10 Outubro 2024
O cardeal vienense Christoph Schönborn já participou de muitos sínodos episcopais. Tendo em vista o atual Sínodo, ele adverte contra a esperança excessiva de reformas e analisa o papel da Europa na sala sinodal.
A reportagem é de Katholisch.de, 09-10-2024.
O cardeal vienense Christoph Schönborn reduziu as expectativas de reforma no Sínodo Mundial. Neste momento não há tempo para “reformas espetaculares”, afirmou o arcebispo de Viena em um vídeo publicado no site da arquidiocese. Em vez disso, as reuniões visam ouvir uns aos outros. O Sínodo é uma “escola de paciência” e também de vontade de aprender uns com os outros.
Schönborn descreveu a reunião do Sínodo deste ano em Roma “como significativamente mais sinodal do que a primeira”. O Sínodo desacelerou este ano, disse Schönborn. Isso é valioso porque o processo leva tempo. Isto também inclui o desapego, explicou o religioso. A Europa deve abrir mão – “como igreja, mas também como sociedade”.
É surpreendente que a Europa desempenhe um papel subordinado no Sínodo. Uma olhada nas listas de oradores até agora mostra que a grande maioria dos bispos, leigos e religiosas que falaram vem do Sul Global, disse Schönborn. "A Europa não fala muito". O catolicismo na África, por exemplo, é “como a primavera, podemos sentir que estas igrejas estão vivas”, completou o prelado.
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