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“A Amazônia é o campo de testes da sinodalidade na Igreja e está funcionando”. Entrevista com Dom David Martinez de Aguirre

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25 Junho 2024

  • O Sínodo sobre a Amazônia foi uma forma de trazer o grito da dor da Amazônia para o centro da Igreja.

  • A Igreja possibilita desenvolver uma criatividade pastoral maior do que aquilo que a atual.

  • Sem ser especialista no assunto, não há argumentos para a oposição ao diaconato feminino.

  • A grande mudança é o próprio Sínodo. Mesmo que algumas dessas mudanças que muitos esperam que sejam adotadas, o sucesso é que a Igreja se redescobre como missionária.

Depois de passar por Roma, Dom David Martinez de Aguirre, bispo de Madre de Dios, na Amazônia peruana, fez uma escala obrigatória em Vitoria-Gasteiz para passar alguns dias com a mãe e a família.

Aproveitando sua estada, as Missões Diocesanas Bascas convocaram um encontro com D. David naquela que é a sua paróquia desde criança, a paróquia de Nossa Senhora dos Anjos.

O encontro foi realizado na igreja e começou com uma oração que Martinez de Aguirre costuma usar e que tem a Amazônia como centro. Em seguida, ele começou sua apresentação fazendo um panorama de satélite para localizar este vasto território da América do Sul, do qual 9 países diferentes têm uma parte.

Depois de recordar com números o que significa Patrimônio Mundial em riqueza natural e ambiental, em diversidade de espécies e comunidades indígenas, o bispo aterrou na denúncia, que não se repete, mas urge recordar a exploração impiedosa a que este pulmão do Planeta Terra está a ser submetido.

A exploração agrícola e mineira, e todas as ilegalidades que carregam consigo a violência, a prostituição, o tráfico de seres humanos, o tráfico de droga... Ele denunciou o assassinato de líderes da resistência pacífica a todos esses excessos e de defensores dos direitos humanos e povos indígenas.

Mas ele também apontou para a existência de brotos verdes em meio a todo esse caos. A Igreja é protagonista de muitos desses rebentos verdes que se traduzem em projetos sociais, educativos e sinergias institucionais para que a voz dos povos indígenas seja ouvida nos organismos internacionais.

Dom David Martínez de Aguirre (Foto: Dom David Martínez de Aguirre)

Entre esses projetos está um Programa Universidade da Amazônia, que embora não precise ter uma sede física, está sendo estudada a possibilidade de treinamento telemático endossado por grandes universidades nacionais e internacionais.

Dom David fez uma declaração que surpreendeu os presentes e que ele conseguiu explicar: "Vamos ter que dançar com o diabo. Os homens e mulheres que estão atolados em toda a corrupção e atividades ilegais são membros dos meus paroquianos, e eu tenho que atendê-los", começou como se justificasse sua declaração.

Ele está ciente, e o contrário seria se enganar, que o ouro vai continuar sendo extraído, mas há duas maneiras, fazê-lo ilegalmente, que é como está sendo feito e causando a destruição do meio ambiente, ou fazê-lo de forma legal e responsável, o que ele chamou de "ouro verde". Esse processo é mais lento, certamente oferece menos benefícios no curto prazo, exige uma recuperação do território trabalhado, mas garante a sobrevivência e legalidade dos contratos de trabalho. Mas só isso não bastaria, o envolvimento do mercado de joias teria que ser levado em conta.

Teria que haver um movimento mundial para rejeitar o ouro ilegal e adquirir apenas "ouro verde", de origem legal e controlada. E implicaria também a sensibilização de milhares de mineiros itinerantes para uma mudança de paradigma para a mineração de ouro controlada e "ecológica", por assim dizer, e que seria como "dançar com o diabo"

Mas há muito mais temas para falar na Amazônia e é por isso que queríamos entrevistá-lo.

A entrevista é de Vicente Luis García Corres, publicada por Religión Digital, 22-06-2024.

Eis a entrevista.

O que o senhor pode nos dizer sobre sua estada em Roma?

Tivemos um belo encontro da Conferência Eclesial da Amazônia, uma organização que nasceu como resultado do Sínodo da Amazônia. A CEAMA é uma conferência eclesial, não episcopal, porque dela fazemos parte representantes de todos, de todos, de todos. Essa organização, de mãos dadas com a REPAM, cria uma rede. E viemos a Roma para receber o impulso daquele que o criou.

Alguns anos se passaram desde o Sínodo sobre a Amazônia, a carta Querida Amazônia e a visita do Papa Francisco a Madre de Dios. Que consequências efetivas tudo isso teve e algumas mudanças já são palpáveis na Amazônia, pelo menos na sua diocese?

Foi essa a pergunta que nos foi feita em Roma. E a resposta é que a Conferência Eclesial, o seu trabalho e a sua presença em Roma. O Sínodo sobre a Amazônia foi uma forma de trazer o grito da dor da Amazônia para o centro da Igreja. A partir da ideia que o Papa Francisco tinha de que das periferias o centro, o núcleo da Igreja pode ser alimentado e reativar sua missão como Igreja. O Sínodo ficou com o que já estava sendo feito na Amazônia e suas conclusões voltaram para a Amazônia para reforçar o caminho que havia sido iniciado. Mas se você me pedir para listar algumas das coisas que ficaram, eu diria que a CEAMA, a Conferência Eclesial da Amazônia, onde estão representadas as 7 conferências episcopais, os povos indígenas, os missionários e todo o povo de Deus. A CEAMA, em conjunto com a REPAM, é responsável por articular e implementar os 180 mandatos propostos: o significado do compromisso das comunidades indígenas com sua própria história acompanhada pela Igreja; Estamos criando sinergias entre todos os territórios amazônicos, para que hoje os povos indígenas possam ter voz perante as organizações internacionais graças a esse trabalho comum; Outra proposta é lançar um programa universitário amazônico. Começou com um programa piloto que tem cinco locais e que articulam uma formação supervisionada e endossada por grandes universidades, mas que é oferecida telematicamente; outra é a rede eclesial bilíngue REIBA, um compromisso com a educação bilíngue recuperando o valor das culturas nativas.

