28 Março 2023
Para o cardeal arcebispo de Viena, dom Christoph Schönborn, a sinodalidade não garante o sucesso, mas é mais um passo para uma Igreja que enfrenta a perda de fiéis na Europa e o conservadorismo interno.
A reportagem é de José Lorenzo, publicada por Religión Digital, 28-03-2023.
O cardeal dom Christoph Schönborn é uma das figuras mais proeminentes do catolicismo europeu e alguém de quem o papa não parece querer separar-se porque, apesar dos seus 78 anos, Francisco não aceitou a sua renúncia e manteve-o como membro do Conselho do Secretariado do Sínodo desde 2018. Em entrevista ao jornal Die Presse, o religioso reflete precisamente sobre este processo sinodal e o impacto da secularização na Áustria.
Sinodalidade significa trilhar um caminho juntos, diz Schönborn. Não é algo novo, nem tem garantia absoluta de sucesso, mas “é preciso dar mais um passo para a renovação”, indicou na entrevista, onde também sublinhou, nesse sentido, que “as reformas demoram, e a ociosidade e a pecaminosidade humanas tornam os processos de reforma um pouco tediosos”.
Em suma, acrescenta, com este processo sinodal em que o papa embarcou na Igreja, “trata-se desta comunidade refletindo sobre os desafios do tempo e encontrando a vontade de superar a própria preguiça ”.
"Um certo manto religioso"
Em relação ao constante fluxo de saída de fiéis da Igreja Católica, o cardeal mostra sua evidente preocupação. De qualquer forma, ele expressa sua certeza de que é mais um fato que tem a ver com a saída da instituição, "mas não tanto no que se refere ao fato da fé".
Por isso, convencido de que "existe um certo manto religioso na Áustria, cujo nível pode ter baixado, mas está lá", ele está convencido de que "sempre haverá pessoas que descobrem a Igreja como o caminho pelo qual querem viver a sua fé".
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Schönborn: “A sinodalidade não é nova nem garante o sucesso, mas é um passo necessário a ser dado” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU