como quiser, patriarcado ou machismo, não é uma questão de definições - resiste nas dobras de nossa cultura compartilhada, nos meandros de nossa sociedade. Italianos ou estrangeiros, é uma distinção que nos desvia do assunto.

As mulheres mais velhas se lembram dos assediadores em série nos transportes públicos (hoje é violência sexual), dos exibicionistas com os sobretudos abertos sobre a nudez fora da escola (idem), dos stalkers profissionais nos parques. As mais jovens vivenciam os mesmos fantasmas e muito mais: controles obsessivos dos celulares, manipulações psicológicas, sexo extorquido com a cumplicidade de álcool e drogas, armadilhas sentimentais montadas pelos meios tradicionais e por aqueles contemporâneos das redes sociais.

Neste 25 de novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, decidimos pedir a algumas amigas, conhecidas e colegas que contassem “sua” violência. Foi em parte chocante e em parte não para nós constatar que todas tivessem um episódio de assédio ao longo de suas vidas: pequeno ou grande, ele as marcou de várias maneiras, fazendo com que se sentissem pisoteadas, esmagadas, violadas. As histórias estão publicadas nas páginas a seguir: muitas leitoras se espelharão nelas, alguns leitores (homens) ficarão horrorizados ao pensar que suas esposas, irmãs, mães e filhas também têm, estatisticamente, uma grande probabilidade de terem passado por algo semelhante. Outros ainda - esperamos que poucos - pensarão que, afinal, há coisa pior do que ser apalpada ou perseguida até a porta de casa. E aí está, o maior erro: normalizar comportamentos que não são normais. Há violência mesmo que não haja crime e, na maioria dos casos, de qualquer forma, trata-se de crime. Há violência em tudo que fere a dimensão íntima de uma mulher, que uma mulher sofre contra sua vontade e que limita ou condiciona sua liberdade. E mais: no espaço escavado por essa violência cotidiana - sorrateira, subestimada, muitas vezes mantida em segredo por medo, humilhação, vergonha – encontram raízes o ódio e a maldade que, como gêiseres, muitas vezes explodem no horror absoluto dos abusos, dos espancamentos e dos feminicídios. É a “cultura do estupro” que resiste e degrada a nossa sociedade, minando desde as profundezas o jogo da igual dignidade entre homens e mulheres. A partir de 2017, o movimento #MeToo teve o mérito de ter deixado claro, em uma espécie de autoconsciência coletiva global e não sem alguns excessos, que as prevaricações masculinas, as chantagens e as prepotências são generalizadas, também resultado de relações de poder desiguais, e afetam uma porcentagem impressionante de mulheres. E que, no entanto, é possível reagir. Falar.

Curar. E os homens? Seu papel é crucial. Eles podem interromper os ciclos de violência nos contextos em que vivem: na família, no trabalho, na rua. Podem dar um “basta” às dinâmicas mais reacionárias, questionar seus próprios comportamentos e emoções, educar-se, formar-se, escutar.

Acreditar no que as mulheres contam, nas suas sensações e experiências, mesmo quando, por sermos diferentes, pode parecer difícil entender completamente. Até se libertar - quem ainda não o fez - dos resquícios obsoletos de uma cultura antiga, sim, patriarcal e machista. É isso que Gino Cecchettin questiona, nas páginas talvez mais íntimas e comoventes de seu livro “Cara Giulia”, sobre sua própria infância e adolescência ao lado de um pai - em muitos aspectos, filho de seu tempo - para quem as mulheres tinham apenas um lugar para se expressar, a casa, e apenas uma maneira de estar no mundo, a serviço dos homens. Somente assim, libertos, os homens podem fazer a diferença e ser realmente aliados das mulheres. E, quem sabe, talvez nesse processo eles também possam descobrir novas partes de si mesmos e, por sua vez, ser mais livres. Por Giulia Cecchettin e por todas as vítimas desses feminicídios que antes se alimentaram de pequenos abusos cotidianos, decidimos dedicar o “nosso” 25 de novembro às violências escondidas. Ou melhor, submersas. Elas devem ser reconhecidas em nossas vidas e nas vidas de quem está ao nosso lado.

Somente ao reconhecê-las, ao chamá-las pelo seu nome e ao nos convencermos de que não, não é normal que aconteçam, poderão ser eliminadas antes que resultem no irreparável.

Leia mais

  • A cada 10 minutos uma mulher morre pelas mãos do companheiro ou de um familiar, segundo relatório da ONU
  • Gino Cecchettin, o discurso no funeral da filha Giulia. Texto integral
  • Birmânia, a violência contra as mulheres como arma de guerra
  • “O patriarcado existe, negá-lo é a prova. É uma longa guerra entre modelos culturais”. Entrevista com Anna Finocchiaro
  • Propriedade e poder, nas origens do domínio masculino. Artigo de Vinzia Fiorin
  • As mulheres livres são um perigo. No Irã e não só. Artigo de Shady M. Alizadeh
  • Os usos e abusos do “gênero”. Entrevista com Judith Butler
  • “Contar é um ato político. Dados sobre feminicídios podem mudar a sociedade”. Entrevista com Catherine D'Ignazio
  • Discriminações e linguagem violenta. A política é assunto de homens. Artigo de Francesca Polizzi
  • Feminismos e religião em desafios de um encontro promissor. Artigo de Letícia Rocha
  • Sancionada Lei que pune feminicídio com até 40 anos de reclusão
  • A cada dia, quase 5 feminicídios são cometidos no Brasil
  • Em 53 dias, RS registra nove feminicídios
  • Feminicídios. Artigo de Luca Baratto
  • A “revolução” italiana sobre a violência contra as mulheres também pode pressionar o Papa. Artigo de John L. Allen Jr.
  • Feminicídios, Maschile Plurale: “Gino Cecchettin e os outros quebram a narrativa tóxica das TV”. Entrevista com Stefano Ciccone
  • “As práticas clássicas em ciência de dados fomentam o sexismo. O feminismo de dados o combate”. Entrevista com Catherine D’Ignazio

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