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Teria havido a Reforma sem Lutero?

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01 Novembro 2024

Encontra-se seu busto diante de igrejas, seu nome no hinário, e nove estados alemães até celebram hoje um feriado em homenagem ao mais famoso reformador alemão. O site Katholisch.de faz a seguinte pergunta em ocasião do Dia da Reforma: teria ocorrido uma cisão na Igreja também sem Martinho Lutero?

A reportagem é de Carolina Adams, publicada por Katholisch.de, 31-10-2024.

Triste lembrança da divisão da Igreja ou festa da libertação? No dia 31 de outubro, os católicos geralmente não celebram – mas os cristãos evangélicos, sim. Exatamente 507 anos atrás, Martinho Lutero teria afixado suas 95 teses na Igreja do Castelo de Wittenberg, marcando o ponto de partida para a Reforma, desencadeada pelo monge e teólogo alemão. Embora o ato de afixar as teses seja hoje considerado mais uma lenda, o site Katholisch.de se dedica a uma questão ainda mais intrigante: teria havido a Reforma também sem Lutero?

O fim da Idade Média foi marcado por esforços de reforma, tanto internos quanto externos à Igreja. Uma das razões para isso foi a corrente intelectual emergente do Humanismo. Após a conquista de Constantinopla em 1453, estudiosos refugiados trouxeram para a Itália um vasto acervo de textos gregos. Com a inclusão dessa literatura, desenvolveu-se o Humanismo, que se afastava nitidamente da ‘Idade Média’ e se voltava para a Antiguidade. Pesquisadores modernos divergem sobre se foi realmente uma ruptura radical ou uma contínua evolução das ideias medievais.

O Humanismo e Erasmo de Roterdã

"Para mim, há muitos indícios de que, por volta de 1500 – impulsionada também pelo Humanismo – havia um clima de reforma na Igreja', explica Matthias Pohlig, professor de História Europeia da Idade Moderna na Universidade Humboldt de Berlim. Uma de suas áreas de especialização é a historiografia contrafactual, ou seja, questões sobre o 'e se'?

O clima de reforma na Igreja foi especialmente influenciado pelo mais importante representante do Humanismo na época de Lutero: Erasmo de Roterdã. ‘Para muitas pessoas com consciência reformista, incluindo seguidores de Lutero, Erasmo de Roterdã já era anteriormente uma figura religiosa emblemática,’ enfatiza Matthias Pohlig. O erudito universal holandês foi imprescindível para o desenvolvimento da Reforma. Ele buscou colocar a Bíblia em foco e defendia uma forma prática de religiosidade. Em disputas controversas, ele frequentemente adotava uma posição particular, que Pohlig resume assim: ‘Ninguém entende todos esses problemas teológicos específicos. O que importa é o seguimento de Cristo, não uma disputa teológica sobre a questão do livre-arbítrio’.

Foi sobre essa questão que Erasmo também discutiu com Lutero. Em sua correspondência regular, ele já havia solicitado moderação a Lutero e tentado persuadi-lo de uma reforma interna da Igreja. Em seu texto "De libero arbitrio" (Sobre o livre-arbítrio), Erasmo não apenas defendeu a posição da Igreja sobre a liberdade de escolha, mas também se distanciou claramente da Reforma e rejeitou uma ruptura com o papado. Lutero viu isso como traição. No entanto, "De libero arbitrio" expressa a compreensão pela crítica reformadora à corrupção do clero, à hipocrisia da Igreja e ao comércio de indulgências.

O clima teológico

Com a ‘figura emblemática’ de Erasmo, que mantinha um diálogo próximo com seu antigo professor, o então Papa Adriano VI, o Humanismo, como movimento de reforma dentro da Igreja, contava com representantes influentes dentro da hierarquia eclesiástica.

Isso significa que, através dele ou de outros teólogos, uma reforma interna católica poderia ter sido possível em vez da Reforma – sem Lutero ou outro reformador? “Não é algo tão óbvio”, explica Pohlig. O catolicismo antes do Concílio de Trento era “extremamente diversificado” e de modo algum moldado apenas pelo Humanismo. “Havia grupos teológicos com fortes tendências hierárquicas voltadas para o papa e, ao mesmo tempo, uma forte participação laica e uma espiritualidade popular”.

O clima político-eclesiástico na época de Lutero estava impregnado pelo desejo de mudança – mas sem qualquer consenso sobre como essa mudança deveria ocorrer. Como um simples teólogo alemão pôde se destacar e se tornar uma figura-chave?

