Garimpo entra na disputa eleitoral em “cidades do ouro” na Amazônia

Foto; Rogério Assis | ISA

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27 Agosto 2024

Os garimpeiros disputam cargos de prefeito e vereador na Amazônia como caminho para obter legitimidade política local e fortalecer articulações pró-garimpo em Brasília.

A informação é publicada por ClimaInfo, 27-08-2024.

As eleições municipais de 2024 consolidaram um quadro que vinha se desenhando nas últimas disputas locais na Amazônia: a presença significativa de representantes do garimpo entre os candidatos a vereador e prefeito. Um levantamento publicado pelo Metrópoles identificou ao menos 58 candidatos que se dizem abertamente garimpeiros, a maior parte em municípios da Amazônia Legal.

A presença garimpeira entre os candidatos é mais forte em cidades onde a atividade ilegal é mais intensa. Em Jacareacanga (PA), uma das principais áreas de exploração garimpeira da Amazônia, a categoria tem uma chapa de candidatos a prefeito e vice-prefeito, além de cinco candidatos à Câmara Municipal. Em Curionópolis (PA), na região de Serra Pelada, um garimpeiro é candidato a prefeito e outro a vereador.

O Pará concentra a maioria dos candidatos garimpeiros nas eleições deste ano. Para especialistas, isso não é acidental: diferentemente de outros estados, o Pará é o único onde o ato de licenciamento ambiental para concessão da permissão de lavra garimpeira é de responsabilidade das prefeituras.

“São as secretarias municipais do meio ambiente dos municípios onde estão localizadas as lavras garimpeiras que emitem a concessão do licenciamento, que deve abranger o planejamento, a instalação e a operação do garimpo”, explicou o Fórum Brasileiro de Segurança Pública em relatório de março passado sobre a situação do garimpo na Amazônia.

Além de garimpeiros, setores mais retrógrados do agronegócio também entraram em campo na disputa municipal deste ano. A Repórter Brasil trouxe alguns casos de candidatos a prefeito e vereador no Pará que estão sendo investigados por conexões com a tentativa de golpe de estado de 08 de janeiro de 2021 em Brasília, que resultou na depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal.

Em tempo

Ainda sobre as eleições, a Agência Pública estimou o patrimônio de lideranças evangélicas que estão se candidatando para a votação de outubro. Ao todo, os mais de 7 mil candidatos somam R$ 826 milhões em riquezas, com 98 deles declarando bens acima de R$ 1 milhão. Alguns desses nomes têm ficha corrida de multas ambientais e processos judiciais relacionados a crimes contra o meio ambiente. Destacam-se também candidatos com patrimônio relacionado ao agronegócio.

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