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15 Outubro 2024

 No último sábado, o Papa Francisco recebeu a Irmã Jeannine Gramick, cofundadora do New Ways Ministry, e um grupo de católicos transgêneros, intersexuais e aliados para uma audiência de 80 minutos em sua residência particular. Na audiência, os participantes ofereceram testemunhos pessoais ao papa.

Ao longo desta semana, o Bondings 2.0 publicará esses testemunhos na íntegra, na ordem em que foram apresentados na audiência.

O depoimento de hoje é de Nicole Santamaria, uma mulher intersexo de El Salvador que imigrou para os Estados Unidos por causa de ameaças de morte.

O depoimento de Nicole Santamaria, é publicado por New Ways Ministry, 14-10-2024.

Eis o artigo.

Meu nome é Nicole Santamaria e sou uma mulher com muitas identidades, porque sou filha, irmã, cuidadora, terapeuta, etc., mas acima de tudo nasci indígena, mulher intersexo. E por essas identidades, fui forçada a fugir e me tornei imigrante. Sim, minhas identidades oscilam entre comunidades que foram historicamente invisibilizadas, perseguidas, até mesmo exterminadas.

Eu nasci exatamente no mesmo dia em que a guerra civil estourou no meu país, El Salvador. E no meio da confusão social, medo e morte, minha mãe, uma professora e estudante de sociologia na universidade, deu à luz seu terceiro bebê, eu.

O pediatra aconselhou meus pais a “consertar o defeito”. Como havia um clitóris alongado, eles reconstruíram minha genitália para que pudessem ter um menino e fingir que nada tinha acontecido. Minha mãe, dado o contexto social, encontrou alívio em criar um menino em vez de uma menina no meio de uma guerra.

Minhas primeiras lembranças remontam a quando eu tinha três anos. Meu irmão me descobriu brincando com um vestido e as bonecas da nossa irmã. Naquele dia, meu pai me deu minha primeira surra. Ao longo dos anos, as punições por dizer que eu era uma menina aumentaram e se intensificaram. Quando meus seios começaram a se desenvolver, meu pai esquentava uma moeda e fazia pressão em meus mamilos até extrair a gordura deles. (Ele chamava isso de quebrar o mamilo.)

Entre os 11 e 12 anos, tive minha primeira menstruação. O diretor da escola jesuíta que eu frequentava me chamou de lado e perguntou se eu sabia o que estava acontecendo comigo. Eu não sabia como responder. Ele me disse: "Você sabe que os anjos não são nem homens nem mulheres. Eles apenas servem e louvam a Deus por meio de seus atos de ajudar os humanos. Toda vez que alguém disser algo doloroso para você, lembre-se de que você é como um anjo. Você tem uma missão neste mundo, louvar e servir a Deus e ao seu próximo." Suas palavras permaneceram em meu coração e, embora eu não soubesse exatamente o que estava acontecendo com meu corpo, eu sabia que eu era diferente de outros meninos e meninas.

Os anos passaram. Aos 16, me tornei independente da minha família, que era muito violenta. Mudei-me para a Costa Rica. Eu já estava começando a ouvir novas terminologias, como transexual, transgênero, travesti, etc. Encontrei uma endocrinologista, que me confundiu com uma mulher cisgênero que queria fazer a transição para um homem. Quando expliquei minha situação, ela pediu exames médicos e determinou que eu era uma mulher hermafrodita. Acontece que eu tinha um útero, ovários e um clitóris que eles tentaram passar por um pênis. Até hoje não sei quais procedimentos cirúrgicos fizeram comigo quando eu era bebê.

Em 2015, depois de fugir do meu país para trabalhar na igualdade LGBTQI+, sobrevivi a um ataque selvagem à minha vida, no qual fui deixada para morrer. Em 2019, enquanto já trabalhava para El/La Para TransLatinas, uma organização que trabalha para pessoas trans, intersexuais e de gênero diverso, tive a oportunidade de acessar uma cirurgia de “normalização vaginal”, que incluía uma histerectomia.

Pessoas intersexuais ou hermafroditas são as mais invisíveis, mesmo dentro da comunidade LGBT. Nascemos com uma condição física que não se encaixa em parâmetros socioculturais. Então nossos corpos são mutilados sem consentimento e nossas identidades são forçadas a se encaixar no masculino ou feminino. Não somos tão raros assim; somos tão comuns quanto pessoas ruivas. Até hoje, são conhecidas mais de 80 características intersexuais.

Trabalho com a comunidade trans porque, embora não seja toda a minha experiência, consigo entender o sofrimento de expressar minha identidade e de ser excluída, violada e até exterminada, já que também fui forçada a ser criada em um gênero que não era o meu biológico.

Eu nasci dentro da Fé Católica. Fui batizada católica, e morrerei na minha Fé, cumprindo o mandamento inaciano de “Em todas as coisas, amar e servir”. Nesta vida, Deus me colocou a serviço do que se acredita ser inexistente, do desprezado, do condenado, do mistério. O Grande Espírito também criou e se manifesta em alguns de nossos corpos. Como uma mulher intersexo ou hermafrodita, sinto-me próxima de Deus, do amor de Deus, da misericórdia de Deus e do mistério de Deus.

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