O contexto político

Não só o ambiente eclesiástico, mas também a situação social como um todo – naquela época muito menos separada do religioso do que hoje – ansiava por transformação. Em 1531, Henrique VIII rompeu com a influência papal ao fundar a Igreja Anglicana, motivado por razões de poder. Mas foi no Sacro Império Romano-Germânico que surgiram as condições ideais para uma verdadeira Reforma.

Há, sem dúvida, a ideia de que 99 por cento das coisas que Lutero disse já haviam sido ditas centenas de vezes antes. — Matthias Pohlig

O imperador Carlos V também foi aluno do então papa, Adriano VI, sendo profundamente influenciado por ele em sua religiosidade. Após a excomunhão de Lutero em 1521, impor a chamada "proscrição imperial" – que retirava todos os direitos do condenado e o declarava fora da lei – seria apenas uma formalidade. No entanto, isso foi adiado porque o imperador romano-germânico estava envolvido em guerras contra a França e o Império Otomano, passando longos períodos fora de seus domínios.

Além disso, o Sacro Império não era uma monarquia unificada como as nações vizinhas, mas formado por sete principados eleitorais com direitos territoriais próprios. Para o sucesso de Lutero, foi indispensável ter como um de seus principais apoiadores o eleitor da Saxônia, posteriormente conhecido como Frederico, o Sábio. Mesmo quando Carlos V, após a Dieta de Worms, finalmente agiu contra Lutero em nome do papa e impôs a proscrição imperial, o reformador pôde ser protegido por seus apoiadores.

A publicidade e a mídia

Outro fator essencial, uma inovação tecnológica, tornou a Reforma possível: Matthias Pohlig considera que o sucesso de Lutero teve um ponto-chave na invenção da imprensa com tipos móveis, que impulsionou o Humanismo e, mais tarde, a própria Reforma.

Saber usar esse recurso com habilidade foi, segundo Pohlig, uma realização própria de Lutero que não deve ser subestimada. Seu talento linguístico – seja como autor de escritos teológicos ou como "voz do povo" – destacou-o entre os teólogos de sua época. Embora suas ideias não fossem únicas, Lutero como pessoa não era necessariamente fácil de substituir.

Matthias Pohlig resume assim: há, sem dúvida, a ideia de que 99 por cento das coisas que Lutero disse já haviam sido ditas centenas de vezes antes. Apesar de suas realizações pessoais, a personalidade de Lutero também precisou dessa visibilidade midiática, desse contexto político e desse clima teológico para que a Reforma acontecesse da forma como ocorreu.

A história mostra que Lutero não foi o único reformador bem-sucedido de sua época, nem a Alemanha era a única nação com necessidade de mudança. Havia várias outras pessoas fora da Alemanha que, naquele período, buscavam fortemente uma renovação religiosa, de diferentes maneiras. Na verdade, também podemos incluir Inácio de Loyola entre esses nomes, explica Pohlig.

É improvável que, sem Lutero, não tivesse havido nenhuma forma de Reforma, pois outros também liam as ideias de Erasmo. Em 1522, em Zurique, Huldrych Zwingli publicou seu primeiro texto reformador contra o jejum imposto pela Igreja Romana, e, um ano depois, seiscentos representantes eclesiásticos e seculares se reuniram na primeira Disputa de Zurique. O tema: Zwinglio é um herege? Matthias Pohlig acredita que, sem Lutero, Zwinglio provavelmente teria promovido algum tipo de reforma eclesiástica em Zurique. Como ela teria se desenrolado, no entanto, é difícil de dizer.

Uma coisa é certa: os problemas da Igreja, criticados por Lutero no suposto evento das teses, já eram apontados por pessoas próximas ao papa, como Erasmo. Havia consenso entre várias correntes reformistas internas de que era hora de mudanças.

Contudo, com Lutero, veio algo além de uma simples mudança na Igreja. Seus pontos iniciais de crítica, apesar de já discutidos internamente e não tão radicalmente novos quanto pode parecer, encontraram eco no Concílio de Trento. Muitos pensamentos reformadores foram incorporados nos documentos conciliares após a cisão.

Isso não foi apenas uma tentativa de responder à Reforma, mas também de acolher certas críticas reconhecidas como legítimas e torná-las produtivas para a Igreja Romana, explica Matthias Pohlig. Ele sugere que esses pontos talvez tivessem sido ainda mais acolhidos se, ao mesmo tempo, não fosse necessário marcar uma clara distinção em relação à Reforma.

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