Esta semana em Roma estivemos em um grupo diversificado onde representantes indígenas, mulheres, cardeal Barreto, outros bispos amazônicos, freiras, ... e tudo em clima de comunhão. Sugeri "tirar uma foto disso, é a prova de que a sinodalidade é possível". Não estamos isentos de problemas, claro!

Uma das questões que provocou rios de tinta foi a questão do acesso ao diaconato dos leigos para cuidar da vida sacramental dos povos indígenas, você disse que sonha com um futuro imediato onde um diaconato possa ser montado compartilhado por casais que assumem uma missão. Em que consiste esta proposta e quão perto estamos dessa realidade?

Há experiências nesse sentido, como em Chiapas, no México. São mais de mil diáconos que com seus parceiros estão assumindo o compromisso do diaconato.

Como bispo, descobri que a Igreja me dá a possibilidade de desenvolver uma criatividade pastoral maior do que estamos fazendo. Às vezes ficamos presos naquilo que a Igreja ainda não nos permite fazer, e deixamos de explorar os recursos que ela já permite. Temos muitos campos para explorar. Pessoalmente, não tenho escrúpulos em reconhecer que eu, sem ser técnico no assunto, não encontro argumentos teológicos para me opor ao diaconato feminino. Mas, dito isto, em primeiro lugar creio nos processos eclesiais e creio no Espírito Santo, e sei que, se esse passo for dado, será dado quando o Espírito Santo o inspirar na Igreja.

Passos já estão sendo dados e assim os ministérios leigos concluíram que se o batismo é igual para todos, não distingue por sexo, os ministérios leigos não podem discriminar por sexo e por isso hoje já são ensinados a homens e mulheres.

Mas, na Amazônia, algumas figuras também têm um significado diferente, como o catequista. Aqui ele é o educador e preparador para os sacramentos, lá ele é muito mais do que isso, ele é o coordenador e animador da comunidade, ele é uma figura de referência. E as diretrizes do Papa Francisco estão mais alinhadas com esse modelo de catequista.

A sinodalidade é um modelo de Igreja que a Amazônia já conhece, podemos dizer que eles são a ponta de lança dessa Igreja sinodal, e que o fim iminente do Sínodo do Povo de Deus que terá sua segunda parte em outubro será fundamental para lançar muitas iniciativas na Amazônia?

Não sei se ele usaria o termo "ponta de lança", Francisco já disse isso no Brasil aos bispos, ele usou o termo "bancada de prova". Um teste de sinodalidade. De fato, o Sínodo sobre a Amazônia abriu as portas para o Sínodo sobre a Sinodalidade.

No entanto, quem espera grandes mudanças do Sínodo ficará desapontado. A grande mudança é o próprio Sínodo. Eu diria que, mesmo que algumas dessas mudanças que muitos esperam que sejam adotadas, o sucesso é que a Igreja se redescobre como missionária.

E, finalmente, como você definiria a sinodalidade que é vivida na Amazônia?

Estamos todos lá, todos nos escutamos e sabemos que cada um tem o seu espaço. Nada a ver com um congresso onde se vota e se ganha a maioria. Esse não é o modelo da Igreja. A sinodalidade transborda, é muito mais exigente. A sinodalidade é mais como aquele desejo de unanimidade, de que todos sejam um.

Non solum sed etiam

Após a entrevista pudemos conversar mais descontraídos e ele me explicou aquele mundo sórdido do garimpo ilegal. Imaginei isso nas mãos de grandes mineradoras, e a praga são os milhares e milhares de indivíduos, garimpeiros itinerantes que transitam impunemente pelo território amazônico. A maioria deles vem de terras improdutivas que encontram no garimpo ilegal uma saída para a pobreza. Aqueles que o fazem há anos obtiveram capital que lhes permite mecanizar seu processo de extração.

O problema é que todo esse trabalho é feito sem controle, sem permissões, baseado na corrupção e na violência em vários níveis. Mas Dom David acredita que há uma forma de continuar a extrair ouro, mas de forma legal, controlada e "ecológica", ou seja, garantindo a recuperação do território que tem sido trabalhado. Isso seria o que poderíamos chamar de "ouro verde".

Mas o sucesso do ouro verde requer o envolvimento de toda a cadeia comercial desse metal precioso, desde o minerador que faz seu trabalho corretamente até o comprador que adquire apenas joias do ouro verde. Ainda é cedo para lançar a campanha, mas vamos seguir com a minha proposta a todos os amantes de ouro e joias: toda vez que você vai a uma joalheria pergunte "aquela peça é de ouro verde?" e se o joalheiro perguntar "o que é esse ouro verde?", me responda, ouro extraído de forma controlada e legal, sem exploração das pessoas e do meio ambiente.

A princípio ninguém vai ter "ouro verde", mas talvez um dia o joalheiro comece a perguntar ao seu fornecedor "ei, essas peças vêm de ouro verde?" e assim, aos poucos, vamos infectando a cadeia até que o mercado só trabalhe com ouro verde. Um sonho, sim, quase um conto de fadas, verdade. Mas... Podemos fazer acontecer.

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